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Old Posted Mar 17, 2012, 12:16 PM
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Cobiçado antes de ficar pronto



Licitação que escolherá empresa responsável pela gerência do empreendimento, que sediará jogos das copas do Mundo e das Confederações, cria disputa entre segmentos ligados ao esporte

O Estádio Nacional de Brasília gera a cobiça de segmentos esportivos e empresariais locais antes mesmo de ser entregue pelo Governo do Distrito Federal. A razão para o frisson não está diretamente ligado à construção de um estádio de última geração, que sediará sete partidas da Copa do Mundo de 2014 e a abertura da Copa das Confederações, no ano anterior, mas a briga pela gerência do empreendimento. O grupo ou empresário que vencer a licitação internacional, cuja previsão do próprio governo é que ocorra antes mesmo de a obra ser concluída, será responsável por gerenciar e administrar os recursos do estádio. A previsão de conclusão e entrega da arena é dezembro de 2012 e o custo da obra gira, hoje, em torno de R$ 1 bilhão.


Após ficar pronto, Estádio Nacional entrará no roteiro dos eventos internacionais

Candidatos não faltam e os motivos para a “disputa” nos bastidores são a influência nacional e internacional, e a possibilidade de explorar o estádio e principalmente a arena multiuso. O empreendimento disponibilizará, além de um campo para jogos de futebol, espaço para eventos de grande porte, como shows nacionais e internacionais, o que potencializará o desenvolvimento econômico, geração de renda e de emprego na capital federal.

Segmento que vem ganhando espaço no esporte candango, os “cartolas de colarinho branco” também se candidatam à disputa pela gerência do estádio.

Contando com influência política, os novos “empresários do futebol” poderiam estar, na verdade, entrando na cartolagem em busca de voos mais altos, exemplo da disputa pela gerência do Estádio Nacional de Brasília. Mesmo sem contar com um estudo de custos e lucros, o aluguel da arena pode gerar rendimentos altos, principalmente pelo fato de colocar Brasília no circuito de grandes eventos internacionais.

O professor de educação física da Universidade de Brasília (UnB) e estudioso do futebol, Paulo Henrique Azevedo, revela que possibilidades existem, mas é preciso analisar se os novos cartolas estarão sozinhos ou associados com outras empresas. “A licitação será aberta a todos, mas será exigida condições financeiras e técnicas para que o escolhido possa gerir o empreendimento. Entendo que o estádio de Brasília pode dar lucro e oferecer um grande número de opções para a população, com lucratividade para a empresa e eventos para a sociedade”, ressalta Paulo Henrique.


Em obras, o Estádio Nacional de Brasília deve ser entregue no final deste ano. Porém, a empresa que irá gerenciar o estádio poderá ser escolhida antes das obras terminarem

Federação pode ser candidata

Apesar de estar sob intervenção devido a ação civil pública e passar por uma série de dificuldades, a Federação Metropolitana de Futebol pode ser outra candidata a gerenciar o estádio. A nova diretoria será escolhida pelos velhos e novos cartolas. A data da eleição ainda não foi definida. Esse é o plano: políticos compra times, elegem a nova diretoria da federação passando a controla-la, para em seguida administrar o Estádio Nacional.

O ponto que poderia credenciá-la é a proximidade da entidade com o esporte local, mas os pontos que comprometem a possibilidade são muitos. Antes do início do Campeonato Candango 2012 a entidade não pagou as taxas de arbitragem, seguro de torcedor, assistência de saúde e recursos para contratar ambulâncias para os estádios, o que comprometeu ainda mais o andamento do torneio a ponto de atrasar o início em um mês.

Além disso, o Candangão, organizado pela Federação, é um exemplo de campeonato regional desorganizado e com pouquíssimo prestígio em outros estados do país, fatos que se comprovam nos estádios com um público muitas vezes inferior a 400 torcedores.

Para o sócio do Legião Futebol Clube, Gustavo Leão, o interesse de alguns políticos com o futebol local contradiz com a atenção que o governo deveria dar ao esporte. Os recursos disponibilizados pela Secretaria de Esportes do DF são infimos se comparados com a verba de Rio e São Paulo, por exemplo. “Existe, sim, este movimento, que foi mostrado na matéria passada (publicada pelo Jornal da Comunidade edição nº 1.215), que reforça a possibilidade de pessoas que estão entrando agora no futebol. O fato é que eles mostram um interesse que não é no esporte. Se não tiver um futebol local forte, esta arena vai ficar como o estádio de Joanesburgo, que pode ser demolido porque não tem dinheiro para se manter”, analisa Gustavo.

A preocupação é compartilhada pelo professor Luis Otávio, que leciona sociologia na Universidade Católica de Brasília (UCB). Para ele a possibilidade de a federação gerir uma arena de padrão internacional pode ser preocupante. “Juridicamente todos estão aptos, já que é um direito participar, mas no caso da federação a própria história do futebol de Brasília mostra que seria um fracasso. Me preocupo também com o futuro desta arena, porque Brasília não tem estrutura para comportar uma competição de futebol pelo fato do esporte aqui ser historicamente medíocre”, finaliza o professor.










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