Brasil terá que pagar R$ 20 mi caso DF mantenha decisão de não sediar Universíade
Universíade: Medida de Rollemberg pode suspender Brasil de jogos internacionais por dois anos, Governo de Goiás analisa possibilidade de sediar evento em Goiânia
Foto: Fernando Leite / Jornal Opção - 08/07/2015
A secretária de Educação, Cultura e Esporte de Goiás, Raquel Teixeira, ... informou com ao Jornal Opção que o Brasil terá que pagar multa milionária caso o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), mantenha a decisão de não sediar os Jogos Universitários Mundiais (Universíade) de 2019.
Recém-chegada da Coreia do Sul, onde a edição deste ano do terceiro maior evento esportivo do mundo está sendo realizado, a goiana revelou que há um grande descontentamento da organização dos jogos com o governo brasileiro. “Eles estão desesperados e chateados com a situação. Não sabem o que fazer”, contou.
A escolha de Brasília como sede da Universíade de 2019 foi anunciada no final de 2013, durante um evento na Bélgica. Como acontece nas Olimpíadas e na Copa do Mundo, os Países interessados pleiteiam uma edição da Universíade. E é esse o ponto que enfureceu a organização: o ex-governador do DF, Agnelo Queiroz, e a presidente Dilma Rousseff (ambos do PT) assinaram um documento de compromisso para a realização da próxima edição na capital federal.
Presidente da International University Sports Federation (Fisu), o francês Jean Claude-Louis; presidente da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral; ladeiam a secretária Raquel Teixeira.
Derrotado nas eleições de 2014, Agnelo saiu do governo e, ao assumir, Rollemberg anunciou que não teria interesse em promover o evento esportivo, que tem gastos estimados em R$ 2 bilhões. “A decisão foi tomada por causa da situação financeira, e é exclusivamente pela situação financeira. Seria um evento positivo para Brasília, daria destaque para Brasília”, informou o ex-chefe da Casa Civil da gestão Rollemberg, Hélio Doyle, em dezembro do ano passado.
Sendo assim, Raquel Teixeira e a comitiva que participou do evento foram informados que o Brasil terá que pagar 20 milhões de reais e pode até ser suspenso de eventos esportivos internacionais por dois anos caso o Governo do DF não volte atrás. “Os organizadores ficaram extremamente desapontados que o ministro dos Esportes [George Hilton (PRB)] não foi pessoalmente lhes dar um posicionamento oficial do governo brasileiro”, contou Raquel Teixeira.
Saída goiana
Uma solução para o imbróglio seria uma união entre os governos do Distrito Federal e de Goiás. Raquel Teixeira afirma que as duas unidades da federação poderiam se juntar para realizar em conjunto a edição de 2019. “Os organizadores aceitaram fazer uma edição menor dos jogos para diminuir os custos. Vou levar a proposta para o governador Marconi Perillo (PSDB) e ele tomará a decisão”, explicou ela.
Segundo a secretária, um empreendedor goiano já lhe garantiu que teria interesse em construir a Vila Olímpica — o que diminuiria consideravelmente o valor. “Estimamos que com R$ 400 milhões conseguiríamos realizar o evento. Vamos esperar a conversa entre os governadores e o governo federal”, arrematou.
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