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Old Posted Aug 11, 2012, 2:42 AM
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Preço dos imóveis dispara no Brasil e eleva temor de “bolha” – DW.de

Valor médio do metro quadrado em Brasília e em São Paulo supera o de cidades como Frankfurt e Hamburgo. Economista fala em “bolha”, mas representantes do setor imobiliário discordam.

O aumento do preço dos imóveis nos últimos anos no Brasil vem chamando a atenção de consumidores e de especialistas. Dados divulgados nesta sexta-feira (03/08) pelo Índice FipeZap mostram que o preço de imóveis observados em seis estados brasileiros e no Distrito Federal subiu 17,1% nos últimos 12 meses. Considerando os últimos dois anos, o aumento foi de 49,4%.

De acordo com o índice, nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, o aumento dos preços dos imóveis ao longo de um ano ficou próximo dos 20%. Na capital fluminense, o metro quadrado ultrapassou 8,1 mil reais. Para morar no nobre bairro do Leblon, por exemplo, é preciso desembolsar mais de 18 mil reais por metro quadrado – ou seja, 1,8 milhão de reais para um apartamento de 100 m2.

No Distrito Federal, onde segundo o instituto de estatísticas estão os imóveis mais caros do país, em média o comprador paga 8.271 reais por metro quadrado. Em São Paulo, a média é de é de 6,6 mil reais.

Os valores ultrapassam, por exemplo, o preço de imóveis em cidades alemãs onde o custo de vida é considerado alto, como Frankfurt, onde em média o metro quadrado custa 2,5 mil euros (6,25 mil reais) e Hamburgo, 2,6 mil euros (6,5 mil reais). Mas ainda fica abaixo da média em Munique, onde estão os imóveis mais caros da Alemanha, com 3,8 mil euros por metro quadrado (9,5 mil reais), segundo a consultoria alemã F+B.

Caros demais?

“Os preços estão normais, houve apenas uma recuperação de preços nos últimos dois, três anos”, garante Claudio Bernardes, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais (Secovi) de SP. Ele ressalta que o aumento dos valores também deve ser associado ao crescimento do poder aquisitivo da população, à redução das taxas de juros para financiamentos e à ampliação do acesso ao crédito.

Paulo Fabbriani, vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) do Rio de Janeiro, relata que houve um boom da procura por imóveis nos últimos dez anos – o que também justificaria, em parte, os aumentos. “Ninguém fabricou esses preços”, assegura. Segundo Fabbriani, o setor teria sofrido com a falta de incentivo do governo nos últimos 40 anos, o que teria gerado uma demanda reprimida.

“Também nos deparamos com a falta de espaço nas grandes cidades. Se hoje você quiser morar no Leblon, por exemplo, vai ter que comprar o imóvel de alguém que já mora lá. Não há oferta de imóvel novo”, diz o construtor, justificando os altos valores cobrados no bairro nobre carioca.


Fonte: http://www.dw.de/dw/article/0,,16143867,00.html
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