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Old Posted Oct 19, 2011, 6:56 PM
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19/10/2011
Cozinha chilena ganha representante em Brasília: o Caleuche, no Condomínio Solar da Serra, no Lago Sul




Conhecido no Brasil por seus vinhos, o Chile também é dono de uma culinária rica, fortemente influenciada pelos espanhóis e que explora bem as riquezas da terra e do mar, tanto os produtos do campo, a carne de vaca, de frango e os embutidos, quanto os mariscos e peixes. Muitas vezes, reúne-se tudo em um só prato. Sim, a cozinha desse país é cheia daquelas combinações que levam os comensais brasileiros a imaginar em que circunstâncias alguém teve a ideia de misturar, por exemplo, a grande vedete chilena ― o salmão ― com calabresa, queijo mozarela e tomate. Seria em um dia de muita fome, com poucos ingredientes na geladeira?

Brincadeiras à parte, a receita ― levada ao forno e regada com azeite de oliva extravirgem ― é bem tradicional, além de muito saborosa. Chamado de cancato, o preparo é uma das muitas contribuições dos índios mapuches, os primeiros habitantes da ilha Chiloé, no sul daquele país. A prato, que ao longo do tempo ficou mais incrementado, é uma das atrações do Caleuche: um restaurante dedicado à cozinha chilena, inaugurado há quatro meses no Comércio Local do Condomínio Solar da Serra, no Jardim Botânico.




O nome da casa também tem origem em uma das principais lendas dos Mapuches. “Caleuche é um navio fantasma, que só navega à noite, bastante iluminado, habitado por bruxos, sempre embalado por muita música e dança”, conta o músico e proprietário do restaurante, o chileno Rodrigo Vivar (na foto ao lado, oferecendo o cancato). Ele está no Brasil desde 1998. Veio atraído pela riqueza da música brasileira, mas não se esqueceu da cozinha de sua terra natal. “Sempre preparava alguns pratos típicos para matar a saudade”, recorda-se.

Em seu “navio de sabores”, Rodrigo Vivar e sua esposa Adriene Zema propõem uma modesta viagem à gastronomia chilena, com cardápio pequeno, mas muito bem elaborado e cuidadosamente executado. A chegada até o restaurante também é uma pequena viagem. Distante cerca de 20 quilômetros do centro de Brasília, o acesso se dá por uma estrada ― boa parte dentro do condomínio – que alterna a vista da cidade com vales. Há apenas um pequeno trecho de estrada de terra, mas nada que dificulte o deslocamento de carros pequenos.




No restaurante, o cancato ― acompanhado por salada de batatas com maionese e molho pebre (muito parecido com o nosso vinagrete, mas sem pimentão e vinagre) ― sai a R$ 45 e serve até duas pessoas. O curanto (foto acima), um dos pratos mais apreciados do Chile, também é uma herança dos Mapuches. Trata-se de um guisado que leva de tudo um pouco: mexilhão, camarão, lula, polvo, vôngole, carne de porco e de frango, miúdos, vegetais e batatas. Tudo feito em vinho branco seco e especiarias. “O cozido não é feito com água. É preparado somente com o vinho”, explica Rodrigo. A receita, servida com arroz branco, custa R$ 45 (para duas pessoas).




Outra sugestão é o pastel de choclo (foto acima), que na verdade é uma torta de milho, um dos principais ingredientes do Chile. Na receita, também de origem Mapuche com influência espanhola, a carne de vaca acebolada, os pedaços de frango, azeitonas, ovos e manjericão são cobertos com creme de milho verde e levados ao forno. Completa a lista de segundo prato, o pollo al pebre ― frango cozido, coberto com molho pebre (aquele mesmo citado anteriormente, parecido com vinagrete, mas sem vinagre e pimentão). Ambos são servidos com arroz e custam R$ 30 (cada), para até duas pessoas




Com extensa costa banhada pelas águas frias do Pacífico, o cardápio chileno tem forte presença de peixes e mariscos. Além das elaborações em que esses ingredientes aparecem misturados às carnes, miúdos e embutidos, há outras que privilegiam apenas o frescor do mar.

No Caleuche, elas aparecem em duas versões como sugestões de entradas: maricos al pil pil (foto acima e da página principal) ― mexilhões e camarões acebolados, marinados no conhaque e especiarias, e gratinado com queijo ―, a R$ 20 (cinco unidades), e o mariscal frio (mexilhões e camarões marinados em limão e especiarias). Essa última ― inspirada nos ceviches peruanos ― também custa R$ 20 e é acompanhada por pães.




Para finalizar, as empanadas. Essas sim são unanimidade na cozinha chilena. Difícil encontrar quem não aprecie esses pastelões assados, de massa fina e macia, geralmente, com recheios suculentos, bem quentinhos e temperados. “A diferença entre as empanadas chilenas e as argentinas está no tempero”, explica Rodrigo, que usa como base o cominho, pimenta-do-reino e páprica picante. A mais tradicional é a de carne acebolada e ovo (foto acima). Mas há também pastéis de forno recheados com gorgonzola, frango ou mariscos acebolados, entre R$ 5 e R$ 8 (a unidade).

Para saborear uma dessas receitas, é preciso fazer reserva com antecedência. A área externa do restaurante está em fase de acabamento e, portanto, nesta época de chuva, a casa só pode atender até 15 clientes no espaço interno. Há mesas de madeiras, para grupos maiores, e outras menores, para casais ou quatro pessoas. Às quintas, acontecem as noites musicais. É quando Rodrigo recebe seus amigos músicos para alegrar o jantar. O repertório é excelente e não se cobra couvert por isso. Mas atenção: os pagamentos são recebidos apenas em dinheiro ou cheque.


Serviço

Caleuche Comida Chilena

Comércio Local do Condomínio Solar da Serra, Jardim Botânico, atrás da QI 27 do Lago Sul; 3522-5363, 9937-8914, caleucherestaurante@gmail.com.
Domingo, das 11h às 20h. De terça a quinta, das 17h à 0h. Sexta, das 17h às 2h. Sábado, das 11h às 2h.
Atendimento sob reserva. Não aceita cartão débito nem de crédito.











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