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  #241  
Old Posted Jan 9, 2013, 8:37 PM
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Projeto paralelo prevê mobilidade e crescimento para Taguatinga





Crítico ferrenho do projeto do Túnel Rodoviário sob a Avenida Central de Taguatinga, apresentado pela Secretaria de Obras do DF, o professor-doutor da UnB, Joaquim Aragão tem, como carta na manga, um projeto paralelo ao do GDF.

Segundo ele, não se trata de um projeto de prancheta, mas sim uma série de soluções que vão desde a construção do túnel, - em outros moldes -, até a implantação de um VLT – Veículo sobre Trilhos, para circular em toda a região metropolitana de Taguatinga.

Especialista em Transporte e doutor em Ciências Políticas aplicadas ao desenvolvimento territorial, o engenheiro Joaquim Aragão, do departamento de Engenharia da Universidade de Brasília, apresenta, de forma contundente, estudos que revelam a necessidade de se integrar as vias que ligam as cidades adjacentes a Taguatinga, sem frear seu crescimento.

Com os olhos fitos na cidade, ele vem trabalhando em um projeto especial para Taguatinga desde 2003 e garante: “Taguatinga é a bola de vez. É a cidade com maior potencial econômico do DF e por isso precisa se tornar também um modelo de organização viária”. Para ele a metrópole de Taguatinga deve oferecer a mobilidade das grandes cidades europeias, preservando a qualidade de vida de seus moradores.



Com o apoio da academia, de empresários e lideranças da cidade, o professor coletou dados, traçou linhas e desenvolveu soluções. Segundo ele, o projeto já teve aval da Terracap e afirma que, se olhado com carinho por políticos, ou por aqueles que têm a caneta na mão, só quem ganha é a população.

No projeto desenvolvido pela equipe, o acesso ao túnel sob a Avenida Central teria mais faixas. A própria Avenida Central teria mais acessos do que os propostos no atual projeto apresentado pelo GDF. Como forma de integrar o transporte, a cidade ganharia um VLT, que segundo ele, é um projeto bem antigo, antes mesmo da ideia de ser implantado no Planto Piloto. Dessa forma, se preservariam qualidade de vida e mobilidade de veículos particulares e transporte público.

O VLT atenderia a população nas Avenidas Comerciais Sul e Norte e Central, nos Pistões Sul e Norte, em toda a sua extensão, indo até a Hélio Prates finalizando em Ceilândia.

Ainda no projeto, são previstas “mergulhões”, como o buraco do tatu, no Plano Piloto, que manteriam organizado o trânsito do centro da cidade.

O professor admite que o projeto é extenso, porém afirma que deve ser implantado aos poucos com previsões já definidas em todas as fases do projeto. “Nada que não possa ser implantado com planejamento efetivo e projeções orçamentárias bem definidas”, afirma o professor.

Veja como com seria a nova cara de Taguatinga e região, após a implantação do projeto de mobilidade apresentado pelo professor Aragão que, segundo ele, vai muito além das imediações do Centro de Taguatinga:


ASSIM É A ATUAL CONFIGURAÇÃO DA ÁREA DO VIADUTO QUE LIGAM AS SAMDUS SUL E NORTE



COM A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DO PROFESSOR JOAQUIM, TODA A ÁREA DO VIADUTO QUE LIGAM AS SAMDUS SUL E NORTE TERIA UMA MODERNA PRAÇA



NESTE PROSPECTO DA AVENIDA COMERCIAL, O PROJETO DO VLT - VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS, QUE ORIGINALMENTE SERIA PARA TAGUATINGA, PROPORCIONARIA MOBILIDADE INTEGRADA EM TODA A REGIÃO


PELO PROJETO DA EQUIPE DO PROFESSOR JOAQUIM, O TAGUACENTER TAMBÉM TERIA UM NOVO VISUAL. TUDO COM PADRÕES DA MAIS ALTA QUALIDADE



MERGULHÕES, NOS PONTOS CRÍTICOS DA CIDADE, MANTERIAM O TRÂNSITO ORGANIZADO



O VLT PASSANDO NA PRAÇA DO RELÓGIO, EM TAGUATINGA


O VLT PERCORRERIA TAMBÉM OS PISTÕES SUL E NORTE



CEILÂNDIA TAMBÉM SERIA CONTEMPLADA COM O VLT INTEGRADO A TAGUATINGA


O PROJETO TRAZ DESENVOLVIMENTO INCLUSIVE PARA A CEILÂNDIA








http://www.gazetadetaguatinga.com.br...ara-taguatinga
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  #242  
Old Posted Jan 9, 2013, 8:40 PM
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Muito fantasiosa essas ideias não? Acho que governo nenhum colocaria esse monte de projetos complexos em pratica, mas sonhar não paga né
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  #243  
Old Posted Jan 9, 2013, 10:08 PM
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Verdade, não adianta projetar, pois esqueceram do principal, todos os lotes em Taguatinga são PRIVADOS. Aquele megatorre no centro de Taguatinga seria no terreno de postos de gasolina de empresas diferentes, eu duvido, que eles trocariam postos de combustiveis RENTÁVEIS, por uma grande torre. E aí surgiria outro problema. Aonde o povo iria encher os tanques dos carros na área central?
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  #244  
Old Posted Jan 13, 2013, 9:58 PM
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"Brasil precisa olhar além de Niemeyer", diz crítico de arquitetura

Chegou a hora de o mundo "descobrir" a nova arquitetura brasileira e, com tantas obras e grandes eventos a caminho, também de o Brasil olhar para mais arquitetos além-Niemeyer.

A opinião é do crítico de arquitetura mais popular dos EUA, Paul Goldberger, 62.

Professor de design e arquitetura da New School de Nova York, Goldberger foi, por 25 anos, o crítico de arquitetura do "New York Times", no qual ganhou o prêmio Pulitzer por seus textos. De 1997 a 2011, exerceu a mesma função na revista "New Yorker" e, desde o ano passado, é colunista da "Vanity Fair".

Em entrevista à Folha, ele fala que o plano piloto de Brasília é um "fracasso", diz que o tempo suaviza a relação que temos com a arquitetura, que os modernistas, como Oscar Niemeyer, eram "arrogantes, mas tinham preocupação social" e que hoje muitos só pensam na estética.



O crítico de arquitetura norte-americano Paul Goldberger

*

Sombra
A sombra de Niemeyer era tão grande que impediu o mundo de ver quantos bons arquitetos existiam no Brasil. Não era fácil ser um arquiteto brasileiro se o seu nome não fosse Niemeyer. Ele era muito identificado com o país.

É triste que Niemeyer tenha ido. Mas, diante dessa perda, sem querer soar desrespeitoso, agora o mundo vai poder começar a observar outros arquitetos. Isay Weinfeld, Marcio Kogan, muito talentosos.

Mesmo o prêmio Pritzker não tirou Paulo Mendes da Rocha da sombra de Niemeyer.

Nova arquitetura
Nos próximos anos saberemos como anda a arquitetura brasileira. A posição do país mudou nos últimos anos, há muita construção acontecendo e,
com a partida de Niemeyer, os arquitetos terão mais possibilidades de construir e de que o mundo preste atenção.

Eu vi muito trabalho recente de qualidade no Brasil, mas a maioria era residencial. Casas maravilhosas.

Fracasso de Brasília
Sou mais inclinado em separar o planejamento urbano de Lucio Costa, que é um grande fracasso, dos prédios de Niemeyer, que têm bastante apelo, têm um poder icônico. Quando finalmente os visitei, foi incrível, aquelas formas são incríveis. Nem tudo estava bem cuidado. Todo prédio de qualidade precisa de manutenção. Depois de 50, 60 anos, precisam de cuidados, igual a um ser humano. Alguns prédios eram lindos, outros
horríveis.

Cadê a rua?
Se há alguma coisa que aprendi na minha carreira é que a coisa mais importante ao se construir uma cidade é fazer boas ruas. Brasília tem alguns bons prédios, mas não tem boas ruas. Você não tem uma cidade atraente.

Tem bons prédios de Niemeyer, mas que juntos não formam uma grande cidade.

Parece um campus governamental, não uma cidade. Como um campus universitário no subúrbio.

Mas é fascinante ver a experiência mais próxima da "ville radieuse" de Le Corbusier a ser realmente construída --e perceber quão terrível seria se essa visão corbuseriana tivesse sido implementada pelo mundo.

Arrogância social
Os arquitetos modernistas se sentiam políticos e até achavam fazer reengenharia social com suas obras.

Isso pode ser lido de duas formas. Como arrogância, pois eles achavam que sabiam o que era melhor para todo o mundo e que não precisavam ouvir outras pessoas. Nos anos 1950 e 1960, ainda era assim. Arquitetos poderiam ditar como as pessoas deveriam viver.

Mas há outro lado. Havia a convicção de que a arquitetura tinha um papel e uma responsabilidade social. Depois disso, muitos arquitetos começaram a ver a sua missão como apenas estética. Apenas fazer arte bonita.

Contexto e cliente
O problema de muitos modernistas era exercitar a preocupação social ditando regras, em vez de escutar mais. Arquitetos modernos aprenderam muito sobre os fracassos anteriores. Hoje eles são mais sensíveis ao urbanismo, à importância do contexto, a ouvir os seus clientes.

Tempo suaviza
Alguns dos prédios de Niemeyer não eram mesmo funcionais. É sempre melhor ver o que um arquiteto faz, não o que diz. Apesar do que dizia, muitos de seus prédios eram talvez obcecados demais com a forma às custas da função. Eram desenhados como objetos abstratos, como se a beleza sozinha fosse suficiente.

Pegamos mais leve hoje com seus prédios do que no passado em parte pelo efeito que o tempo tem sobre a arquitetura -suaviza as críticas, somos menos duros, nos acostumamos a tudo e criamos até nostalgia, sentimentalismo.

Sinatra brasileiro
É fascinante ver uma nação em luto pela morte de Niemeyer. Nos EUA, a morte de nenhum arquiteto produziria essa pausa para se pensar em arquitetura. Parece que todo o Brasil sentiu a perda. Nos EUA, tivemos isso com [Frank] Sinatra. Dos especialistas à gente comum. Niemeyer foi muito além do mundo da arquitetura. Tomara que esse interesse sobreviva a ele.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustra...uitetura.shtml
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  #245  
Old Posted Jan 13, 2013, 10:05 PM
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Concordo em tudo que o arquiteto americano falou. Brasília é um FRACASSO em urbanismo. Acho que a cidade em Brasília que deveria ser tombada é Águas Claras. Essa sim, tem tudo que uma cidade deveria ter, principalmente ruas. Lá tem a padaria da esquina, o boteco da esquina, a drogaria da esquina.

E pior, que arquitetos e urbanistas cafonas e míopes, não vem a oportunidade de melhorar o plano. Em projetar uma cidade aonde se funciona apenas de DIA. E a noite, a cidade vira um cemitério.

Se fosse assim, era melhor construir um gigantesco centro administrativo (vide CAGDF em Taguatinga) e em volta dele se desenvolver uma cidade, com bairros comerciais, escolares, industriais entre outros.

Mas todos mesclados. Eu creio que os únicos bairros que deveriam ser bem afastados do centro, seriam os industriais e hospitalares. Devido a contaminação e claro, ao silêncio no caso dos hospitais.

Ninguem merece, depois de uma cirurgia no coração acordar no meio da madrugada com alarmes de carros. Ou com um playboy passando com som alto. O planejamento especular de Brasília é tamanho, que apenas uma bomba de médio porte, acabaria com o Legislativo, Justiciário e Executivo em poucas horas.

E não adianta falar que Brasília tem cacife para evitar um ataque que não tem.
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  #246  
Old Posted Jan 13, 2013, 11:54 PM
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Concordo em tudo que o arquiteto americano falou. Brasília é um FRACASSO em urbanismo. Acho que a cidade em Brasília que deveria ser tombada é Águas Claras. Essa sim, tem tudo que uma cidade deveria ter, principalmente ruas. Lá tem a padaria da esquina, o boteco da esquina, a drogaria da esquina.

E pior, que arquitetos e urbanistas cafonas e míopes, não vem a oportunidade de melhorar o plano. Em projetar uma cidade aonde se funciona apenas de DIA. E a noite, a cidade vira um cemitério.

Se fosse assim, era melhor construir um gigantesco centro administrativo (vide CAGDF em Taguatinga) e em volta dele se desenvolver uma cidade, com bairros comerciais, escolares, industriais entre outros.

Mas todos mesclados. Eu creio que os únicos bairros que deveriam ser bem afastados do centro, seriam os industriais e hospitalares. Devido a contaminação e claro, ao silêncio no caso dos hospitais.

Ninguem merece, depois de uma cirurgia no coração acordar no meio da madrugada com alarmes de carros. Ou com um playboy passando com som alto. O planejamento especular de Brasília é tamanho, que apenas uma bomba de médio porte, acabaria com o Legislativo, Justiciário e Executivo em poucas horas.

E não adianta falar que Brasília tem cacife para evitar um ataque que não tem.
Pesquisa, vc é um cara que faz juz ao nome, mas sinceramente quando da opiniões sobre arquitetura e urbanismo, cara é triste.

Águas Claras tem todos os defeitos de Brasília e mais alguns de outras cidades.... Dizer que aqui tem ruas..... parece que vc nem entendeu o que o cara ta falando.

Quanto ao texto, concordo com quase tudo, menos com a parte que diz que o urbanismo de Brasília fracassou, isso é ridículo, se tivesse fracassado o Plano Piloto teria entrando em decadência como ocorreu com vários centros de grandes cidades. Mas pelo contrario, é lá que todos querem morar.

Brasília tem algumas burrices, como a extrema setorização, que urbanisticamente não faz nenhum sentido, mas os conceitos das super quadras e da cidade jardim são fantásticos mesmo com todos os seus erros.
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  #247  
Old Posted Jan 14, 2013, 12:00 AM
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Verdade, não adianta projetar, pois esqueceram do principal, todos os lotes em Taguatinga são PRIVADOS. Aquele megatorre no centro de Taguatinga seria no terreno de postos de gasolina de empresas diferentes, eu duvido, que eles trocariam postos de combustíveis RENTÁVEIS, por uma grande torre. E aí surgiria outro problema. Aonde o povo iria encher os tanques dos carros na área central?
Pesquisa o projeto do cara é de urbanismo, não dos prédios, estes estão ai apenas para representar o que poderia ocorrer com a cidade caso as modificações urbanas fossem implantadas. Eles são possíveis consequências e não parte do projeto.

Achei fantástico o projeto, embora dificilmente venha a ser implantado devido a miopia do governo e da população, principalmente do plano piloto que iria reclamar do desvio de importância para a "periferia".

Mas seria excelente se este fosse usado como plano master para uma renovação de Taguatinga.
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  #248  
Old Posted Jan 14, 2013, 12:18 AM
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Concordo Jota em parte do que você falou. Mas não existe projetar uma cidade apenas com conexões rodoviárias somente num sentido como em Brasília. Existe uma bela conexao entre as ruas em Taguatinga por exemplo.

Mas e no Plano Piloto? Essa besteira de ter ruas sem saída, pra min matou o Plano Piloto. E outra, desde quando meio-ambiente, arquitetura e urbanismo dá qualidade de vida?

Existem provas do contrário. Tanto, Brasília tem tudo isso, mas a qualidade de vida aqui é uma das PIORES do mundo. Pois as pessoas esquecem, com GRANA se compra, SAÚDE, SEGURANÇA e EDUCAÇÃO e até porque não TRANSPORTE.

Então os bem remunerados moradores de Brasília, poderiam morar numa toca ou caverna, e teriam uma excelente qualidade de vida. Só para uma miragem no contexto de qualidade de vida em Brasília, era a sensação de segurança.

Esse papo de cidade sem grades, funcionaria BEM na EUROPA ou ESTADOS UNIDOS ou até países ARABES, agora no Brasil? Aqui sempre foi uma cidade violenta. Sempre houve assassinatos, estrupos, tráfico de drogas, homicidios e não é de hoje, nem vou falar dos suicídios, pois isso é doença de rico.

A carta de Viena que foi baseada o urbanismo de Brasília somente funciona em países de ALTA CULTURA, mas no Brasil, vimos que não funciona, e pior, nem Le Corbusier funcionou na Europa, porque funcionaria num país de clima TROPICAL?
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  #249  
Old Posted Jan 14, 2013, 2:57 AM
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Concordo Jota em parte do que você falou. Mas não existe projetar uma cidade apenas com conexões rodoviárias somente num sentido como em Brasília. Existe uma bela conexao entre as ruas em Taguatinga por exemplo.

Mas e no Plano Piloto? Essa besteira de ter ruas sem saída, pra min matou o Plano Piloto. E outra, desde quando meio-ambiente, arquitetura e urbanismo dá qualidade de vida?

Existem provas do contrário. Tanto, Brasília tem tudo isso, mas a qualidade de vida aqui é uma das PIORES do mundo. Pois as pessoas esquecem, com GRANA se compra, SAÚDE, SEGURANÇA e EDUCAÇÃO e até porque não TRANSPORTE.

Então os bem remunerados moradores de Brasília, poderiam morar numa toca ou caverna, e teriam uma excelente qualidade de vida. Só para uma miragem no contexto de qualidade de vida em Brasília, era a sensação de segurança.

Esse papo de cidade sem grades, funcionaria BEM na EUROPA ou ESTADOS UNIDOS ou até países ARABES, agora no Brasil? Aqui sempre foi uma cidade violenta. Sempre houve assassinatos, estrupos, tráfico de drogas, homicidios e não é de hoje, nem vou falar dos suicídios, pois isso é doença de rico.

A carta de Viena que foi baseada o urbanismo de Brasília somente funciona em países de ALTA CULTURA, mas no Brasil, vimos que não funciona, e pior, nem Le Corbusier funcionou na Europa, porque funcionaria num país de clima TROPICAL?
Cara arquitetura, meio ambiente e urbanismo são sim qualificadores de vida, ou por ação do Estado ou pela iniciativa privada. Isso é obvio.

Brasília fez muito mais sucesso do que os projetos do Le Corbu, estes sim foram desastrosos. Basta comparar Chandigard com Brasília.
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  #250  
Old Posted Jan 14, 2013, 5:12 PM
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Entrevista
Filha de Lúcio Costa diz que Brasília está sendo maltratada
12:39:07


Com meio século de vida, Brasília vive os dilemas das metrópoles centenárias. A cidade planejada não conseguiu implantar um serviço de coleta e triagem de lixo, garantir tratamento de esgoto para 100% da população, o transporte público é de péssima qualidade e parece ter a predileção de optar pelas tecnologias ultrapassadas. A Educação e a Saúde públicas, outrora modelos referenciais de qualidade, estão sucateados e a especulação imobiliária faz a cidade crescer desordenadamente para cima e para os lados. Brasília, a cidade que não tinha a missão de ser uma metrópole, segundo a visão de seu próprio idealizador, fica, a cada dia, mais descaracterizada e mais semelhante a qualquer outra cidade do país, refém dos interesses da ganância de uns e dos desacertos da classe política que dita os rumos não só de Brasília, mas de todo o País.

Talvez, o último governador do Distrito Federal que tenha tido uma verdadeira preocupação com a preservação da Capital Federal tenha sido José Aparecido. Ele conseguiu que Brasília fosse tombada como patrimônio universal da humanidade pela Unesco e assim tentar aplacar a sanha de alguns que não tem preocupação com o que ela representa nem com a qualidade de vida dos que nela moram. ...



Foi na administração Aparecido, entre 1985 e 1987 que Lúcio Costa esteve em Brasília para fazer, quem sabe, uma última reflexão sobre os rumos de sua criação. Elaborou o projeto Brasília revisitada, que de alguma forma buscava garantir os ideários da cidade sonhada por Juscelino Kubitscheck e, ao mesmo tempo abrir um pouco de espaço para o seu crescimento.

Um quarto de século depois, a cidade não parece mais a mesma e as ameaças de uma descaracterização maior – tais como a mudanças de gabaritos nos Setores Hoteleiros ou a mudança de destinação de uso da quadra 901 Norte – se mostram cada vez mais fortes e agressivas. No entorno da cidade, os espigões já tomam conta da linha do horizonte, chegando, em alguns casos a 30 andares. A verticalização das cidades-satélites impacta todo o planejamento feito para Brasília, em especial a qualidade dos serviços que devem ser ofertados pelo poder público. A cidade vive a opressão da força das empreiteiras, das construtoras e das imobiliárias.



Lúcio Costa e Oscar Niemeyer já não estão mais aí para zelarem por sua criação. Setores da sociedade civil, tais como os movimentos Reaja Brasília e Urbanistas por Brasília, tentam se contrapor a dilapidação da Capital Federal. É uma luta inconstante e desigual.

Foi neste contexto que fui procurar alguém que viveu muito perto dos dois idealizadores de Brasília e também da implantação deste que foi um dos maiores empreendimentos do Brasil no século XX: Maria Elisa Costa. Demonstrando o DNA familiar, ela é hoje uma referência não apenas como arquiteta e urbanista, mas também na área de patrimônio histórico.

Em uma entrevista exclusiva ao blog Brasília, por Chico Sant’Anna, Maria Elisa revela que o Noroeste, embora previsto por seu pai, foi completamente distorcido pelo GDF. Para ela, as maiores ameaças se concretizam rapidamente em agressões, como por exemplo, aumentando desmesuradamente os gabaritos em localidades fora do Plano Piloto, mas perto demais da área de entorno do bem tombado.

Maria Elisa considera que a expansão urbana de Brasília está acontece ao sabor dos interesses do momento. O planejamento urbano do Distrito Federal – adverte ela – deveria considerar que se trata da CAPITAL DO PAÍS !!! (o grifo e as exclamações são dela mesmo) “Preservar o Plano Piloto não é uma “frescura” cultural!”


No final da década de 1980, Lúcio Costa elaborou o projeto “Brasília Revisitada” que definia a forma do crescimento urbano da Capital Federal.

A filha de Lúcio Costa considera uma “aberração” a contratação pelo governo de Agnelo Queiroz da empresa Jurong, de Cingapura,para definir os rumos da expansão urbana do Distrito Federal uma aberração.

Embora não admita estar triste com a situação da Capital, ela considera que Brasília está sendo maltratada e só não está mais descaracterizada em função da força da proposta urbanística original e pela ação de resistência dos brasilienses que defendem a cidade.

“Meu estado de espírito em relação aos rumos de Brasília é … acreditar no que vejo, ou seja, uma coisa que há 50 anos não passava de uma idéia, é, de fato, hoje – e para sempre – a Capital do país … Como eu acredito completamente no Brasil, não posso deixar de acreditar que Brasília vai segurar a barra…”

Confira abaixo a íntegra da entrevista de Maria Elisa Costa, filha de Lúcio Costa, concedida a Chico Sant’Anna.


Blog – Na década de 80, durante o governo de José Aparecido em Brasília, seu pai visitou a cidade e apontou áreas para onde ela poderia crescer e definiu como. O trabalho ficou conhecido como Brasília Revisitada. Em sua opinião, desde então, as idéias de seu pai foram bem aplicadas? Onde houve acerto? Onde houve Desacerto?

Maria Elisa Costa – Brasília Revisitada contem uma série de sugestões. O “Sudoeste’” foi implantado logo, e obedece ao proposto, com uma lamentável exceção: As faixas de 20 circundando as superquadras existem, mas ali nunca foi plantada uma árvore!

Já para o “Noroeste”, o projeto – recente – foi feito por conta própria, não respeitou a proposta (inclusive indicada graficamente) em Brasília Revisitada. (A título de exemplo: Superquadra NÃO É lugar de passagem, por isso tem entrada única para veículos; as “superquadras” do Noroeste não são superquadras, tem entrada e saída….) As demais propostas, acho que envelheceram, diante do rumo tomado pela expansão urbana do DF.

Blog – Seu pai, se pudesse fazer hoje uma nova “revisita” a Brasília, como você crê que ele reagiria?

Maria Elisa Costa – Seguramente ficaria emocionado ao entrar no Eixão, vindo do aeroporto… passando pelo burburinho da Rodoviária e descendo à Esplanada até à Praça dos Três Poderes… e de lá olhando o por do sol atrás da Torre de TV! No mais, não me arrisco!

Blog – Em sua opinião, Brasília está sendo bem tratada? Há risco de se perder a originalidade do que foi este projeto urbanístico?

Maria Elisa Costa – Nos últimos tempos, não tenho achado Brasília bem tratada… Falta cuidado cotidiano, e se a originalidade do projeto não se perde, é porque a proposta é forte, e ainda porque os moradores de Brasília gostam da cidade.

O Brasil como um todo – e os brasilienses em particular – precisam dar valor à sua cidade, como nós, cariocas, damos ao Rio! Brasília é capital do BRASIL, e não de um mero estado da Federação de nome Distrito Federal.

Blog – Há por parte do atual governo rotinas de consultas aos técnicos herdeiros e responsáveis pela preservação do projeto de Lúcio Costa?

Maria Elisa Costa – Isso nunca houve (e nunca me passou pela cabeça, aliás!). A rigor, a preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro (Brasília inclusive) incumbe ao IPHAN, não é coisa de família…

Blog – Em sua opinião, onde residem as maiores agressões ao projeto de Brasília, ou onde estão as mais graves ameaças ao projeto?

Maria Elisa Costa – Em Brasília Revisitada Lucio Costa faz uma afirmação fundamental: “A Brasília não interessa ser uma grande metrópole.”

Ou seja, as ameaças se concretizam rapidamente em agressões, como por exemplo, aumentando desmesuradamente gabaritos perto demais da área de entorno do bem tombado (no Guará, por exemplo, prática aliás inaugurada pelo partido urbano ostensivamente oposto a Brasília do projeto de Águas Claras…).E não se pensa seriamente em implantar atividades geradoras de emprego além de Taguatinga/Ceilândia, etc.)

Blog – O segmento empresarial imobiliário brasiliense, a seu ver, tem algum compromisso em preservar a cidade, ou eles são os grandes vilões?

Maria Elisa Costa – A grande vilã do planeta, em todas as áreas, se chama GANÂNCIA. Seja no setor imobiliário ou em qualquer outro – depende das pessoas, a doença é global…

Blog – A classe política de Brasília, em especial a que hoje se situa no Palácio do Buriti e na Câmara Legislativa, tem a clareza suficiente para entender a importância cultural de Brasília. Ela é efetivamente compromissada com o projeto?

Maria Elisa Costa – Sou do tempo em que a capital era o Rio de Janeiro, a presidência da República nomeava um prefeito para cuidar da cidade, e havia uma câmara de vereadores eleita, para defender os interesses dos moradores. Se o prefeito não desse conta do serviço, trocava-se o Prefeito….

Ou seja, quem tomava conta do Distrito Federal tinha uma cabeça prioritariamente administrativa. Já com essa idéia insólita de considerar o DF um Estado (de mentira, porque ele não se sustenta, quem paga as contas é a mamãe-federal), com governador eleito, a meu ver, não funciona – cabeça de governador é prioritariamente política…

Blog – Áreas como a quadra 901 Norte, hoje não ocupadas, e os Setores Hoteleiros Norte e Sul – onde coexistem prédios de pequeno porte e outros de mais de 10 andares, poderão ter seus projetos modificados para abrigarem hotéis de 10 a 14 andares? Como a senhora analisa este fato?

Maria Elisa Costa – Os setores hoteleiros originais, sim, inclusive com introdução de comércio de gabarito baixo…

Já a 901 Norte não, ela não faz parte do centro urbano original, não deve admitir, em nenhuma hipótese, gabarito superior a cerca de 15 metros… – já quanto aos usos, e mesmo taxa de ocupação, flexibilização é possível – questão de bom senso…. E o Setor de Autarquias Norte, que admite gabaritos altos? Está desocupado até hoje… mistérios de Brasília.

Blog – Além do Plano Piloto, tombado, as cidades satélites estão sofrendo com grandes transformações urbanísticas. Há prédios em Águas Claras que chegam a 30 andares. Cidades satélites destinadas a camadas sociais menos favorecidas, como Gama e Samambaia, já possuem espigões de 20 andares de altura. De que forma esta transformação ajuda a preservar ou impacta na preservação do Plano Piloto.

Maria Elisa Costa – A expansão urbana de Brasília acontece como em qualquer cidade brasileira, ao sabor dos interesses do momento. Hoje, é a mania de gabaritos altos, mesmo quando não há nenhuma pressão urbana que o justifique – acontece em todas as cidades de porte médio – lamentável! (a meu ver, mais um produto da GANÂNCIA…)
O planejamento urbano do DF deveria lembrar-se que se trata da CAPITAL DO PAÍS !!! Preservar o Plano Piloto não é uma “frescura” cultural! É respeitar um momento extraordinário da nossa história em que a vontade política (JK), a capacidade realizadora (Dr. Israel) e o talento (Lucio e Oscar) se uniram a favor do Brasil!

Blog – Na nova Lei de Uso e Ocupação do Solo – Luos, enviada pelo Governo do Distrito Federal à Câmara Legislativa, setores, como os das Mansões Park Way, originalmente previstas como “suburbanas” e destinadas ao cinturão verde da Capital estão tendo sua destinação alterada para receber, inclusive, empreendimentos comerciais e as áreas verdes ali localizadas serão passiveis de edificação. Que impacto isso pode trazer à cidade?

Maria Elisa Costa – Tenho acompanhado a reação contrária dos moradores, mas não conheço a proposta. E sempre tenho tendência a desconfiar de improvisos, sinto falta de uma orientação global inteligente em relação ao conjunto do DF.

Blog – O GDF contratou junto a uma empresa de Cingapura, a Jurong, a elaboração de projetos urbanísticos em cinco áreas do Distrito Federal – como por exemplo, o Núcleo Rural do Tororó – todas elas exploradas atualmente por atividades rurais, ou mesmo sem qualquer uso do solo. A senhora crê na possibilidade de que a ocupação do solo de forma progressiva, como vem ocorrendo no DF, possa provocar problemas de desabastecimento de água potável. Que impactos poderemos ter quanto a esgoto e impermeabilização do solo?

Maria Elisa Costa – Acho que a contratação de uma firma particular, ainda mais de um lugar que não tem nada a ver com a realidade brasileira, para definir os rumos da expansão urbana do Distrito Federal uma aberração.
A responsabilidade de planejar o rumo a seguir, a meu ver, é atribuição do poder publico, através de uma secretaria de planejamento competente, capaz de definir, orientar e fiscalizar a execução dos serviços que venha a terceirizar.

Blog – Como a Senhora analisa a contratação de uma empresa de planejamento urbanístico estrangeira para traçar os projetos do crescimento urbano do DF, sem a realização de um concurso técnico ou mesmo uma licitação pública?

Maria Elisa Costa – Você acharia admissível que a Prefeitura de Paris contratasse uma firma de um país longínquo, sem ter nenhuma intimidade com seus problemas, para planejar a expansão urbana da chamada “Région Parisienne”? Duvido !

Blog – Como técnica, que juízo de valor a senhora faz da empresa Jurong?

Maria Elisa Costa – Nunca ouvi falar da empresa Jurong. Devolvo a pergunta: de onde surgiu esse lance do GDF com a Empresa Jurong?
A proposta da Jurong tem em vista estimular a expansão urbana do Distrito Federal. Só que, como dizia Lucio Costa, “a Brasília não interessa ser grande metrópole” … Resta saber a quem interessa.

Blog – Passados 52 anos, a senhora diria que a população de Brasília está distanciada da utopia que foi o projeto da cidade e que não aporta a ele o mesmo carinho e sentimento?

Maria Elisa Costa – O projeto de Brasília não foi uma utopia, foi uma extraordinária realização de carne e osso da Nação brasileira. Acho que a população, agora já nascida na cidade em sua maioria, tem um enorme carinho pela cidade.

Blog – Se lhe fosse pedido para pensar o futuro urbanístico do DF, que valores norteariam o seu raciocínio? A senhora optaria em adensar áreas já existentes, com verticalização dos imóveis, ou manteria os gabaritos atuais e abriria novos espaços urbanos? Brasília tem um limite de crescimento populacional? Ela é uma cidade já consolidada ou precisa sempre está crescendo?

Maria Elisa Costa – Procuraria, antes de qualquer coisa, mobilizar todos os meios possíveis par criar emprego fora do Plano Piloto. Certamente, na medida do possível, não estimularia o crescimento da cidade… E teria que estudar muito bem a realidade atual, para saber como lidar com a expansão urbana.
Desde logo, fica claro que há duas situações urbanas diferentes justapostas: o que eu chamaria de “Grande Brasília” cujo núcleo principal é Taguatinga, e a área de Brasília propriamente dita, ou seja, a área tombada e seu entorno, delimitado pelo divisor de águas da bacia do Paranoá.
Na realidade, o que é bom como legislação para uma, não serve para a outra! Daí, ter me ocorrido há algum tempo que o DF deveria ter dois Prefeitos, em lugar de um Governador: uma prefeitura para cuidar da “Grande Brasília”, com sede em Taguatinga, prefeito eleito e câmara de vereadores, como nas demais cidades brasileiras; e a outra para tomar conta de Brasília propriamente dita, cidade-capital DO PAÍS, com prefeito nomeado pela Presidência da República e representação popular através das Associações de Moradores – como se fosse um “Território Federal” dentro do Distrito Federal.
De qualquer forma, deve ficar claro: na área de Brasília-Plano Piloto e seu entorno quem manda é a preservação; gabaritos altos só mesmo bem afastados dos limites da área de proteção. E para a grande Brasília, um planejamento urbano tradicional, como se faz em todas as cidades…
É preciso acrescentar que, seja no caso de governador ou de prefeitos, por se tratar, na realidade, não de um estado, mas da CAPITAL DA REPÚBLICA, toda e qualquer decisão relativa a uso e ocupação do solo dentro da área do Distrito Federal só deveria ser implantada depois de exame isento de suas implicações, por um órgão técnico diretamente ligado à Presidência da República.

Fonte: Brasília por Chico Sant'Anna - 13/01/2013
Fonte: http://www.edsonsombra.com.br/post/f...ndo-maltratada
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  #251  
Old Posted Jan 14, 2013, 5:22 PM
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Lúcio Costa falhou em não prever que a cidade iria crescer. Para ele, a cidade não deveria se tornar uma metrópole. O problema é que a realidade se mostrou bem diferente do que ele havia imaginado. Em vez de se elaborar um novo projeto compatível com a nossa realidade atual, as pessoas insistem em se apegar ao passado, querem manter os ideais propostos há 50 anos.
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  #252  
Old Posted Jan 14, 2013, 7:08 PM
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Lúcio Costa falhou em não prever que a cidade iria crescer. Para ele, a cidade não deveria se tornar uma metrópole. O problema é que a realidade se mostrou bem diferente do que ele havia imaginado. Em vez de se elaborar um novo projeto compatível com a nossa realidade atual, as pessoas insistem em se apegar ao passado, querem manter os ideais propostos há 50 anos.
Concordo contigo. O que adianta congelar a cidade, se a mesma é uma aberração tecnologica nos dias atuais. Ela é anti-meio-ambiente.

Cimento - contra o meio ambiente
Uso dos carros - contra o meio ambiente
Uso da luz - contra o meio ambiente

Na cidade a anos, não podemos mais contemplar as estrelas pela excessiva luminosidade noturna. As construções. Desde quando cimento trás conforto térmico?

A mesma coisa com a arborização, já falamos aqui a algum tempo a respeito das arvores. Elas não protegem nada contra a seca e a falta de umidade e pior, isolamento acustico.

Se eu for listar todos os pontos negativos, a cidade tem mais do que pontos positivos. E a maior das aberrações é uma invenção brasiliense. Não se pode habitar em APAs.

Nos EUA, todas as áreas de proteção ambiental deles, tem até INDUSTRIAS, SHOPPINGS CENTER e cidades INTEIRAS. Então porque será que lá as áreas são de CONSERVADAS e aqui não.
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  #253  
Old Posted Feb 15, 2013, 1:18 AM
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Prédio é demolido com técnica de “encolhimento”
Empresa japonesa desenvolve método ecológico para demolição de arranha-céus

A construtora japonesa Taisei Corporation desenvolveu uma técnica alternativa de demolição de arranha-céus em Tóquio. O desafio é a desconstrução do prédio Grand Prince Hotel Akasaka, em Tóquio, o maior já demolido no Japão.

O prédio, de quase 140 metros de altura, começou a ser desmontado em junho de 2012 e a previsão é que o processo seja finalizado já na próxima primavera.

A técnica consiste em começar do topo, fazendo o prédio “encolher” andar por andar. Macacos hidráulicos são usados como colunas temporárias para sustentar e depois rebaixar o andar, gerando energia para os demais equipamentos usados no processo. Por isso, além de causar menos impacto nos arredores, a técnica é também ecológica.

De acordo com o jornal Japan Times, no local, será construído um novo hotel e um centro empresarial.

http://mais.uol.com.br/view/14285512

Fonte: http://madeinjapan.uol.com.br/2013/0...-encolhimento/
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  #254  
Old Posted Feb 17, 2013, 12:00 AM
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Agefis é pega de surpresa em ação

Síndica apresentou documento que impedia a demolição

A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) realizou, hoje, uma operação para retirar as grades de um prédio localizado na quadra 707 da Asa Norte, em Brasília. Os fiscais foram até o bloco I, onde grades impediam a circulação nos pilotis do prédio. De acordo com a agência, as grades fechavam a passagem de pedestres e está em desacordo com a regra do tombamento dos prédios de Brasília.


Durante a operação, a síndica Mara Nívia Francisco Ribeiro explicou que as grades já existem há nove anos e foram instaladas a pedido dos moradores que reclamavam da falta de segurança no local. “Os assaltos eram frequentes antes da instalação das grades. Elas são importantes para a proteção dessas famílias”, afirmou. Ainda de acordo com a síndica, mesmo mantendo um vigia por 24 horas e tendo câmeras de segurança, o prédio, que fica de fundo com o Centro Universitário de Brasília (CEUB), não tem iluminação suficiente e acaba sendo uma área perigosa para os moradores.


Segundo ela, existe um recurso que impede a demolição das grades. Maria Nívia explicou que a Agefis notificou o local no dia 9 de maio de 2012, na época a síndica atendeu à solicitação e retirou parte das grades que atrapalhavam o acesso. Em seguida, entrou com recurso na Agefis, no dia 25 de maio, para manter o restante das barreiras. Em outubro do mesmo ano contratou um arquiteto que fez um projeto para modificar os pilotis do prédio e encaminhou para Administração Regional de Brasília. Ela alega que desde então não se preocupou e aguardava a resposta da Administração e da Agefis. “Hoje, fomos pegos de surpresa, estou com toda a documentação em mãos aguardando um retorno da Agefis. Essa ação está causando transtorno e constrangimento para os moradores”, afirma Maria Nívia.


A fiscalização, que declarou já ter derrubado várias obras por não cumprimento a regra do tombamento dos prédios de Brasília, disse que não sabia da existência desse recurso por parte da síndica e que iria aguardar uma segunda ordem para a derrubada das grades.

Fonte: http://coletivo.maiscomunidade.com/c...EM-ACAO.pnhtml
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  #255  
Old Posted Feb 17, 2013, 12:01 AM
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O juiz não acatou uma decisão do STF que proibe cercar. Algo de errado existe nesse meio.
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  #256  
Old Posted Feb 17, 2013, 4:33 AM
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Pelo que entendi não é uma decisão do judiciário, o negocio é que a sindica entrou com um processo de aprovação das grades na administração de Brasília que ainda não se pronunciou sobre o caso.

Ate que a própria adm dê uma resposta, realmente a AGEFIS não poderia demolir a obra.
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  #257  
Old Posted Feb 17, 2013, 10:03 PM
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Pelo que entendi não é uma decisão do judiciário, o negocio é que a sindica entrou com um processo de aprovação das grades na administração de Brasília que ainda não se pronunciou sobre o caso.

Ate que a própria adm dê uma resposta, realmente a AGEFIS não poderia demolir a obra.
Não existe isso de aprovar, pois o tombamento é bem claro. Proibido cercas. Aonde a Sindica não entendeu a lei. E pior, o juiz não pode interpretar e pior, nem dar liminar proibindo. Pois o mesmo está bem equivocado. E outra, a Agefiz nem deverida aceitar esses tipos de pedidos.
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  #258  
Old Posted Feb 18, 2013, 3:27 PM
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Não existe isso de aprovar, pois o tombamento é bem claro. Proibido cercas. Aonde a Sindica não entendeu a lei. E pior, o juiz não pode interpretar e pior, nem dar liminar proibindo. Pois o mesmo está bem equivocado. E outra, a Agefiz nem deverida aceitar esses tipos de pedidos.
Se vc entra com um pedido ele tem que ser analisado, normal isso. Se a adm achar que fere o tombamento, o que parece ser o caso, simplesmente responde que o projeto foi reprovado.

Não houve intervenção de nenhum juiz, mas é bom lembrar que liminar não é resultado de julgamento e sim tem por objetivo garantir que o resultado que possa ser prejudicial a uma das partes só seja aplicado no julgamento do merito.

Assim se um juíz entender que algum direito pode ser atingido (segurança dos moradores por exemplo) ele pode sim emitir uma liminar impedindo a derrubada ate que o caso seja julgado. Como eu disse liminar não é resultado.

Tudo isso claro considerando o funcionamento correto e com presteza , but é assim na teoria...
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  #259  
Old Posted Feb 18, 2013, 5:49 PM
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Se vc entra com um pedido ele tem que ser analisado, normal isso. Se a adm achar que fere o tombamento, o que parece ser o caso, simplesmente responde que o projeto foi reprovado.

Não houve intervenção de nenhum juiz, mas é bom lembrar que liminar não é resultado de julgamento e sim tem por objetivo garantir que o resultado que possa ser prejudicial a uma das partes só seja aplicado no julgamento do merito.

Assim se um juíz entender que algum direito pode ser atingido (segurança dos moradores por exemplo) ele pode sim emitir uma liminar impedindo a derrubada ate que o caso seja julgado. Como eu disse liminar não é resultado.

Tudo isso claro considerando o funcionamento correto e com presteza , but é assim na teoria...
Concordo contigo. Igual a invasão escancarada na orla do Lago. Em carta aberta a sociedade via jornal de Brasília, que o sr adelmir santana presidente da fecomercio/df é a favor da invasão, inclusive inventando, que quando a pessoa comprava o lote ponta de picolé, ganhava de lambuja a orla.

Nossa que cara pau, e apoia essa imoralidade. E agora ele se lascou. Além do tombamento da cidade. a invasão fere do Código Florestal. Pois agora a beira tem uma legislação especifica, e pior, todos que invadiram, terão de deixar o local, como era antes.
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  #260  
Old Posted Feb 20, 2013, 1:12 AM
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MPDFT: Alterações no PPCUB merecem cuidado, pois podem prejudicar Brasília



Ministério Público do DF debate sobre a preservação de Brasília com a elaboração do Projeto de Lei Complementar referente ao PPCUB



O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou série de questões ao debater o conteúdo do Projeto de Lei Complementar referente ao Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), em reunião convocada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (18/2).

Para o titular da 4ª Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), Paulo Leite, o projeto deve envolver amplo debate, já que é a primeira vez que se cria um Plano de Preservação. "Como esse projeto de lei apresenta alterações que podem trazer prejuízos às características de Brasília, devemos tratá-lo com bastante cuidado e atenção", explicou.

O procurador da República Peterson Pereira destacou a atuação do MPDFT e esclareceu a importância de o Ministério Público trabalhar junto à Câmara Legislativa do DF para verificar e debater os pontos conflitantes do projeto. "Se ele for aprovado, vamos, antes disso, trabalhar para que o conjunto urbanístico de Brasília seja preservado da melhor forma", disse.

O PPCUB norteará as regras de uso e ocupação do solo na capital federal, em todas as áreas tombadas: Plano Piloto, Candangolândia, Cruzeiro e Sudoeste/Octogonal. Entre as ações que deverão constar no Plano estão a previsão, regulação e qualificação de áreas comerciais e de serviços; áreas de esporte, lazer e cultura; sistema viário; estacionamentos; áreas verdes; parques urbanos e habitação diversificada.

A elaboração do PPCUB está prevista na Lei Orgânica do Distrito Federal, no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e na Portaria n° 299/04 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).









http://www.correiobraziliense.com.br...brasilia.shtml
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