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  #201  
Old Posted Jul 3, 2012, 4:03 AM
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O crédito cresce de forma sustentável mas a inadimplência está fora de controle. Tem gente comprando imóvel sem condições de comprar. Muita OFERTA para pouca DEMANDA.

Clássico caso de bolha imobiliária estourando...
A inadimplência cresceu mas ainda está abaixo dos padrões internacionais, e o prazo médio de endividamento do brasileiro é de 12 meses. Resumo: isso não é fator de bolha - que, por sinal, não existe no Brasil.
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  #202  
Old Posted Jul 3, 2012, 4:46 AM
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Há dez dias, o Banco Internacional de Compensações (BIS, na sigla em inglês), que funciona como banco central dos bancos centrais, divulgou análise em que adverte para a formação de uma bolha de crédito no Brasil.

Esse diagnóstico foi prontamente desmentido pelo governo Dilma e pelo Banco Central. O argumento central de defesa foi de que o estoque de crédito no Brasil é de apenas 50% do PIB e, mesmo com o forte crescimento dos financiamentos habitacionais (15,3% em 12 meses), a situação do crédito imobiliário no Brasil está longe de configurar perigo de formação de bolha.



Nisso as autoridades do Brasil estão carregadas de razão. Ainda não há sinais de crise no financiamento geral nem com o segmento do crédito imobiliário parecida com a que acontece nos Estados Unidos e em alguns países europeus, especialmente Irlanda e Espanha. O estouro da bolha do subprime, em 2007, nos Estados Unidos ocorreu quando as operações de financiamento hipotecário tinham descarrilhado para práticas condenáveis. Eram comuns os refinanciamentos hipotecários por quatro ou cinco vezes, só para prover dinheiro novo que o devedor poderia queimar no consumo.

Aparentemente, traumatizados pelos maus antecedentes dos Estados Unidos e da Europa, e impressionados com a rápida expansão do crédito no Brasil (crescimento médio de 13% ao ano), os analistas do BIS exageraram nos cuidados.

No entanto, não dá para esconder a disparada da inadimplência (calote) nos créditos para pessoas físicas, que saltaram de 6,4% em maio de 2011 para 8,0% em maio deste ano. E isso indica redução da capacidade das famílias de honrar compromissos financeiros aos padrões de hoje.

O Banco Central não apresenta estatísticas para a inadimplência específica do setor imobiliário, mas algumas avaliações dão conta de que também estão crescendo. E a relativa saturação do mercado pode contribuir, se não por um achatamento dos preços das unidades habitacionais para níveis inferiores ao avanço da inflação, pelo menos para uma redução da velocidade de valorização dos imóveis, situação que pode comprometer a qualidade da garantia (hipoteca).

Um dos fatores que concorrem para isso é o avanço dos preços de mercado por metro quadrado cuja curva está no gráfico acima. Outro, a disparada do custo de construção. Em apenas 12 meses (terminados em maio), o custo da mão de obra saltou 11,5%. É, também, fato reconhecido que o Programa Minha Casa, Minha Vida está concorrendo para forte elevação dos preços dos terrenos urbanos. As dificuldades que as construtoras estão enfrentando para entregar os imóveis novos aos preços previamente indicados ilustram o que está ocorrendo.

Um terceiro limitador para a expansão do mercado imobiliário ao ritmo de hoje é o crescimento bem mais baixo da renda familiar, de cerca de 5% ao ano, como apontam os números do IBGE.

Para um financiamento de um apartamento de R$ 300 mil, por exemplo, com entrada de 20% e prazo de amortização de 20 anos, a prestação inicial é superior a R$ 3,1 mil e a renda familiar exigida é de R$ 10,3 mil. Quantas famílias brasileiras poderão enfrentar essas condições, num quadro de desaceleração do PIB?

Fonte: O Estado de São Paulo
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  #203  
Old Posted Jul 3, 2012, 4:47 AM
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  #204  
Old Posted Jul 3, 2012, 5:19 PM
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A inadimplência cresceu mas ainda está abaixo dos padrões internacionais, e o prazo médio de endividamento do brasileiro é de 12 meses. Resumo: isso não é fator de bolha - que, por sinal, não existe no Brasil.
Me desculpe, não podemos usar a metodologia estrangeira com a brasileira. E outra, 40% com comprometimento dos salários com prestações não é sinal de alerta.

Eu faço uma ressalva, a classe média, quando está no aperto, adivinhe quais prestações eles deixam em aberto, compras, financiamentos, educação, saúde, carro ou comida?

Acertou que eles preferem dar o calote nas construtoras e imobiliárias, do que ficar sem saúde, educação e claro, comida.
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  #205  
Old Posted Jul 5, 2012, 3:04 AM
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  #206  
Old Posted Jul 5, 2012, 3:23 AM
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Brasília vive o mesmo encalhamento, pois TODOS os corretores que compraram na planta para viver de AGIO, estão passando fome. Sinal claro de ESTOURO DA BOLHA em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e demais cidades brasileiras.
E a coisa está feia mesmo, pois com o mercado parado o índice Ploc Zap indicava estabilidade, e agora com o mercado quase todo baseado em trocas e ágios o índice começa a mostrar quedas...

Brasileiro se endividando, mas tudo bem, não se compara aos outros países...
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  #207  
Old Posted Jul 14, 2012, 3:27 PM
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  #208  
Old Posted Jul 16, 2012, 4:38 PM
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Mais de 2.400 imóveis foram devolvidos por falta de pagamento de prestações

Do sonho da compra da casa própria ao pesadelo de ter que se desfazer do imóvel em menos de seis meses. Essa é a realidade de 2.460 consumidores que tiveram que devolver o imóvel comprado no último semestre de 2011 por não conseguir quitar as prestações.

Na estimava do mercado, 10% das 24.606 unidades adquiridas de junho a novembro de 2011 no Estado foram devolvidas por clientes que não conseguiram pagar as prestações. Ou seja, na média, 400 imóveis por mês retornaram à cartela de vendas depois de serem vendidos.

O presidente da Lorenge S.A., José Élcio Lorezon, conta que o índice de imóveis devolvidos tem aumentado. Ele relaciona esse comportamento do mercado ao acesso da nova classe médio ao crédito imobiliário.

“A classe C ascendeu, mas tem um orçamento doméstico sensível a qualquer eventualidade. É um consumidor que não está habituado a fazer planejamento de longo prazo e até mesmo o conserto de um carro pode desequilibrar as finanças”, avalia.

O diretor do Sindicato da Indústria Imobiliária do Espírito Santo, Pedro Zamborlini, diz que não é só nessa fase de obras que acontecem as quebras de contrato.

“O comprador, às vezes, fecha negócio na empolgação, considerando apenas o valor reduzido das mensais durante as obras. E quando o imóvel fica pronto se depara com os custos do financiamento somado à taxa de condomínio. É aí que muitos não conseguem quitar as prestações”, afirma. (...)

Falta de planejamento compromete sonho

Mercado

- De junho a novembro de 2011, foram adquiridas no mercado imobiliário capixaba 24.606 unidades.
- Desse total, 10% dos imóveis foram devolvidos por consumidores por consumidores que não conseguiram pagar as prestações.
- Na média, 400 imóveis por mês retornaram à cartela de vendas depois de serem vendidos.

Justificativa

- Nos últimos anos, o índice de imóveis devolvidos tem aumentado. Especialistas em mercado imobiliário apontam que esse quadro se intensificou ao passo que o governo federal ampliou a oferta de crédito imobiliário, com juros menores e prazos maiores.

Precauções

- Para evitar o endividamento e a devolução do imóvel adquirido, o consumidor deve tomar algumas precauções.
- É importante fazer uma leitura atenta do contrato, observando todos os detalhes e, por exemplo, qual será a forma de correção da prestação.
- Enquanto estiver pagando o imóvel no período de obras, é importante fazer uma reserva de para dar o valor das chaves.
- Além disso, é importante calcular os gastos futuros com a taxa condominial e verificar se ele não vai extrapolar o orçamento se somando à prestação do financiamento depois do imóvel pronto.

Fonte: http://www.capixabao.com/noticia/119...de-prestacoes/
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  #209  
Old Posted Jul 24, 2012, 8:38 PM
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Crise de crédito imobiliário não é descartada no Brasil




FMI destaca possível bolha imobiliária no país e compara com os Estados Unidos que, em 2008, tinha pequena parte da população com dívidas no setor.



O Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório divulgado na sexta-feira (20/7), afirmou que o crédito no Brasil cresceu rapidamente nos últimos anos, mas os empréstimos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) estão diminuindo desde 2008 e deve continuar relativamente baixo em relação aos padrões internacionais


O FMI alerta para a forma de concessão de crédito à baixa renda e ao endividamento das famílias

O documento aponta que a concessão de crédito ao consumidor tem aumentado fortemente, o que corresponde hoje a 46% do total, contra 23% em 2002. Diante deste avanço, o Fundo alerta para o endividamento dos consumidores, que excede 40% da renda.

O FMI destaca ainda os empréstimos imobiliários para a baixa renda e a forma de concessão, questionando se essas famílias conseguirão quitar as dívidas.

"Vejo que o FMI está fazendo esse alerta para o futuro, pois está comparando com o que já aconteceu nos Estados Unidos e na Europa. Aqui no Brasil, os empréstimos imobiliários respondem por apenas 5,5% do PIB, mas nos Estados Unidos, em 2008, o nicho também era pequeno e quando estourou a crise da dívida imobiliária, nem US$ 3 trilhões ajudaram e vários bancos quebraram", explicou Manuel Enriquez Garcia, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon) e da Ordem dos Economistas do Brasil.

Apesar do número ser baixo, Garcia diz que a política deveria ser modificada. "O governo não está dando ênfase ao investimento público e o privado está reduzindo porque a expectativa com o futuro está cada vez pior. Ao invés de estimular a poupar, o governo incentiva a gastar e é isso que chama a atenção do FMI".

A falta de estímulos à poupança está preocupando diversos economistas desde o início do ano. "O que cria riqueza ao país é o investimento. Alavancar os gastos só é bom no curto prazo", conclui.

De acordo com Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, este ponto ainda não preocupa a economia brasileira. Para ele, antes dos consumidores de baixa renda deixarem de pagar o imóvel, eles vão parar de pagar outros bens, como os carros. Isso já vem acontecendo, com alguns deles tendo que devolver o veículo, mas é pontual.

"Um fato que prejudicaria o setor imobiliário seria o aumento do desemprego. Por enquanto, o crédito imobiliário é muito baixo e os bancos são criteriosos, não dão crédito a qualquer pessoa, como foi nos EUA", ressalta o economista.

No entanto, Vale aponta para possível afrouxamento por parte dos bancos públicos, que estão afoitos em estimular a economia. "No futuro, isso pode acontecer. Sempre acreditei que uma crise possível no Brasil viria do afrouxamento da regulação bancária, mas ainda estamos longe de qualquer coisa parecida com isso", completa.

Já a sondagem feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre o mercado de crédito é positiva. A entidade antecipa os resultados que serão anunciados pelo Banco Central nesta quinta-feira (26/7). Segundo a Febraban, se os números se confirmarem poderá indicar que o esperado processo de retomada da economia já está em andamento.

A Federação mostra que o crescimento dos empréstimos para pessoa física deverá ser 1,2% em junho, em relação a maio. Já em relação à pessoa jurídica, a alta alcançará 2,7% na mesma base de comparação.











http://www.brasileconomico.ig.com.br...il_119776.html
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  #210  
Old Posted Jul 25, 2012, 4:55 PM
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Enquanto isso tem matéria de destaque hoje no Correio Braziliense a respeito das dívidas das famílias brasileiras. Toda esta pujança de consumo dos últimos anos é baseada em crédito fácil e tomado sem se pensar no futuro, só não enxerga quem não quer ver.

A nova crise mundial está chegando e será pior que a de 2008, vão sonhando que o brasil está imune.
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  #211  
Old Posted Jul 26, 2012, 4:38 PM
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Poupança sustenta setor imobiliário até 2015, diz Abecip




O aumento no saldo de captações da caderneta de poupança deve sustentar o funding do crédito imobiliário até meados de 2015, ao contrário de previsão anterior, que projetava um limite em 2014, de acordo com Octavio de Lazari Junior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). "Com o crescimento da captação da poupança e o menor crescimento do volume de financiamentos, o funding vai se estender até 2015", disse.
Segundo Lazari, o aumento no saldo de captações na caderneta, verificado após as mudanças nas regras de remuneração da aplicação, também deu mais tranquilidade para o funding do setor. O presidente da Abecip ainda estimou que a captação da caderneta mantenha o ritmo de alta ao longo do segundo semestre, mesmo com o cenário de redução da taxa básica de juros (Selic). "No segundo semestre, muitas categorias de trabalhadores terão aumento salarial. Com mais dinheiro na mão, também haverá mais dinheiro disponível para aplicação na caderneta", explicou.
Pelas regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), 65% dos depósitos da poupança devem ser destinados ao crédito para financiamento de imóveis residenciais. Com a mudança nas regras de remuneração da poupança, em maio, havia preocupação do mercado que os depósitos migrassem para outros investimentos e comprometessem o funding, o que não ocorreu. As novas regras da poupança atrelam o rendimento da poupança ao juro básico da economia sempre que a Selic estiver em 8,5% ao ano ou menos. Em 30 de maio, a taxa caiu exatamente para esse patamar, o que acionou o gatilho. Desde então, os novos depósitos já pagam a remuneração composta de 70% da Selic somada à Taxa Referencial (TR), o que corresponde a pouco mais de 0,48% ao mês. Aplicações antigas recebem juro maior: 0,5% ao mês mais a TR.
CRIs
A emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que também compõem o funding do crédito imobiliário, deve ter uma alta de 10% no segundo semestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011, de acordo com estimativa de Lazari. Segundo ele, o primeiro semestre foi mais fraco para esse mercado devido ao baixo volume de lançamentos de novos projetos imobiliários por parte das incorporadoras. "Isso tornou o crescimento mais limitado", disse, acrescentando que, com o aumento nas captações da poupança, há menor necessidade de outras captações para compor o funding.









http://www.jornaldebrasilia.com.br/s...414694&secao=N
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  #212  
Old Posted Jul 31, 2012, 5:04 PM
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A inadimplência cresceu mas ainda está abaixo dos padrões internacionais, e o prazo médio de endividamento do brasileiro é de 12 meses. Resumo: isso não é fator de bolha - que, por sinal, não existe no Brasil.
Sé a inadimplência cresceu e não preocupa o mercado imobiliário, porque será que a bolha imobiliária brasileira incomoda o FMI?


FMI vê riscos de bolha no Brasil com expansão acelerada do crédito

Por Fernando Travaglini | ValorSÃO PAULO – Mesmo com avanços do Brasil nas áreas de regulação e supervisão bancária, o Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda vê riscos decorrentes da expansão acelerada do crédito nos últimos anos e enxerga indícios de tensões em algumas classes de ativos, especialmente nos empréstimos às famílias e no setor imobiliário, que poderiam, em um ambiente de queda dos juros, levar à formação de bolhas.

A avaliação está no mais recente relatório elaborado dentro do programa de avaliação do setor financeiro, executado pelo FMI em conjunto com o Banco Mundial. De acordo com o documento, os ativos do setor financeiro mais do que dobraram ao longo da última década e as autoridades precisam estar atentas para os riscos externos e internos.

“Há indícios de crescente tensão em alguns setores e classes de ativos, com destaque para o endividamento das famílias e o rápido aumento dos preços dos imóveis nas principais regiões, como São Paulo e Rio de Janeiro”, diz o relatório.

Segundo o FMI, “essas incertezas são mitigadas pela supervisão bancária robusta e pelos elevados níveis de proteção em termos de capital e liquidez nos bancos, mas é preciso manter a vigilância, aperfeiçoar os dados e estar pronto para intervir e controlar essas fontes de aquecimento se necessário”.

O documento vai além e afirma que até uma bolha de ativos poderia ser causada em função da queda dos juros, apesar de ressaltar que o risco sistêmico é pequeno no momento.

“À medida que os juros no Brasil continuam a cair e se aproximar de níveis internacionais, a procura cada vez maior dos investidores internos por rendimentos mais altos pode levar a uma subestimação do preço do risco e à formação de bolhas de preços de ativos.”

Com relação aos riscos externos, o fundo avalia ainda que “assim como o restante da economia brasileira, o sistema financeiro está exposto aos efeitos da volatilidade dos mercados internacionais, sobretudo os mercados de commodities e de capitais”.

“Um novo conjunto de riscos pode ser vislumbrado no horizonte, o que exigirá um monitoramento cuidadoso daqui em diante”, diz o diretor assistente do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais do FMI, Dimitri Demekas, em nota.

Para Demekas, a expansão acelerada do crédito nos últimos anos apoiou o crescimento da economia interna e o aumento da inclusão financeira, mas essa expansão também pode gerar vulnerabilidades.

“Existe o risco de que o sistema financeiro se torne vítima de seu próprio sucesso no país”, diz Demekas, que chefiou a equipe encarregada da avaliação, realizada entre os dias 6 e 21 de março.

O Banco Internacional de Compensações (BIS) já havia alertado sobre os riscos do crescimento acelerado do crédito no país em seu informe anual divulgado em junho. O banco dos bancos centrais mostrou que o Brasil está na zona de risco: expansão do crédito num ritmo muito mais rápido que o PIB nos últimos três anos, "efervescência" que duplicou os preços de imóveis nas grandes cidades e endividamento na direção de patamar recorde.

Na ocasião, o diretor-geral do BIS Jaime Caruana sugeriu que os países emergentes com rápido crescimento do crédito acelerassem a capitalização dos bancos e moderassem o ritmo dos financiamentos para evitar futuras crises.

Avaliação do setor financeiro

O relatório do FMI decorre de um reforço na supervisão dos sistemas financeiros após o estouro da crise da Ásia, em 1999. Desde então, o Fundo vem fazendo um monitoramento voluntário por meio do programa de avaliação do setor financeiro, executado em conjunto com o Banco Mundial, nos países de baixa renda e de mercados emergentes.

Em 2010, o Fundo tornou essa verificação da saúde financeira um elemento obrigatório de sua supervisão a cada cinco anos em 25 países em que o setor financeiro tem importância sistêmica, como o Brasil.

(Fernando Travaglini | Valor)

Leia mais em:

http://www.valor.com.br/financas/277...#ixzz22BrvE2Fk
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  #213  
Old Posted Aug 2, 2012, 5:16 PM
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Rentabilidade dos aluguéis no Guará já é de 0,49%

A rentabilidade imobiliária teve um resultado inédito no mês de junho. Pela primeira vez as quitinetes do Guará ultrapassaram o rendimento dos imóveis de Águas Claras. O Guará obteve no mês 0,49% de ganho, contra os 0,44% de lucro dos imóveis de Águas Claras. Os dados são do Boletim de Conjuntura Imobiliária, divulgado pelo Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF).

Com o preço médio de comercialização de uma quitinete no Guará de R$ 185 mil, o investidor teria, com a taxa apresentada, um rendimento de R$ 11.093,11 em 12 meses de aluguel. É importante ressaltar que esta taxa não inclui a valorização do imóvel, que pode aumentar a rentabilidade.

O estudo concluiu também que Brasília continua com os preços de venda e aluguel mais elevado para imóveis residenciais, especificamente, para apartamentos variando de R$ 245 mil, a comercialização de uma quitinete, até R$ 1,741 milhão para um imóvel com quatro dormitórios.

Em relação aos imóveis comerciais, o Setor de Indústria obteve os maiores valores de venda e aluguel para salas comerciais de R$ 487 mil a R$ 1.800 mil, respectivamente. Já o aluguel de lojas em Taguatinga e no Núcleo Bandeirante apresentou os valores mais elevados, entre R$ 3.800 a R$ 5.050 reais.

http://correiobraziliense.lugarcerto...-de-0-49.shtml
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  #214  
Old Posted Aug 2, 2012, 5:42 PM
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Então não existe risco de bolha em Brasília, então vamos lá.

Muitos falam que a cidade depende TOTALMENTE do Governo, então vamos lá. As categorias não tiveram aumentos em 2011 e nem terão em 2013.

As famílias estão endividadas, então se todas elas são funcionários públicos sem aumento salarial, irão dar o cano no banco e ficarão por isso mesmo.

E eu duvido, que os bancos venham tomar os imoveis dos funcionários públicos, se fizerem, irão ficar sem clientes.

Então a bolha estourou no 2o semestre de 2011 e ninguem notou que a ERA DOS AGIOS em Brasília ACABOU.
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  #215  
Old Posted Aug 2, 2012, 8:47 PM
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FMI alerta para riscos da expansão do crédito no País



Endividamento das famílias e bolhas em preços no setor imobiliário são os perigos mais evidentes, diz relatório



WASHINGTON - O Brasil pode ser "vítima de seu próprio sucesso". O alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI) refere-se aos riscos da expansão acelerada do crédito e também da redução da taxa básica de juros, a Selic, sem o necessário alongamento dos prazos de crédito. Bolhas em preços no setor imobiliário e o endividamento das famílias são dois dos riscos mais evidentes.

No documento Avaliação da Estabilidade do Sistema Financeiro, o FMI chama a atenção também para os riscos externos ao setor gerados pela volatilidade do mercado de capitais e pelos preços das commodities.

"Existe o risco de o sistema financeiro tornar-se vítima de seu próprio sucesso no País", afirmou Dimitri Demekas, diretor-assistente do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais do Fundo, ao Boletim Digital da instituição. "A expansão acelerada do crédito nos últimos anos apoiou o crescimento da economia interna e o aumento da inclusão financeira. Mas essa expansão também poderia gerar vulnerabilidades."

Esta foi a primeira vez que o governo brasileiro autorizou a divulgação do documento pelo FMI. A avaliação do setor financeiro é feita desde 1999, a cada cincos, em 25 países. Desde 2002, quando deu-se a primeira avaliação do Brasil, o FMI constatou ter havido "crescimento, diversificação e sofisticação do sistema", que mostrou-se capaz de atravessar "excepcionalmente bem" a crise de 2008. O ambiente atual, porém, é de desafios, alerta o Fundo.

A expansão do crédito nos últimos anos é um deles, mesmo sendo o total de empréstimos em relação do Produto Interno Bruto (PIB) ainda baixo. Essa situação não representa risco para os grandes bancos, mas gera vulnerabilidade para instituições de pequeno porte, com menos capacidade de cobrir uma eventual necessidade de liquidez. "É preciso monitorar e adotar medidas pró-ativas para conter essas crescentes vulnerabilidades", recomendou o FMI.

O Fundo reforça sua mensagem em favor da redução da Selic, hoje em 8,0% ao ano. Porém, chama a atenção das autoridades brasileiras para o fato de essa queda gradual romper o atual equilíbrio existente no sistema financeiro brasileiro de juros altos e crédito de curto prazo. Será preciso, portanto, extremo cuidado para acomodar a economia e o setor financeiro em um novo equilíbrio, mais saudável, de juros baixos e crédito de longo prazo.

Sem esse cuidado, inúmeros riscos podem emergir. Se mexer só na Selic, o Banco Central pode estimular o aumento da inflação, criar instabilidade macroeconômica e favorecer a formação de bolhas de preços de ativos, especialmente dos imóveis. Se apenas estimular o alongamento do prazo do crédito, pode ampliar demais o passivo financeiro.

Nessa tarefa, a mudança de foco do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será requerida. Há duas semanas, em sua avaliação da economia brasileira, o FMI já havia feito a mesma recomendação para o BNDES concentrar-se mais na concessão de crédito de longo prazo - em especial, para empresas sem capacidade de captar recursos no setor privado - e no financiamento de projetos infraestrutura. O BNDES, salientou o Fundo, precisa deixar de lado os empréstimos de baixo risco - como os concedidos para a Petrobrás - e tornar-se mais competitivo com o mercado privado.

Em outro documento divulgado nesta terça-feira, 31, sobre a observância das regras da Basileia pelo sistema bancário brasileiro, o FMI insistiu na necessidade de o governo aprovar legislação para garantir, formalmente, a autonomia do Banco Central. A questão, informa o documento, "continua em aberto". O País colocou em prática as regras de Basileia 2 e está em consultas para a aplicação gradual das de Basileia 3. Mas será preciso, reforçou o FMI, também reformar a governança do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

De forma geral, o FMI considerou o sistema financeiro brasileiro como "amplo, concentrado e altamente conectado, no âmbito doméstico". O sistema é formado por 1.475 instituições de depósito cujos ativos, somados, superam 100% do PIB do País. A capitalização é superior ao mínimo recomendado. Os cinco maiores bancos respondem por dois terços dos ativos. A presença de instituições estrangeiras ainda é menor do que em outros países latino-americanos. Esses bancos controlam menos de 20% do total de ativos do setor do País.









http://economia.estadao.com.br/notic...s,121385,0.htm
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  #216  
Old Posted Aug 3, 2012, 12:59 PM
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Fortaleza e Salvador puxam valorização dos imóveis em julho


Índice FipeZap nacional foi o mesmo de junho, puxado pela valorização de capitais nordestinas; duas cidades apresentaram queda nos preços



Fortaleza teve a maior alta de julho, com valorização de 3,4%

A alta dos preços dos imóveis brasileiros no mês de julho foi de 1,0%, mesmo percentual de crescimento registrado em junho. Apesar do crescimento modesto, ainda foi um desempenho melhor do que todas as aplicações de renda fixa e que a poupança no mês. Foram Fortaleza e Salvador que puxaram para cima o Índice FipeZap, que acompanha os preços dos imóveis em seis capitais brasileiras e no Distrito Federal. Belo Horizonte e Distrito Federal, porém, registraram recuo nos preços.

Em São Paulo, a alta foi de 1,3%, o menor valor para o mês em toda a série histórica iniciada em 2008, mas ligeiramente maior que a alta de 1,2% de junho; já no Rio de Janeiro, a alta foi de 1,1%, também levemente maior que a alta de 1,0% do mês anterior. Salvador registrou alta de 1,8% e Fortaleza teve valorização de 3,4%. Na contramão, em Belo Horizonte os imóveis tiveram desvalorização de 1,2%, enquanto no Distrito Federal a queda foi de 0,1%.

Até o mês de junho, o relatório do Índice FipeZap vinha reafirmando a tendência de desaceleração das altas, mas neste mês não houve esse comentário. Ainda assim, o relatório lembra que a alta dos preços dos imóveis brasileiros acumulada em 12 meses até julho foi de 17%, menos do que os 18,4% registrados no mês anterior. Mas onde hoje as valorizações estão estáveis ou em queda, as alta já estiveram bem maiores em julho do ano passado. As exceções são justamente as cidades de Fortaleza e Salvador, que se valorizam mais só agora.

O preço médio do metro quadrado em julho foi de 6.727 reais. O valor mais alto ainda é encontrado no Distrito Federal (8.271 reais), enquanto o menor está em Salvador (3.761 reais). Em São Paulo, foi de 6.611 reais, e no Rio de Janeiro, de 8.159 reais.


Local Variação mensal em junho de 2012 Variação mensal em julho de 2012 Preço do metro quadrado (R$)
Composto nacional 1,0% 1,0% 6.727
Belo Horizonte -0,2% -1,2% 4.805
Distrito Federal 0,3% -0,1% 8.271
Fortaleza 2,6% 3,4% 4.796
Recife 0,8% 0,6% 5.363
Rio de Janeiro 1,0% 1,1% 8.159
Salvador 2,1% 1,8% 3.761
São Paulo 1,2% 1,3% 6.611










http://exame.abril.com.br/seu-dinhei...tavel-em-julho
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  #217  
Old Posted Aug 3, 2012, 2:39 PM
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Se eu entendi direito, os preços caíram no DF, né? Interessante... Mas os preços nunca caem em Brasília, nunca?

Meu mundo parou!
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  #218  
Old Posted Aug 5, 2012, 9:20 PM
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Preço de imóveis no Brasil dispara e eleva temor de "bolha"


Valor médio do metro quadrado em Brasília e em São Paulo supera o de cidades como Frankfurt e Hamburgo. Economista fala em “bolha”, mas representantes do setor imobiliário discordam.

O aumento do preço dos imóveis nos últimos anos no Brasil vem chamando a atenção de consumidores e de especialistas. Dados divulgados nesta sexta-feira (03/08) pelo Índice FipeZap mostram que o preço de imóveis observados em seis estados brasileiros e no Distrito Federal subiu 17,1% nos últimos 12 meses. Considerando os últimos dois anos, o aumento foi de 49,4%.

De acordo com o índice, nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, o aumento dos preços dos imóveis ao longo de um ano ficou próximo dos 20%. Na capital fluminense, o metro quadrado ultrapassou 8,1 mil reais. Para morar no nobre bairro do Leblon, por exemplo, é preciso desembolsar mais de 18 mil reais por metro quadrado – ou seja, 1,8 milhão de reais para um apartamento de 100 m2.

No Distrito Federal, onde segundo o instituto de estatísticas estão os imóveis mais caros do país, em média o comprador paga 8.271 reais por metro quadrado. Em São Paulo, a média é de é de 6,6 mil reais.

Os valores ultrapassam, por exemplo, o preço de imóveis em cidades alemãs onde o custo de vida é considerado alto, como Frankfurt, onde em média o metro quadrado custa 2,5 mil euros (6,25 mil reais) e Hamburgo, 2,6 mil euros (6,5 mil reais). Mas ainda fica abaixo da média em Munique, onde estão os imóveis mais caros da Alemanha, com 3,8 mil euros por metro quadrado (9,5 mil reais), segundo a consultoria alemã F+B.


Metro quadrado no DF é mais caro do que em Hamburgo

Caros demais?

"Os preços estão normais, houve apenas uma recuperação de preços nos últimos dois, três anos", garante Claudio Bernardes, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais (Secovi) de SP. Ele ressalta que o aumento dos valores também deve ser associado ao crescimento do poder aquisitivo da população, à redução das taxas de juros para financiamentos e à ampliação do acesso ao crédito.

Paulo Fabbriani, vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) do Rio de Janeiro, relata que houve um boom da procura por imóveis nos últimos dez anos – o que também justificaria, em parte, os aumentos. "Ninguém fabricou esses preços", assegura. Segundo Fabbriani, o setor teria sofrido com a falta de incentivo do governo nos últimos 40 anos, o que teria gerado uma demanda reprimida.

"Também nos deparamos com a falta de espaço nas grandes cidades. Se hoje você quiser morar no Leblon, por exemplo, vai ter que comprar o imóvel de alguém que já mora lá. Não há oferta de imóvel novo", diz o construtor, justificando os altos valores cobrados no bairro nobre carioca.

Risco de bolha imobiliária?

Enquanto representantes do setor imobiliário são taxativos e garantem que o país não enfrenta uma bolha imobiliária – pelo menos não nos moldes daquela que atingiu os Estados Unidos em 2007 – alguns especialistas mais cautelosos afirmam que aumento dos preços dos imóveis no Brasil é anormal, e o acesso indiscriminado ao crédito, associado à falta de educação financeira do brasileiro, preocupa. E pode, sim, trazer grandes problemas para a economia do país.

"Os preços dos imóveis no Brasil passaram do razoável faz tempo", garante o economista Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele não apenas acredita na formação de uma bolha imobiliária no Brasil como ainda faz uma previsão: ela deve estourar logo após a Copa do Mundo, em 2014.

"E a bolha é caracterizada por um aumento irreal dos preços, ou seja, você paga alto por algo que nunca vai dar retorno por aquele preço", diz o especialista, ressaltando que comprar imóveis como forma de investimento, no momento, não é aconselhável. "Uma hora os preços vão cair na real, como caíram nos EUA, na Itália, na Espanha, na Grécia. Devíamos tomar como lição a historia recente de países que enfrentaram problemas semelhantes", afirma.
A diretora da Associação dos Mutuários de São Paulo (Amspa), Ana Carolina Bernardes, também acredita na formação de uma bolha no mercado imobiliário. Segundo ela, a combinação de crédito fácil e demanda crescente pode ser um problema a médio prazo. "Algumas construtoras não pedem nem comprovação de renda, nada, para analisar a vida financeira do comprador. Qualquer pessoa hoje em SP consegue comprar um imóvel", afirma Ana Carolina.

"Talvez as construtoras nem se preocupem com isso porque, se a pessoa ficar inadimplente, elas retomam o imóvel", acredita a diretora. Segundo ela, a associação registrou um aumento de 60% no número de reclamações de mutuários nos últimos 11 anos. Mais da metade destes registros é referente a variações na prestação do imóvel, que levam o mutuário à inadimplência.


Aumento da demanda justifica parcialmente subida dos preços, argumentam especialistas

Já Cláudio Bernardes rejeita qualquer idéia de bolha brasileira. Segundo ele, não há no país as mesmas condições que existiam nos Estados Unidos em 2007. "Nos EUA o sistema de financiamento imobiliário equivale 80% do PIB", afirma o presidente da Secovi. No Brasil, segundo o Banco Central, este índice é de 5,3%.

Fabbriani acrescenta que os índices de reajuste dos valores dos imóveis nos últimos 10 anos não superaram o de rendimento de outros investimentos neste mesmo período, como, por exemplo, a taxa básica de juros, Selic. Por isso, segundo ele, o risco de bolha estaria afastado.

Excesso de crédito?

Há pouco mais de um mês, o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), considerado o Banco Central dos bancos centrais, já havia alertado o governo brasileiro sobre os perigos do aumento excessivo de crédito e do endividamento dos brasileiros. A instituição mostrou-se também preocupada com o aumento dos preços do setor imobiliário.

De acordo com o Banco Central, o crédito concedido para financiamento imobiliário nos últimos 12 meses aumentou 39%, chegando a 218 bilhões de reais. Mas a inadimplência, em torno dos 2%, ainda é considerada baixa pelos representantes do setor.

"Crédito mal dado com educação financeira inexistente vão gerar problemas futuramente. As pessoas se comprometem durante 30 anos – muitos casamentos não duram este tempo. E elas fazem um compromisso tão sério quanto um casamento e do qual que não podem sair durante 30 anos. Se sairem, saem sem o imóvel e com nome sujo", alerta Samy Dana.

Autora: Mariana Santos
Revisão: Augusto Valente






http://www.dw.de/dw/article/0,,16143867,00.html
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  #219  
Old Posted Aug 11, 2012, 2:42 AM
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LLAP
 
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Preço dos imóveis dispara no Brasil e eleva temor de “bolha” – DW.de

Valor médio do metro quadrado em Brasília e em São Paulo supera o de cidades como Frankfurt e Hamburgo. Economista fala em “bolha”, mas representantes do setor imobiliário discordam.

O aumento do preço dos imóveis nos últimos anos no Brasil vem chamando a atenção de consumidores e de especialistas. Dados divulgados nesta sexta-feira (03/08) pelo Índice FipeZap mostram que o preço de imóveis observados em seis estados brasileiros e no Distrito Federal subiu 17,1% nos últimos 12 meses. Considerando os últimos dois anos, o aumento foi de 49,4%.

De acordo com o índice, nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, o aumento dos preços dos imóveis ao longo de um ano ficou próximo dos 20%. Na capital fluminense, o metro quadrado ultrapassou 8,1 mil reais. Para morar no nobre bairro do Leblon, por exemplo, é preciso desembolsar mais de 18 mil reais por metro quadrado – ou seja, 1,8 milhão de reais para um apartamento de 100 m2.

No Distrito Federal, onde segundo o instituto de estatísticas estão os imóveis mais caros do país, em média o comprador paga 8.271 reais por metro quadrado. Em São Paulo, a média é de é de 6,6 mil reais.

Os valores ultrapassam, por exemplo, o preço de imóveis em cidades alemãs onde o custo de vida é considerado alto, como Frankfurt, onde em média o metro quadrado custa 2,5 mil euros (6,25 mil reais) e Hamburgo, 2,6 mil euros (6,5 mil reais). Mas ainda fica abaixo da média em Munique, onde estão os imóveis mais caros da Alemanha, com 3,8 mil euros por metro quadrado (9,5 mil reais), segundo a consultoria alemã F+B.

Caros demais?

“Os preços estão normais, houve apenas uma recuperação de preços nos últimos dois, três anos”, garante Claudio Bernardes, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais (Secovi) de SP. Ele ressalta que o aumento dos valores também deve ser associado ao crescimento do poder aquisitivo da população, à redução das taxas de juros para financiamentos e à ampliação do acesso ao crédito.

Paulo Fabbriani, vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) do Rio de Janeiro, relata que houve um boom da procura por imóveis nos últimos dez anos – o que também justificaria, em parte, os aumentos. “Ninguém fabricou esses preços”, assegura. Segundo Fabbriani, o setor teria sofrido com a falta de incentivo do governo nos últimos 40 anos, o que teria gerado uma demanda reprimida.

“Também nos deparamos com a falta de espaço nas grandes cidades. Se hoje você quiser morar no Leblon, por exemplo, vai ter que comprar o imóvel de alguém que já mora lá. Não há oferta de imóvel novo”, diz o construtor, justificando os altos valores cobrados no bairro nobre carioca.


Fonte: http://www.dw.de/dw/article/0,,16143867,00.html
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  #220  
Old Posted Aug 14, 2012, 5:00 PM
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LLAP
 
Join Date: May 2011
Location: Brasília DF
Posts: 27,318
Depois de um período de fartura na cidade de Brasília com o pseudo boom imobiliário, a bolha estourou, ninguem mais compra e ninguem mais consegue vender seus ágios gordos. Resta saber, quando o valor do m2 começar a despencar, pois ele cresceu ARTIFICIALMENTE. Principalmente em regiões como Park Sul por exemplo. Compraram gato por lebre. Como eu gosto de especulador imobiliário BURRO....
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