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Old Posted Nov 5, 2011, 7:23 PM
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Pedidos de indenização por acidentes em todo o país aumentaram 42% em 2011


O trânsito está mais perigoso em todo o Brasil. Até setembro de 2011, foram pagas 256.470 mil indenizações a familiares e vítimas em todo o país, um crescimento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a Seguradora Líder, responsável pelo Danos a Pessoais Causados por Véiculos Automotivos de Via Terrestre (DPVAT), a maioria dos pedidos refere-se a tragédias envolvendo homens, motociclistas, na faixa de 25 a 34 anos. O DF repete o padrão. Ontem, dois homens morreram após a motocicleta em que trafegavam chocar-se com um poste (leia mais abaixo).

O presidente da Seguradora Líder, Ricardo Xavier, diz que o aumento na procura pelo benefício já era esperado, mas não nessa proporção. “As estatísticas nos preocupam. A frota e o número de pessoas circulando aumentaram, mas a isso soma-se a falta de conscientização dos motoristas”, sustenta. Para Ricardo, um dos dados mais alarmantes refere-se às motocicletas, responsáveis por 66% das indenizações. “A moto expõe mais e causa lesões que podem ter como consequência a invalidez”, explica.

Resultado disso é o número, também alto, de casos de invalidez permanente, que somaram 65% do total de indenizações. Associados à pouca idade das vítimas — 53% tinham entre 18 e 34 anos —, os acidentes também geram impacto nas contas do governo federal. Em vez de contribuírem com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), essas pessoas passam a viver de pensões. “Quanto mais jovem, maior o potencial de arrecadação para o INSS. É um problema para o sistema previdenciário como um todo”, afirma o professor de economia da Universidade de Brasília José Carlos Oliveira.

Ele lembra, entretanto, que a redução das colisões pode trazer outros benefícios a todos os cidadãos. “Menos acidentes geram queda nos gastos não só da Previdência Social. Gasta-se menos com saúde, as filas nos hospitais ficam menores e não é necessário deslocar policiais para os locais das batidas. Até o trânsito melhora porque há diminuição dos engarrafamentos”, afirma o especialista. Por isso, segundo ele, é importante que o governo invista em programas de educação.

O número de indenizações pagas no DF representa somente 1% do total, situação semelhante à do Acre, do Amazonas e de Alagoas. Para o presidente da Seguradora Líder, o fato de a capital ter vias largas e em bom estado de conservação explica essa taxa. “O número de acidentes tende a ser menor, mas, quando acontecem, podem ser mais graves porque as pessoas correm mais”, analisa.

O Seguro DPVAT cobre despesas de colisões com vítimas, mas não paga danos aos veículos. São passíveis de indenização acidentes com morte ou que gerem invalidez permanente e reembolsadas despesas com hospitais. Para solicitar, a pessoa não precisa ser representada por advogado, basta recolher a documentação e levar a um posto de atendimento da Seguradora Líder.

Impacto
Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, 40 mil brasileiros morreram vítimas do trânsito. Os acidentes com morte envolvendo motos representam 25% a mais do que no ano anterior e quase triplicaram em relação ao início da série histórica, em 2002. Passaram de 3,7 mil para 10,1 mil. De acordo com o estudo, a região campeã em morte de motociclistas é a Nordeste, com 3,4 mil. No Distrito Federal, o crescimento foi de 202%, totalizando 121 casos em 2010.

Para a coordenadora da área de Prevenção de Violência e de Acidentes, Marta Silva, as colisões de trânsito já são tratadas como um problema de saúde pública. Em 2010, foram gastos R$ 190 milhões somente com atendimento a vítimas de acidentes.












http://www.correiobraziliense.com.br...-em-2011.shtml
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