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Old Posted Jan 31, 2012, 2:43 PM
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Brasília ganha primeira casa especializada em culinária marroquina: Caravana Árabe, no Centro Empresarial Brasil 21



A culinária marroquina tem muito mais a oferecer além do tradicional cuscuz feito com sêmola de trigo, embora este seja o prato típico daquela nação mais conhecido em todo o mundo. Apesar da proximidade com a Europa, “a cozinha de Marrocos é uma das menos conhecidas pelos europeus”, de acordo com a edição dedicada ao assunto, da Coleção Folha Cozinha País a País. No Brasil, a situação não é diferente. Brasília, por exemplo, acaba de ganhar a primeira casa especializada exclusivamente nessa culinária: a Caravana Árabe, inaugurada no último dia 20, no Centro Empresarial Brasil 21,

O lugar é capitaneado pelo empresário marroquino Hicham Mouaoui (na foto, à direita). Há 12 anos morando no Brasil, ele percebeu que as pessoas daqui apreciavam a cozinha do seu país, embora faltasse conhecimento sobre o assunto. Para divulgar essa culinária, suas receitas e ingredientes mais típicos, Hicham ─ que até então não tinha nenhum negócio no ramo gastronômico ─ revolveu abrir um espaço dedicado a Marrocos aqui no Cerrado. A casa é um misto de café e empório de produtos importados, mas também conta com cardápio de iguarias típicas que podem ser encomendadas com antecedência, tanto para o almoço quanto para o jantar.

Quem comanda as panelas é a marroquina Fátima Lmatazi, que trabalha na embaixada do país no Brasil (na foto, à esquerda). Com boa parte das receitas elaborada sob encomenda, o cardápio é comedido, mas recheado de delícias pouco conhecidas por aqui. Dentre elas, os tajines que ganharam um seção especial no menu. O guizado ─ de carne (carneiro, peixe ou frango, por exemplo) com castanhas, frutas ou legumes ─ leva o nome do recipiente no qual é preparado: um utensílio de barro com uma tampa oval. “Também cozinhamos os ingredientes nas brasas de carvão, da mesma forma que em Marrocos”, conta Hicham.




Na Caravana Árabe, há quatro opções de tajines. Dentre elas, a mais tradicional é a de carneiro (na foto abaixo). Na receita, a carne é cozida com gergelim, ameixa, damasco, amêndoa descascada e ovos cozidos, a R$ 50 a porção individual. Há ainda as versões com frango (com azeitona verde, açafrão, cebola e batata – R$ 40), com kafta (pequenas almôndegas ao molho de tomate e ovos mexidos – R$ 40) e com peixe (pescado de carne branca da estação, tomate, batata, azeitona verde, pimentão e limão – R$ 50).




O prato pode ser saboreado com talheres ou com as mãos, de acordo com a tradição marroquina. Para tanto, forma-se uma pinça usando o polegar e os dedos indicador e médio. Para comer o tajine, por exemplo, pega-se a carne e os demais ingredientes com os dedos. O caldo pode ser embebido em um pedaço de pão típico chamado khobz – feito de trigo e fermentado.

O tradicional cuscuz marroquino (na foto abaixo) compõe as sugestões de pratos principais. A disposição dos ingredientes e a apresentação da receita seguem a tradição do país. Depois de preparada, a sêmola é colocada em um recipiente de barro, forrando toda a superfície. Na sequência, os pedaços de cordeiro, paleta, fraldinha ou vitelo são acomodados bem no centro da vasilha e o cuscuz é regado com o caldo da carne temperada com gengibre em pó, cominho, coentro e salsinha. A seleção de legumes como abobrinha, repolho, cenoura e nabo vem por cima. A porção individual sai a R$ 50.




Também estão entre as sugestões de pratos principais, a kafta (assada, de frango ou de carne, acompanhada de arroz com lentilhas, pão sírio e purê de batatas ou salada – R$ 29,90), os charutos de folha de uva (arroz, endro fresco, hortelã e limão – R$ 29,90) e o quibe cru (carne moída, sal, azeite, pimenta, cebola ralada, hortelã e cheiro-verde, servido com pão sírio – R$ 29,90).

Para entrada, há uma seleção de saladas: fatuche (tomate, alface, agrião, hortelã e pão torrado – R$ 29,90), tabule (trigo, alface ou repolho, cebola, cebolinha, tomate, pepino, hortelã, azeite, sal e limão – R$ 29,90) e marroquina (trigo, frango desfiado, maçã verde, uvas-passas, hortelã, castanha-de-caju, azeite de oliva, mostarda, sal e pimenta – R$ 29,90).

Para comer na hora



Quem quiser apenas lanchar não precisa fazer encomendas com antecedência. O cardápio do café conta com receitas preparadas na hora. Dentre elas, os sanduíches montados no pão sírio, como o Casa Blanca (recheado com peito de peru, mozarela, alface, requeijão e salsa), o Marrakech (atum ralado, alface, tomate seco, cenoura e azeitona), o Rif (tomate seco, ricota, alface e cenoura) e o Agadir (geleia de frutas e queijo Minas). Cada um sai a R$ 8,99. “Além desses, também oferecemos os sanduíches no pão árabe, como o recheado com frango (na foto acima ─ R$ 9,90). Ainda não constam no cardápio, mas já estamos servindo”, adianta Hicham.

Já na seção de salgados, o clássico pão de queijo brasileiro fica lado a lado com o tradicional quibe frito, ambos a R$ 2 cada. Os quitutes podem ser saboreados com um copo de suco de frutas secas, feito com damascos, tâmaras ou uvas com essência de rosas, a R$ 6 cada. Há também a possibilidade de optar pelo café espresso, cappuccino, macchiato e café latte, entre R$ 3,50 e R$ 6.



No fim da tarde, todos os dias, a partir das 18h, uma receita típica tem conquistado os clientes da casa. Nesse horário, entra em cena a hareira (na foto acima). “É uma sopa muito comum por lá. As pessoas costumam tomá-la depois de um longo jejum. Ela é forte e revigorante, ideal para recuperar as energias”, explica Hicham. Elaborada com grão-de-bico, lentilha, salsão, salsinha, arroz, farinha, carne ou frango, sai a R$ 8 (a tigela acompanhada de pão árabe).

O balcão da loja é uma verdadeira tentação, sempre preenchido por doces típicos preparados pelas mãos habilidosas de Fátima Lmatazi. Dentre as iguarias é possível encontrar delícias como ghariba (de amêndoas com gergelim), kawkaw (de amendoim com semolina e cobertura de açúcar de confeiteiro), chabakia (de caramelo de gergelim, farinha e mel), fakkas (de uvas-passas e amêndoas), halwa (massa de chocolate com cobertura de chocolate e nozes), e briwa (massa folhada recheada com nozes e banhada em água de flor de laranjeira), a R$ 2 cada (na foto abaixo).



Para levar

Mesmo os visitantes do Empório não saem de lá sem experimentar nada. A qualquer hora do dia, eles são recepcionados com athay. “No Brasil, bebe-se café. Lá, nós tomamos chá”, afirma Hicham. O preparo é feito com erva de chá verde marroquino e hortelã. É possível reproduzir a receita em casa com o chá verde importado Sultan Al Jawhar, vendido a R$ 30 na casa. Para finalizar, basta acrescentar a hortelã fresca.

“Queremos oferecer produtos de qualidade, não encontrados em muitos empórios por aí”, garante Hicham. As prateleiras da casa são abastecidas, por exemplo, com sêmola de trigo para cuscuz Al Badia (na foto acima, à direita), a R$ 12 (500g), e com sardinha em conserva no óleo de soja, a R$ 5, trazidas diretamente de Marrocos.





Há também azeites, frutas secas, amêndoas, temperos, pastas, geléias, conservas e sucos de outros países como Líbano e Síria. Vale destacar o refrigerante árabe Al Waha (na foto acima, à esquerda), nos sabores abacaxi, laranja e manga, por R$ 4.


Serviço

Caravana Árabe
SHS, Qd. 6, Cj. A, Bl. A, Ljs 18 e 19, Centro Empresarial Brasil 21; (61) 3322-0225.
De segunda a sexta, das 8h à 0h. Sábado, das 8h às 17h.








http://www.querocomer.com.br/noticia...11W88032366276
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