PDA

View Full Version : TAV-Brasil


MAMUTE
Jul 13, 2012, 5:11 PM
thread criado para discussão sobre o TAV (Trem de alta velocidade no Brasil)

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/49/TAV_Rio_S%C3%A3o_Paulo_map.png

MAMUTE
Jul 13, 2012, 5:12 PM
TAV terá licitação internacional


Depois de passar um bom tempo no limbo, o projeto do trem de alta velocidade (TAV) foi efetivamente retomado pelo governo. Até o fim deste ano, apurou o Valor, a estatal Etav, criada recentemente para coordenar o empreendimento, fará uma licitação internacional para contratar a empresa ou consórcio que assumirá a elaboração do projeto executivo de engenharia do trem-bala. A decisão de promover uma concorrência internacional deve-se ao fato de o Brasil não ter mão de obra especializada nesse tipo de projeto. A expectativa do governo é que empresas nacionais associem-se a companhias estrangeiras de engenharia para disputar a licitação.

O estudo que ajudará a aprofundar questões técnicas e a afastar dúvidas sobre a viabilidade do trem planejado para ligar Rio, São Paulo e Campinas deverá demorar ao menos um ano para ser concluído. As estimativas preliminares apontam que o projeto de engenharia custará cerca de R$ 540 milhões, uma conta que será paga com recursos da Etav.

Com a entrada em cena da nova estatal, ficará a cargo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a realização dos dois leilões para contratar os consórcios que assumirão a obra. O Valor apurou que o primeiro edital - que prevê a contratação do operador do trem e da tecnologia que irá suportar o projeto - já está pronto e aguarda apenas um sinal verde do Ministério dos Transportes para que seja divulgado e submetido a consulta pública. Há expectativa que essa publicação possa ocorrer ainda neste mês. Feita a consulta, que deverá durar ao menos 45 dias, a ANTT irá analisar as sugestões, para então divulgar um texto definitivo. A realização do leilão, no entanto, só poderá ocorrer seis meses após essa divulgação. Esse prazo será dado para que as empresas interessadas no empreendimento tirem suas dúvidas e formulem propostas. A falta de tempo para analisar o projeto foi o principal argumento apresentado pelas empresas para desistirem de tentativas anteriores de licitar a obra. Na prática, o novo cronograma faz com que a primeira licitação do TAV, então planejada para ocorrer até o fim deste ano, seja feita somente no segundo trimestre de 2013, isto é, praticamente daqui a um ano.

Para não perder mais tempo, a Etav quer fazer a contratação do projeto executivo antecipadamente, adiantando os estudos até onde for possível, enquanto não acontece o leilão que definirá o gestor e a tecnologia que será utilizada no empreendimento.

São remotas, portanto, as chances de a ANTT realizar, ainda no ano que vem, o segundo leilão do trem-bala, para escolher o consórcio que cuidará da construção de toda a infraestrutura que suportará o TAV. Isso ocorre porque, para publicar esse segundo edital, a agência precisa ter nas mãos o projeto executivo pronto. Paralelamente, também terá que obter a licença ambiental prévia do empreendimento, que é concedida pelo Ibama. O órgão ambiental já assinou um termo de referência com a ANTT, liberando ações preliminares para viabilizar o licenciamento da obra. Um grupo de empresas de consultoria foi contratado pela agência e trabalha em levantamentos de flora, fauna e impacto urbanístico, além de patrimônio histórico e arqueológico.

A Etav, conforme anunciado pelo governo, vai ser liderada por Bernardo Figueiredo. Ex-diretor geral da ANTT, Bernardo foi convidado para assumir o posto pelo ministro dos Transportes, Paulo Passos. O Valor apurou que a diretoria da estatal também terá a participação de Helio Mauro França, que atualmente ocupa a superintendência da agência reguladora e que participa do projeto desde o início.

Pelo plano do governo, a Etav terá uma participação de aproximadamente 10% em todo o empreendimento. Há possibilidade dessa fatia ser ampliada, mas essa hipótese não é avaliada pelo Ministério dos Transportes neste momento. Além de financiar os custos com projeto executivo, a estatal vai bancar os gastos socioambientais e de desapropriação da obra, os quais estão estimados em R$ 3 bilhões.

Depois de reformular todo o edital do projeto, que passou por três tentativas frustradas de leilão, o governo mexeu nas regras de remuneração para atrair a iniciativa privada. Pelo novo modelo, a taxa de retorno do projeto como um todo foi calculada em 6,32%. Esse índice está próximo dos 6,46% estabelecidos para o leilão dos aeroportos e abaixo dos 8% definidos nas concessões de rodovias federais. A remuneração sobre o capital próprio investido pelos acionistas ficou em 11,7% anuais. O financiamento público do projeto, que é liderado pelo BNDES, atingirá cerca de R$ 22 bilhões. O contrato de concessão do TAV terá duração de 40 anos. Pelas regras já conhecidas, o tempo da viagem expressa (sem paradas intermediárias) entre Rio e São Paulo deverá ser de até 99 minutos.

Com o projeto executivo, o governo quer responder, de uma vez por todas, questões básicas, como o preço da obra e a demanda projetada. As estimativas para a construção do trem-bala variam de R$ 34 bilhões, valor defendido pelo governo até o ano passado, até mais de R$ 50 bilhões, conforme cálculos apresentados pelas empreiteiras interessadas em tocar as obras.

O levantamento técnico também vai sinalizar o potencial financeiro atrelado à exploração imobiliária ao longo dos 511 quilômetros do traçado. A intenção do governo é demonstrar para cada consórcio qual o valor estimado para o arrendamento da infraestrutura e, principalmente, qual é o potencial imobiliário do empreendimento. O modelo prevê que a exploração comercial das estações do trem-bala, como a oferta de hotéis, apartamentos e lojas, entre outros, fique nas mãos do consórcio de empreiteiras que construirá a infraestrutura do projeto.

O governo sinaliza que franceses (representados pela Alstom), alemães (Siemens), japoneses (Hitachi, Mitsubishi e Toshiba) e coreanos (Hyundai e Samsung) continuam interessados no empreendimento.

A retomada do trem-bala e a discussão de um cronograma mais preciso da obra deverá ser tema de uma reunião marcada para a próxima segunda-feira, entre os ministérios dos Transportes, Planejamento e Casa Civil. O TAV, que no mais recente balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi carimbado com obra em ritmo "adequado", foi idealizado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para rodar em 2014, ano da Copa do Mundo.

Se o cronograma atual não sofrer mais nenhuma mudança, tudo indica que, em 2014, ocorrerá o início das obras. Com prazo estimado de seis anos para ser concluído, o trem de alta velocidade estaria concluído em 2020.












http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdEditoria=1&InCdMateria=16053

MAMUTE
Oct 8, 2012, 7:46 PM
Trem elétrico fica pronto no Brasil apenas em 2020



Trem ligará as cidades de Campinas (SP) e Rio de Janeiro. Veículo pode operar a até 350 km/h dependendo da distância percorrida


O Brasil deverá ter seu primeiro sistema de Trem de Alta Velocidade (TAV) em pleno funcionamento apenas 4 anos depois da realização das Olimpíadas no país. É o que prevê a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), vinculada ao Ministério dos Transportes. Com um custo estimado de R$ 34,6 bilhões, o TAV deverá ter a abertura do leilão licitatório e a assinatura do contrato do projeto devendo ocorrer nos dias 29 de maio e 7 de novembro de 2013. O trem ligará as cidades de Campinas (SP) e Rio de Janeiro, a primeira linha do supertrem brasileiro poderá operar a até 350 km/h ao longo dos cerca de 510 quilômetros de distância entre as duas cidades.

http://www.jornalalobrasilia.com.br/noticias/img/noticias/foto_08102012091557.jpg
Modelo francês é inspiração para o trem que será instalado no Brasil

De acordo com a assessoria de comunicação da ANTT, as obras da chamada superestrutura da linha do TAV Rio de Janeiro - Campinas deve ocorrer em 2016, com um prazo máximo de finalização de cinco anos e uma concessão de 40. A linha deve oferecer três opções de serviços: expresso, sem escalas entre Rio de Janeiro e São Paulo; regional de longas distâncias, com seis paradas entre Campinas e Rio de Janeiro; e regional de curta distância, com duas paradas entre Campinas e São José dos Campos.

Em outros países – Os modelos de trem de alta velocidade existentes em outros países como o trem elétrico, o de suspensão pendular e o de levitação magnética inspiraram o Brasil. O primeiro, conhecido como trem-bala é usado em países como França, Espanha, China e Japão e conta com grande precisão geométrica e pode chegar a quase 600 km/h, o segundo, também chamado de trem-flecha, opera por um sistema diferente, de suspensão dinâmica e pode trafegar em vias de características geométricas mais modestas. Os exemplos dessa tecnologia são o Pendolino italiano e o Acela, dos Estados Unidos, também já em operação comercial, que podem chegar a perto de 300 km/h.





http://www.alo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=182112

MAMUTE
Oct 30, 2012, 8:41 PM
Governo adia novamente edital de licitação do trem-bala



Por Ricardo Brito

O governo federal adiou mais uma vez o lançamento do edital de licitação do Trem de Alta Velocidade (TAV), o bilionário projeto de transporte que ligará as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Coube ao presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, anunciar nesta terça-feira ao final da audiência pública na comissão mista do Congresso que examina a medida provisória (MP 576) que cria a nova estatal, anunciar a mais recente prorrogação: o edital deve demorar mais 15 dias para ser publicado.

A justificativa apresentada por Figueiredo para o novo adiamento é a de que o Executivo recebeu cerca de 150 reivindicações de potenciais investidores de mudanças no edital. Algumas das sugestões, segundo ele, devem ser acatadas. A ideia inicial do governo era divulgar o edital na quarta-feira. "O fato de a gente estar disposto a acatar, implica em refazer parte do edital", afirmou. "Teremos uma reunião amanhã (quarta-feira) para definir isso", completou.

O presidente da estatal admitiu que pelo menos um ajuste deve ser feito para contemplar a participação de um grupo coreano, liderado pela Hyundai, para participar da concorrência. A proposta original exigia pelo menos 10 anos de experiência para a entrada na disputa, mas o grupo asiático, segundo Figueiredo, tem oito anos e meio. "A gente quer um ambiente competitivo e não teria sentido excluir um grupo dessa importância", afirmou.

Figueiredo disse que a nova prorrogação servirá para ajustar o contrato e passar pelo crivo do governo e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Prazo

Outra mudança que deve ser feita é a ampliação do prazo entre o lançamento do edital e a efetiva apresentação das propostas pelos investidores: de seis meses para possivelmente oito meses. Com isso, a licitação da primeira etapa do trem-bala, que deve contar com a participação de seis grupos econômicos, deve ocorrer apenas em julho de 2013. Desde o ano passado, o lançamento do edital do projeto vem sendo sucessivamente adiado.

Durante a audiência pública, o presidente da EPL confirmou, conforme o 'Estado' revelou na segunda-feira, que o governo pretende entregar as novas concessões rodoviárias já com as respectivas licenças prévias para a realização das obras. Figueiredo disse que o desafio é agilizar o processo e inverter a lógica atual, na qual os licenciamentos ambientais ocorrem posteriormente à efetivação dos contratos.

A audiência transcorreu numa clima bastante amistoso, ainda mais diante do fato de que, em março, o Senado rejeitou a recondução de Figueiredo para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). No caso da EPL, contudo, não é preciso o nome dele ser sabatinado pelos senadores.
Concessão de Rodovias

A intenção do Executivo é lançar até dezembro o edital dos dois primeiros lotes de concessões de rodovias, abrangendo a BR 040, que liga Brasília a Minas Gerais, e a BR 116, de Vitória até à Bahia. Até abril, outros sete lotes deverão ser lançados. No caso das ferrovias, os primeiros editais devem ser divulgados apenas em março de 2013, contemplando os respectivos projetos: Ferroanel em São Paulo, acesso ao Porto de Santos, extensão da Norte-Sul até Aracaju e até a Belém Vila do Conde.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da comissão mista do Congresso que examina a MP que cria a estatal, disse que vai "trabalhar muito" para apresentar seu parecer da matéria para ser votado na quarta-feira.

Fontana adiantou que deve acatar uma emenda apresentada pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) para prever a criação, em futuras concessões rodoviárias, de entrepostos de descanso para motoristas. Contudo, Fontana não deve fixar no seu parecer uma distância de 200 quilômetros entre cada entreposto, conforme proposto originalmente por Macris.










http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,governo-adia-novamente-edital-de-licitacao-do-trem-bala,132934,0.htm

pesquisadorbrazil
Nov 26, 2012, 8:04 PM
AV poderá ligar SP a Curitiba, Brasília e BH, diz EPL
Estadão Conteúdo

O governo voltou a estudar a construção de trechos ligando São Paulo a Curitiba, Brasília e Belo Horizonte pelo Trem de Alta Velocidade (TAV), informou nesta segunda-feira o presidente da Empresa de Planejamento Logístico (EPL), Bernardo Figueiredo. "Com a EPL vamos retomar e fazer o estudo de viabilidade das outras ligações", disse Figueiredo, que participou de uma palestra na Câmara de Comércio Americana (Amcham), no Rio de Janeiro.

Esses trechos já estavam previstos no lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas acabaram não tendo andamento. De acordo com o executivo, ainda não há nenhuma estimativa dos custos desse projeto. Figueiredo estimou que o valor da tarifa média para viagens no trem-bala fique entre R$ 150 e R$ 200, abaixo da tarifa máxima prevista a preços de hoje pelo governo, de R$ 250.

Fonte: http://br.financas.yahoo.com/noticias/tav-poder%C3%A1-ligar-sp-curitiba-173000517.html

pesquisadorbrazil
Nov 26, 2012, 8:05 PM
Eu acho para o TAV ser viavel, tem que ligar Sampa a Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro e não apenas Rio e São Paulo. Se for para fazer um mega investimento, que se faça direito, pois dessa forma, vai atingir um número maior de pessoas e claro de cidades também.

MAMUTE
Dec 13, 2012, 2:15 PM
Leilão do trem-bala será realizado em setembro de 2013


O prazo de concessão será de 40 anos, sendo admissível a prorrogação nas hipóteses e condições estabelecidas no edital e no contrato


China Photos/Getty Imageshttp://exame1.abrilm.com.br/assets/images/2011/4/28049/size_590_trem-bala-de-pequim-4.jpg?1303160526
Trem-bala: as tarifas serão livremente fixadas pela concessionária, observada a tarifa-teto quilométrica, de valor máximo equivalente a R$ 0,49

Brasília - O Conselho Nacional de Desestatização aprovou, por meio de resolução publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU), o modelo de concessão do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.

O prazo de concessão será de 40 anos, sendo admissível a prorrogação nas hipóteses e condições estabelecidas no edital e no contrato. As tarifas serão livremente fixadas pela concessionária, observada a tarifa-teto quilométrica para os serviços ferroviários com ou sem paradas em estações intermediárias, de valor máximo equivalente a R$ 0,49.

Do total de assentos de cada composição, 60% da capacidade deve ser destinada à classe econômica. O leilão está marcado para 19 de setembro de 2013.

Os termos do edital (planilhas, formulários, informações, estudos e projetos) estarão disponíveis a partir desta quinta-feira no site da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).











http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/leilao-do-trem-bala-sera-realizado-em-setembro-de-2013

MAMUTE
Jan 29, 2013, 8:52 PM
Empresas de ao menos 7 países mostram interesse pelo TAV


A italiana Ferrovie dello Stato e a canadense Bombardier estiveram presentes em evento para esclarecer dúvidas sobre o edital do leilão


Foto: Giorgio Cosulich/Getty Images
http://exame1.abrilm.com.br/assets/images/2012/4/55528/size_590_?1335839288
O trem-bala brasileiro ligará Campinas ao Rio de Janeiro

Empresas de pelo menos sete países se mostraram interessadas no projeto do trem de alta velocidade (TAV) ao comparecerem à audiência na BM&FBovespa para esclarecimento de dúvidas referentes ao edital divulgado no final de 2012. No evento estavam representantes de empresas de Japão, Alemanha, Espanha, França, Coreia do Sul, Canadá e Itália, que levaram seus questionamentos quanto ao leilão que vai escolher o operador do trem-bala, em 19 de setembro deste ano. O TAV vai ligar Campinas (SP) ao Rio de Janeiro, passando pela capital paulista.

O governo federal vê companhias de cinco países como potenciais interessados pelo trem-bala: Espanha, França, Alemanha, Japão e Coreia do Sul. Na audiência realizada nesta terça-feira na BM&FBovespa, porém, a italiana Ferrovie dello Stato enviou representantes e fez perguntas à mesa composta por diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O mesmo aconteceu com a canadense Bombardier, que questionou se tecnologia em processo de homologação será aceita na licitação. A ANTT respondeu que a tecnologia precisa estar certificada e em operação antes da assinatura do contrato - o que está previsto para 27 de fevereiro de 2014.

A audiência estava marcada para durar quatro horas, das 14h às 18h. O encontro, porém, terminou por volta das 16h após serem respondidas as questões enviadas à mesa por escrito. Fizeram perguntas, além da Ferrovie dello Stato, a espanhola Talgo, a Bombardier e a japonesa Mitsui. A Siemens também tinha um representante presente.












http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/noticias/empresas-de-ao-menos-7-paises-mostram-interesse-pelo-tav

MAMUTE
Feb 28, 2013, 8:20 PM
4 razões para não se animar com o trem bala tão cedo



Nas previsões iniciais, alguns trechos já estariam prontos para a Copa do Mundo. Depois, só 2020. Agora, o edital é mais uma vez questionado na justiça, possibilitando novos atrasos


Foto: Jason Lee/Reuters
http://exame1.abrilm.com.br/assets/images/2012/12/77835/size_590_trem-bala.jpeg?1356531018
Trem bala na China: o brasileiro deve seguir modelos já consolidados no exterior

Quando o trem bala deixou de ser apenas um projeto quixotesco para se tornar uma meta perseguida pelo governo, lá na segunda metade da década passada, o objetivo inicial era ter um TAV (sigla para Trem de Alta Velocidade), já com alguns trechos funcionando em 2014 para a Copa do Mundo.

O trem seria um exemplo de modernidade no país. Com um custo estimado em mais de 30 bilhões de reais, ele poderia percorrer os cerca de 510 quilômetros que separam Campinas e Rio de Janeiro (com parada em São Paulo) alcançando velocidade de até 350 km/h.

Com problemas nas licitações, como o desinteresse da iniciativa privada, e dificuldades nos editais, incluindo imbróglios jurídicos, o trem teve a previsão de inauguração adiada sucessivas vezes. Hoje, fala-se em 2020, com a licitação ocorrendo em setembro deste ano.

Mas, nesta semana, o Ministério Público Federal entrou com duas ações civis públicas para a “correção de irregularidades que podem gerar danos bilionários” ao Tesouro Nacional.

Esses questionamentos têm potencial para acarretar mais uma série de atrasos, antes mesmo do projeto sair do papel.

Confira os motivos, de acordo com as ações do MPF, que podem fazer os brasileiros mirarem além de 2020 para comprar a passagem Campinas-Sâo Paulo-Rio de Janeiro.

1. Inchaço da máquina administrativa

A proposta inicial era de haver uma “privatização” de serviço público, mas, de acordo com o MP, o contrário vai acontecer. Com a criação de uma empresa estatal para ser sócia do consórcio vencedor e a concessão de largos empréstimos, a máquina administrativa tende a ficar inchada – e a sofrer mais com possíveis e prováveis ônus da obra.

2. A obra será feita pelo Estado

O edital questionado pelo Ministério Público Federal prevê que as obras em si fiquem nas mãos do poder público. Isso violaria a Lei Geral das Concessões. Na prática, segundo o MP, a empresa contratada apenas estimaria o valor das obras, mas não as executaria. Se houver erro, ou mesmo alteração proposital dessa estimativa (para conseguir a parceria, por exemplo), o custo além do avaliado recairá sobre o país. “O Brasil possui histórico de imprecisão de preços de grandes obras públicas”, diz o MP, e a ideia de cancelar o edital seria justamente para evitar prováveis prejuízos.

3. Os estudos foram feitos em 2008 com dados de 2007

Em termos práticos: os dados usados no edital estão velhos. Além disso, o MP ainda avalia que a análise geológico-geotécnica foi elaborada a partir de uma quantidade de sondagens muito inferior às recomendações internacionais. As ações civis pedem o início de estudos complementares de viabilidade técnica e econômica – o que pode roubar mais anos do projeto.

4. Não há limites para investimentos públicos

No edital anterior havia uma cláusula determinando que, no máximo, 45% do capital total poderia vir de cofres públicos. Nesse novo edital, questionado pelo MP, esses limite foi retirado. Para o Ministério Público, “a ausência de limites transfere o risco de insucesso ou superfaturamento do empreendimento para o poder público e deve ser revista”.









http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/4-razoes-para-nao-se-animar-com-o-trem-bala-tao-cedo

MAMUTE
Mar 3, 2013, 1:24 PM
No Brasil, projetos esbarram em burocracia, diz especialista



Em conversa com EXAME.com, o engenheiro de transportes Hostilio Ratton, da UFRJ, explicou mais sobre o polêmico projeto para o primeiro trem-bala brasileiro


Foto: Afp.com / Kazuhiro Nogi
http://exame3.abrilm.com.br/assets/images/2013/3/129212/size_590_photo_1362231004877-1-0-web.jpg?1362231880
Trem de alta velocidade japonês: no Brasil, o projeto deve seguir os modelos utilizados no exterior

Imagine fazer o percurso entre São Paulo e Rio de Janeiro por terra a uma velocidade de até 350km/h. Não é à toa que trens de alta velocidade chamam atenção, nem é à toa que eles sejam tão comuns na Europa, Estados Unidos e Ásia. Por aqui, o plano que deveria sair do papel para a Copa do Mundo ainda é tema de debates.

O projeto para o primeiro trem bala brasileiro, que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, voltou a ser centro de polêmicas depois que o Ministério Público Federal entrou com duas ações na Justiça para rever o edital. Segundo o MP, as ações visam a “correção de irregularidades que podem gerar danos bilionários”.

Em entrevista por e-mail, o professor de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ, Hostilio Ratton, explicou alguns detalhes do projeto e o que, de fato, podemos esperar dele.

EXAME.com - Quais atrasos o senhor acha que podemos esperar de uma obra desse porte? Quais dificuldades podem ser encontradas no caminho?
Hostilio Ratton - Em princípio, o planejamento de obras do porte de uma ferrovia, ainda mais de alta velocidade, não comporta a expectativa de atrasos. Isso contribui negativamente para a oportunidade, que é a época mais adequada para sua implantação, e os resultados esperados, além de encarecê-la. Tempo é dinheiro e tempo perdido é dinheiro jogado fora. Mas, de fato, como nada é exato, existe sempre a possibilidade de que alguma coisa não aconteça exatamente como imaginada. Normalmente, uma programação bem feita considera tais possibilidades e indica três cenários para projetos dessa envergadura: o esperado, um menos otimista e um mais otimista, envolvendo variáveis como tempo, recursos a despender e os benefícios advindos da implantação.

EXAME.com - Isso funciona no Brasil?

Ratton - No Brasil, a experiência recente revelou que os projetos recorrentemente esbarram em situações problemáticas que escapam a qualquer previsão, porque não são aspectos técnicos que envolvem tais problemas. São aspectos jurídicos, como os processos de desapropriação, aspectos ambientais, neles incluídas questões de arqueologia, paleontologia, sociologia, além das tradicionalmente consideradas de poluição, ruídos etc.

Há também aspectos relacionados à aplicação dos recursos financeiros, quando a obra for financiada por investimentos públicos, em relação a cuja aplicação pode haver desde atrasos na liberação até a sua suspensão por conta de intervenções dos órgãos de controle. Quanto a esses problemas, as medidas técnicas pouco podem fazer.

O que se procura é estabelecer procedimentos normativos e regulamentares para prevenir tais situações, mas, às vezes pode acontecer de se descobrir um sítio histórico, arqueológico ou paleontológico somente no momento em que as máquinas já estiverem em campo, dificuldades com o tratamento de áreas ocupadas, decisões judiciais conflitantes com a jurisprudência, o que fatalmente levará a atrasos na implantação das obras.

EXAME.com - O senhor vê vantagens em transferir a construção da infraestrutura do empreendimento para o poder público? Ou é melhor privatizar as obras inteiramente?

Ratton - Costumo dizer que um empreendimento da envergadura de um sistema de trens de alta velocidade não tem como ser encarado como um projeto empresarial. A perspectiva empresarial se concentraria no negócio em si, no caso a prestação do transporte por trens rápidos, e como esse negócio permitiria aos investidores o retorno do capital aplicado. Conseguir essa viabilidade em tais projetos é muito difícil, porque o investimento inicial é muito grande e o retorno é crescente com o tempo, isto é, o número de pessoas que usará os trens e pagará as passagens cresce com o passar do tempo.

EXAME.com - Isso pensando de maneira empresarial. Como funciona o raciocínio governamental?

Ratton - O poder público considera o retorno econômico. Na análise econômica, são considerados os benefícios (e problemas também) que ele traria para a sociedade como um todo

No caso dos TAVs, o resultado econômico é sempre positivo, mas o financeiro nunca é. Em nenhum outro lugar do mundo há trens de alta velocidade construídos apenas com recursos privados. O equívoco inicial com o nosso TAV foi a pretensão de que ele seria viável financeiramente. Como isso não acontece, ele tem que assumir seu caráter econômico e estratégico, comportando a entrada de recursos públicos e o seu retorno por conta dos benefícios advindos desse enfoque.

EXAME.com - Quais seriam suas principais críticas em relação aos estudos realizados e em relação ao projeto em si?

Ratton - No caso do TAV brasileiro, o nível dos estudos teve a finalidade de orientar o processo licitatório da concessão do serviço. Todos os estudos para detalhamento do projeto executivo ficarão por conta do vencedor desse processo, inclusive a opção tecnológica, se vai ser trem bala, se vai ser trem de levitação, isso está em aberto.

Foi feito um estudo de viabilidade e um ensaio do traçado para servir de referência a esse processo, mas tudo pode ser completamente revisto em função da proposta vencedora. Se, por acaso, vencer uma proposta de trem magnético, toda estrutura viária terá que ser suspensa, em viadutos, e isso pode mudar tudo em relação ao que já se fez.

EXAME.com - E há algo a ser elogiado nele?

Ratton - O que se pode elogiar é a transparência do processo. Nunca um projeto foi tão debatido e durante tanto tempo. Essa história de trem de alta velocidade está volta e meia na mídia desde a década de 80 e os estudos especificamente para esse projeto datam do início da década de 2000.

EXAME.com - Há alguma proposta, tecnologia ou alternativa que possa ser considerada melhor do que a atual?

Ratton - Se a gente entender como “proposta” o modelo adotado para estabelecer o ordenamento institucional, jurídico e econômico para a implantação do projeto de trens de alta velocidade, que se inicia com a licitação do trecho Rio – São Paulo – Campinas, minha opinião é que os riscos são grandes, porque, a despeito da seriedade com que os estudos de viabilidade tenham sido feitos, trata-se de previsões para o futuro. E, em função disso, por serem previsões, se calçam em hipóteses para as quais nenhuma análise estatística comprova a sua validade com 100% de chance de acerto. Por conta disso, da margem de risco de que a sustentabilidade financeira não se concretize, e porque não existe nenhuma experiência similar, de conseguir financiar todo o empreendimento com o resultado de sua exploração comercial, minha opinião é de que não se deve descartar a possibilidade de que o setor público e o privado tenham que se associar no compartilhamento das responsabilidades, dos riscos e dos resultados positivos do empreendimento. Essa é a receita que deu certo onde há trens de alta velocidade.

EXAME.com - E no que se refere à tecnologia?

Ratton - ela está em aberto no edital. Há três tipos de trens de alta velocidade: o trem de alta velocidade convencional, que é um trem com motores elétricos de grande potência, para atingir grandes velocidades, trafegando sobre uma via de características geométricas mantidas com altíssimo grau de precisão, com rampas muito pequenas, poucas curvas e as que existirem, de raio muito grande. Nesse tipo se encaixam os trens do Japão (Shinkansen), da França (TGV), da Espanha, da Coreia, popularmente conhecidos como trens-bala. Outro tipo, também com tecnologia de tração tradicional, mas que admite trafegar em trechos de curvas mais fechadas, por causa do sistema pendular de suspensão dos veículos, que se adapta a essas situações, é conhecido como Pendolino, mais difundido na Itália, na região dos Alpes. E o terceiro tipo é o trem-flecha, que se pretende implantar nos Estados Unidos e já opera entre Nova Iorque e Boston.

Não é um trem que atinge as mesmas velocidades dos outros, que chegam a mais de 300 km/h, mas pode chegar a 280km/h. Ele tem um sistema de suspensão similar ao do Pendolino para poder trafegar nas vias onde normalmente passam os trens de carga, que, nos Estados Unidos, são muito pesados e trafegam com velocidades muito baixas, como os do Brasil. A tecnologia não tradicional é o trem de levitação magnética, que a rigor não é um trem, é um veículo que levita.É algo totalmente diferente do que se entende como trem e não há nenhum ainda em operação comercial.

EXAME.com - Qual é a melhor?

Ratton - Pessoalmente, escolheria o trem de alta velocidade tradicional e adotaria um modelo de implantação semelhante ao espanhol, que diversificou os fornecedores e agora desenvolve sua própria tecnologia. Por que da escolha? A experiência comprovada e a escala do negócio. Com uma tecnologia mais difundida, os preços de equipamentos, materiais e peças de reposição tendem a ser mais baratos, por causa da concorrência e pela escala das implantações já existentes. É mais ou menos o que aconteceu com a escolha entre os videocassetes Betamax e VHS. O VHS nem era o melhor, mas se difundiu mais e ganhou o mercado por conta da escala dessa difusão.










http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/no-brasil-projetos-esbarram-em-burocracia-diz-especialista?page=3

AlexandreMachado
May 29, 2013, 4:23 PM
Eu acho para o TAV ser viavel, tem que ligar Sampa a Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro e não apenas Rio e São Paulo. Se for para fazer um mega investimento, que se faça direito, pois dessa forma, vai atingir um número maior de pessoas e claro de cidades também.

Com certeza, não faz sentido fazer um projeto limitado aos dois estados. Vai ser de grande competividade com o transporte rodoviário e até mesmo aéreo, você ter ligação férrea de SP à Brasilia, por exemplo, Curitiba, RS, etc...
Isso vai não só tornar o projeto mais viável, mas também vai atrar várias empresas interessadas no projeto.

MAMUTE
Jun 5, 2013, 8:09 PM
Propostas para trem-bala vão de R$ 74 mi a R$ 119 mi



Oito consórcios apresentaram propostas na licitação para gerenciar os trabalhos das empresas responsáveis pelo projeto executivo do trem de alta velocidade (TAV, também conhecido por trem-bala) entre Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro. As ofertas variam de R$ 74 milhões a R$ 118,95 milhões.

O menor lance foi do Consórcio Integrador TAV Brasil, do qual participa o grupo francês Egis (com a Egis Structures & Environment e Egis Rail, além da Vega Engenharia e Consultoria, empresa brasileira adquirida em 2011 pelo grupo). Fazem parte do consórcio as francesas Systra e Arep Ville, além das brasileiras Infra Tech Engenharia e Consultoria e Ecoplan Engenharia. A Egis participa da concessionária que administra o aeroporto de Viracopos, em parceria com a Triunfo, e havia indicado interesse em atuar no setor ferroviário no Brasil.

Além do preço, a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) fará a análise da documentação jurídica e técnica encaminhadas, por isso, o vencedor pode não ser necessariamente o que apresentou a menor proposta. A EPL não indicou uma data para a divulgação do vencedor.

Pelo critério preço, o segundo melhor colocado foi o consórcio ProTAV - formado pela Progen Projetos, Gerenciamento e Engenharia, as espanholas Getinsa Ingenieria e Auxitec Técnica y Control e a francesa Rail Concept - que ofereceu R$ 75,95 milhões.

Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o presidente da Progen, Eduardo Barella, destacou, antes da licitação, que a companhia era a única empresa brasileira com know-how em gerenciamento de projetos de trem-bala, após ter adquirido, no ano passado, 50% de participação na espanhola AudingIntraesa e sugeriu que poderia ser um diferencial do seu consórcio. Ele lembrou que, entre as exigências do edital, estão a experiência no gerenciamento de projetos de trens de alta velocidade e a participação de uma empresa brasileira no consórcio.

Na terceira colocação, em termos de preço, ficou o consórcio formado pela Geodata do Brasil e sua controladora Geodata Engineering, sediada em Turim, além da italiana Italferr, com uma proposta de R$ 77,297 milhões.

Com oferta de R$ 80,465 milhões, o consórcio Setepla-Themag-Sener ficou com a quarta colocação, seguido pelo consórcio formado pela brasileira Intertechne, a inglesa Mott Mac Donnald, e as espanholas Ardanuy e Eurostudios, com proposta de R$ 83,245 milhões.

Completam a lista o Consórcio Gerenciador TAV-EII (R$ 83,949 milhões), do qual fazem parte a Engevix Engenharia, em parceria com as espanholas Ineco e IDOM, e suas respectivas subsidiárias no País; o consórcio formado pelo grupo espanhol Typsa e sua subsidiária no Brasil Engecorps Enenharia, além da belga TUC Rail, que fez proposta de R$ 97,756 milhões, e o consórcio formado pela brasileira Concremat, em parceria com a norte-americana Parsons, a francesa Setec e sua controlada no Brasil Setec Hidrobrasileira, além da inglesa Balfour Beatty, que fez a oferta mais elevada.

O consórcio vencedor vai gerenciar e integrar os trabalhos das empresas que irão elaborar o projeto executivo para o TAV. Conforme explicou a EPL, por causa da complexidade o projeto da ferrovia, que terá 511 quilômetros, será segmentado para a contratação de várias empresas projetistas.
A licitação é feita pelo Regime Diferenciado de Contratações (RDC), por isso, a EPL não divulga o valor estimado para a contratação.



Fonte: AGÊNCIA ESTADO

http://www.opovo.com.br/app/economia/ae/2013/06/05/noticiaseconomiaae,3068926/propostas-para-trem-bala-vao-de-r-74-mi-a-r-119-mi.shtml

MAMUTE
Jun 25, 2013, 11:57 PM
Pelo jeito o governo desistiu do projeto do trem bala, pelo menos foi isso que passou agora na BAND news...

MAMUTE
Aug 3, 2013, 10:31 AM
Projeto do trem-bala vive momento desfavorável no Brasil



Projeto enfrenta crescente questionamento político dentro do próprio governo, o que pode ameaçar a realização do leilão marcado para setembro


Foto: Giorgio Cosulich/Getty Images
http://exame2.abrilm.com.br/assets/images/2012/4/55528/size_590_trem-bala-italiano-o-italo.jpg?1335839288
Trem-bala: governo enfrenta no seu próprio núcleo uma movimentação de opositores que, de carona no momento político mais adverso, querem adiar o projeto


Brasília - Faltando duas semanas para a entrega de propostas dos eventuais interessados, o projeto do trem-bala que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro enfrenta crescente questionamento político dentro do próprio governo, o que pode ameaçar a realização do leilão marcado para setembro.

Embora negue qualquer discussão sobre adiamento e até cobre agilidade das áreas que lidam com o assunto para realizar a licitação no prazo, o governo enfrenta no seu próprio núcleo uma movimentação de opositores que, de carona no momento político mais adverso, querem adiar o projeto.

Segundo uma alta autoridade do governo federal envolvida nas discussões sobre o trem-bala, que pediu anonimato, sempre houve adversários fortes ao projeto, que deve consumir mais de 30 bilhões de reais. Agora, estes estão se alimentando de um mosaico de notícias desfavoráveis que eclodiram nas últimas semanas para reforçarem sua posição.

Existe uma leitura política de que o projeto pode ser mal recebido pela sociedade, pouco tempo depois de um milhão de pessoas terem tomado as ruas das principais cidades do país pedindo, entre outras coisas, melhorias nos transportes urbanos.

Um dos argumentos da oposição ao projeto, e até de setores do governo, é que o dinheiro do trem-bala poderia ser melhor empregado em metrôs.

"A decisão sobre o trem-bala agora é política, e não mais técnica", disse a fonte governamental.

Além disso, na semana passada o acidente em um trem da estatal espanhola Renfe , que deixou 79 mortos, lançou dúvidas sobre a participação do consórcio espanhol - um dos mais interessados na disputa. Isso porque o edital do trem-bala veta a participação de operadores envolvidos em acidentes fatais em linhas de alta velocidade nos últimos cinco anos.

O ministro dos Transportes, César Borges, que publicamente negou o adiamento do leilão, também afirmou nesta semana que os espanhóis não estariam fora da disputa, já que o trem acidentado não seria de alta velocidade.

Mesmo assim, no governo e no mercado há quem veja no acidente um fator que pode levar ao adiamento do leilão.

Para um executivo de um banco envolvido na estruturação de propostas para o Trem de Alta Velocidade, as chances de adiamento cresceram após o acidente. O governo poderia adiar a data para proteger os concorrentes de potenciais questionamentos na Justiça. Além dos espanhóis, empresas francesas são citadas nos bastidores como interessados na disputa.

"Não é bom ter uma lista ainda menor por conta dessa situação do acidente", disse o executivo, que recusou ser nomeado. "Você não vai querer ver mais consórcios interessados desqualificados", disse.

Motivos Econômicos

Governo e empreiteiras nunca se entenderam quanto ao valor do projeto do trem-bala. Enquanto em Brasília o montante é estimado entre 30 bilhões e 35 bilhões de reais, as construtoras dizem que o a cifra pode chegar à casa dos 50 bilhões de reais.

Segundo o executivo de uma das empresas brasileiras que analisa o projeto, os operadores internacionais e fornecedores de equipamentos interessados no projeto estariam enfrentando dificuldades para encontrar investidores privados locais dispostos a colocar dinheiro no trem-bala.

Mas, segundo um investidor com conhecimento de uma das propostas, diferente do que se tem publicado sobre o assunto, a taxa interna de retorno do projeto, fixada em 7 por cento, não é um problema entre os potenciais concorrentes.

O executivo de banco concorda. "O projeto é quase estatal, os privados não estão tão preocupados com a questão da taxa de retorno, até porque é muito cedo para debater sobre esse ponto." O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se comprometeu a financiar 70 por cento do projeto, que ainda terá a estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL) como sócia.

"Financeiramente, é muito atrativo para os operadores. O problema não é o capital, são outras coisas," disse o executivo de banco.

Os consórcios estão mais apreensivos em relação a dois pontos. O primeiro é a estrutura do projeto, que alguns defendem que tenha uma formatação mais próxima de uma parceria publico-privada, com um papel ainda maior do Estado, do que a uma concessão.

Além disso, a possibilidade dos consórcios operador e construtor falhem na coordenação ou que sejam sujeitos a multas por conta de uma eventual demora na execução do projeto geram um risco tido como elevado, dizem as fontes do setor privado.

O projeto do trem de alta velocidade brasileiro vem sendo analisado desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após seguidos adiamentos, a modelagem foi totalmente reformulada depois de o governo ter aberto o processo de licitação em julho de 2011, mas sem que nenhuma empresa apresentasse proposta.

Após o fracasso dessa tentativa, a concessão foi divida em duas partes. O primeiro leilao, marcado pra setembro desse ano, definirá o operador e a tecnologia a ser adotada no sistema.

A segunda licitação escolherá os grupos construtores da obra civil.













http://exame.abril.com.br/economia/noticias/projeto-do-trem-bala-vive-momento-desfavoravel-no-brasil?page=3

MAMUTE
Aug 6, 2013, 5:32 PM
Comissão da EPL habilita Geodata para trem-bala


A Comissão de Licitação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) habilitou o consórcio Geodata do Brasil, Geodata Engineering e Italferr para a função de gerenciar os trabalhos das empresas responsáveis pelo projeto executivo do trem de alta velocidade (TAV). O consórcio foi escolhido em licitação ocorrida em julho, com a participação de oito consórcios.
A escolha, de acordo com a EPL, foi feita com base em proposta de preços e questões técnicas. A gerenciadora acompanhará o desenvolvimento dos projetos executivos de túneis, pontes, via permanente, estações, pátios de manutenção e estacionamento, entre outros, que serão desenvolvidos pelas empresas contratadas.

Nesta terça-feira, teve início um período de cinco dias para que os consórcios concorrentes entrem com eventual recurso na Justiça contra a escolha da Geodata Italferr, com mais cinco dias para a defesa e outros cinco para o julgamento dos questionamentos. O leilão do trem-bala Campinas-São Paulo-Rio está marcado para 19 de setembro.












http://noticias.r7.com/economia/noticias/comissao-da-epl-habilita-geodata-para-trem-bala-20130806.html

MAMUTE
Aug 12, 2013, 8:43 PM
Governo adia leilão do trem-bala por pelo menos 1 ano



De acordo com Borges, o governo percebeu que o processo caminhava para que apenas um consórcio participasse da licitação, o francês


Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
http://exame2.abrilm.com.br/assets/images/2013/6/228390/size_590_borges.jpg?1372165544
O ministro dos Transportes, César Borges: "Não vamos determinar prazo. Não vamos fixar novas datas"


Brasília - O ministro dos Transportes, César Borges, informou o adiamento "por pelo menos um ano" do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV), o trem-bala, para ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

A entrega de propostas de interessados no projeto estava marcada para sexta-feira, 16, e o leilão para a escolha do operador e da tecnologia ocorreria no dia 19 de setembro.

"Não vamos determinar prazo. Não vamos fixar novas datas", afirmou o ministro a jornalistas na tarde desta segunda-feira.

De acordo com Borges, o governo percebeu que o processo caminhava para que apenas um consórcio participasse da licitação, o francês.

Segundo ele, alguns grupos interessados, como espanhóis e alemães, solicitaram ao governo que prorrogasse o processo para encontrar parceiros nacionais para seus consórcios.

"Depois de muitas conversas e entendimentos com os prováveis participantes, sentimos que o certame caminhava para apenas um concorrente", afirmou.

"Outros prováveis participantes solicitavam o adiamento do processo para finalizar entendimentos de formação de consórcio."










http://exame.abril.com.br/economia/noticias/governo-adia-leilao-do-trem-bala-por-pelo-menos-1-ano

pesquisadorbrazil
Aug 13, 2013, 1:37 AM
Com tantos adiamentos, o projeto não irá sair do papel, querem apostar? Igual as novas usinas nucleares. Cadê elas.

pesquisadorbrazil
May 14, 2017, 2:40 AM
Quanto mais tempo passa mais, o sonho do Trem ligando Brasília a Goiânia fica distante.....Ainda mais pelo valor gigantesco e claro, pelas licenças ambientais. E querem que comecem as obras ainda esse ano. Piada. Esqueceram que o IBAMA vai ter que licenciar tanto no DF quanto no GO. Mas qual IBAMA. Estadual, Federal?

Esqueci de colocar os custos de 9 bi de dolares ou quase 40 bi de reais. Como inventam que houve superfaturamento no Estádio de Brasília. O superfaturamento do Trem, vai fazer o superfaturamento do estádio ser fichinha.

http://www.opopular.com.br/polopoly_fs/1.264330.1358636572!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_940/image.jpg

MikeVonJ
May 14, 2017, 2:53 AM
Quanto dinheiro público indo pelo ralo pra fazer esses estudos de viabilidade que não levam a lugar nenhum.

pesquisadorbrazil
May 14, 2017, 3:18 AM
Quanto dinheiro público indo pelo ralo pra fazer esses estudos de viabilidade que não levam a lugar nenhum.

Com 40 bi dá para fazer um trem expresso entre Formosa a Goiânia e de Brasília a Luziânia. Sem falar que expandiria muito o metrô e VLT em Brasília e Goiânia.:runaway:

pesquisadorbrazil
Sep 5, 2017, 3:32 AM
Projeto abandonado do Trem entre Brasília e Goiânia, via Ceilândia...

Fonte: http://www.antt.gov.br/backend/galeria/arquivos/apresentacao_em_bsb.pdf

Mineiro
Sep 5, 2017, 7:29 PM
Projeto abandonado do Trem entre Brasília e Goiânia, via Ceilândia...

Fonte: http://www.antt.gov.br/backend/galeria/arquivos/apresentacao_em_bsb.pdf

se sair, vai demorar...:slob:

pesquisadorbrazil
Sep 5, 2017, 8:46 PM
Isso porque falaram que iria sair agora no 2o semestre, inclusive dando poderes ao governador de Goiás para tocar a licitação, pois como a parte do DF é mínima, deixou para o estado que vai receber mais investimentos tocar.

Mineiro
Sep 5, 2017, 11:11 PM
Isso porque falaram que iria sair agora no 2o semestre, inclusive dando poderes ao governador de Goiás para tocar a licitação, pois como a parte do DF é mínima, deixou para o estado que vai receber mais investimentos tocar.

ainda mais esse Desgoverno do Goiás, aí que não sai mesmo kkk

pesquisadorbrazil
Sep 6, 2017, 2:32 AM
ainda mais esse Desgoverno do Goiás, aí que não sai mesmo kkk

Olha que é mais fácil sair lá do que aqui.:tup:

pesquisadorbrazil
Oct 23, 2017, 1:05 PM
Marconi apresenta projeto do trem-bala Goiânia-Brasília a investidores espanhóis

Em reunião na sede da Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE), em Madrid, governador busca investidores privados para a construção do trem interligando Goiás ao Distrito Federal; Autoridades da Espanha destacam viabilidade da proposta de investimento para o trem, que será o primeiro de alta velocidade implantado no Brasil

http://imprensaja.com.br/portal/wp-content/uploads/2017/10/Missao.jpg

Gabinete de Imprensa do Governador de Goiás

Madrid, 23 de outubro de 2017 – O governador Marconi Perillo apresentou na manhã desta segunda-feira (23/10) para investidores da Espanha o projeto do trem de alta velocidade Goiânia-Brasília, durante reunião na Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE), em Madrid. Acompanhado do presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, Marconi demonstrou a viabilidade econômica do projeto, destacando que o trem vai atravessar, entre Goiás e o Distrito Federal, uma região formada por 10 milhões de consumidores, com taxas de crescimento acima da média do Brasil.

Representantes dos governos do Brasil e da Espanha endossaram a apresentação do governador e do presidente da ANTT, destacando que o país europeu vem fazendo grandes investimentos em suas linhas de trem de alta velocidade e que a linha Goiânia-Brasília, com 200 quilômetros de extensão, é uma excelente oportunidade de investimento. Marconi disse que a meta é licitar o projeto executivo do trem já em novembro deste ano e a obra de implantação em 2018. A ANTT já concluiu o Estudo de Viabilidade Econômica e Ambiental (EVTEA) e estima em R$ 9,5 bilhões o investimento total de implantação do trem, que terá seis estações (Brasília, Samambaia, Alexânia, Abadiânia, Anápolis e Goiânia).

“O trem Goiânia-Brasília será o primeiro de alta velocidade ligando duas capitais brasileiras, englobando uma região formada por 10 milhões de consumidores, que cresce acima da média do País e tem potencial para se desenvolver ainda mais nos próximos anos”, disse Marconi durante a reunião de trabalho na CEOE. “Em 2018 o projeto poderá ser licitado e as obras serão iniciadas”, disse. O governador destacou a parceria entre o Governo de Goiás e a ANTT e afirmou que o EVTEA é resultado de um minucioso estudo sobre a viabilidade econômico-financeira do trem.

O presidente da ANTT, Jorge Bastos, disse que o encontro com os investidores espanhóis deixou claro o interesse do país europeu pelo projeto do trem de passageiros. “As nossas expectativas são as melhores possíveis. O governo espanhol, na Europa, foi o último a investir muito na tecnologia de alta velocidade e eles têm uma expertise muito grande no setor”, disse. “Os investimentos aqui na Espanha já se reduziram, eles já fizeram a maior parte desses investimentos, então o momento é muito propício para a apresentação do projeto brasileiro”, disse.

Os resultados da gestão do governador Marconi Perillo em Goiás foram citados pelas autoridades brasileiras presentes no encontro na CEOE para reforçar a confiabilidade da proposta de parceria para a implantação do trem, com participação do governo do Distrito Federal. O embaixador do Brasil na Espanha, Antônio Simões, destacou trabalho de Marconi e afirmou que os planos executados pelo governador foram fundamentais para movimentar a economia do Estado.

“O governador Marconi Perillo está em seu quarto mandato e liderou uma série de planos e ações que mudaram a economia de Goiás”, disse o embaixador, destacando as taxas de crescimento da economia goiana nas gestões do governador. Segundo o embaixador, a ação do governo estadual sob o comando de Marconi mostra “o apoio contínuo da administração para o desenvolvimento de todos os setores”.

O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Espanha, José Gasset, disse que o governador Marconi Perillo é “um amigo do governo da Espanha” e “um grande conhecedor do Brasil, de suas potencialidades e desafios”. Gasset destacou que a economia brasileira está em recuperação e que Goiás “é um Estado com excelentes oportunidades de investimentos para os investidores espanhóis interessados em ampliar seus investimentos na América Latina e no Brasil.

O vice-presidente da Comissão de Relações Internacionais da CEOE, Julian Nuñes, destacou as potencialidades da economia de Goiás. “O PIB de Goiás apresenta uma taxa de crescimento acima da média do Brasi. No último trimestre, o Produto Interno Bruto de Goiás cresceu quatro vezes mais que o nacional, confirmando a tendência de forte expansão da economia do Estado”, disse Gasset.

O custo para a implantação do trem Goiânia-Brasília é de R$ 9,5 bilhões, dos quais, segundo o EVTEA, R$ 7,5 bilhões virão da iniciativa privada e R$ 2 bilhões serão divididos entre os Governos de Goiás, do Distrito Federal e da União. Para esse estudo de viabilidade, a modalidade de contrato é uma Parceria Público-Privada (PPP) com o período de concessão de 33 anos, sendo que as obras ocorrerão nos três primeiros anos e a operação nos 30 anos seguintes.

Fonte: http://imprensaja.com.br/portal/23102017-goias-marconi-apresenta-projeto-do-trem-bala-goiania-brasilia-a-investidores-espanhois/

pesquisadorbrazil
Oct 23, 2017, 1:06 PM
Piada né, falaram que iriam licitar esse ano, agora irão licitar em 2018. E quem vai garantir que os futuros governos do DF e GO irão continuar com o projeto? Até mesmo porque, muito dificil EnrolaUmBeck ser reeleito. Agora o de goiano também pode nem ser reeleito também.

A ideia dos Sul Coreanos é a melhor de todos, pois, tanto DF e GO, terão de dar TERRAS para viabilizar o projeto. Vai que eles criem uma estação entre Samambaia e Anápolis sendo uma grande cidade com tudo do bom e do melhor que nem Brasília e Goiânia tem.

pesquisadorbrazil
Oct 24, 2017, 11:49 AM
Olha não sei pra que várias estações entre Brasília e Anápolis. Ao meu ver, o projeto apresentado pelos Sul Coreanos é o melhor. Ou será que o governador de Goiás não gostou nada da proposta por reduzir a margem de corrupção na obra. Pois uma ferrovia com poucas paradas é melhor fiscalizada, agora com várias paradas não.

pesquisadorbrazil
Feb 22, 2019, 2:48 AM
Alguém tinha visto isso aqui?

fonte: http://contenidos.ceoe.es/CEOE/var/pool/pdf/cms_content_documents-file-563-presentacion-proyecto-tren-de-alta-velocidad-goias-brasilia.pdf