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  #441  
Old Posted Oct 30, 2013, 5:40 PM
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Originally Posted by don_quito View Post
Que falta de originalidade esse relógio, poderia ser melhor! Só não é mais brega que o relógio dos 500 anos do brasil que era muito tosco.
Seja bem vindo... O povo do SSC estão pulando fora da canoa furada....
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  #442  
Old Posted Oct 30, 2013, 5:44 PM
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Originally Posted by pesquisadorbrazil View Post
Seja bem vindo... O povo do SSC estão pulando fora da canoa furada....
valeu Pesquisa!
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  #443  
Old Posted Oct 31, 2013, 9:43 PM
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Originally Posted by don_quito View Post
Com relação ao PPCUB....minha opinião.
........
- Eixo Monumental
Torna possível a criação de lotes comerciais de até 20 000 mil metros quadrados entre a igreja Nossa Senhora da Paz e a rodoferroviária
NUNCA! totalmente contra isso! absurdo! no máximo sou a favor de criação de parques ali, com paisagismo a lá burle marx...

Quadra 500
Previsão da construção de 22 lotes residenciais com até 1 200 moradias
NUNCA! o bairro já é um inferno somando mais umas 2 mil pessoas /carros, vai ser o caos. Faça um parque nas 500.
.........
Passou da hora! totalmente a favor!
A que mané parque o que! O povo em Brasília tem uma obsessão com esse negocio de parque, não pode ver meio metro de capim que já quer transformar em parque.

O Plano Piloto tem dois parques enormes que o GDF mal da conta, vai criar ainda um parque gigante bem no meio?? O pessoal esquece que parques exigem investimentos e são um custo permanente para o erário publico.

Aquela área do eixo monumental depois do memorial JK é um vazio urbano, pode e deveria ser ocupada, não precisa ser uma área de alta densidade, nem torres de 40 andares, mas poderia sim ser ocupada por projetos interessantes, como teatros, cinemas, restaurantes, museus, centros empresariais baixos etc... Qual o problema? Aquela área é enorme, pode muito bem ser ocupada com uma baixa densidade urbana.

Já no Sudoeste já existe um projeto de parque bem ao lado da quadra 500 e tem outro parque bem no centro. Pra que fazer mais um? A quadra 500 ficaria praticamente ao lado do eixo monumental, praticamente não teria impacto no transito interno da região.

Sem falar que ali é uma área particular, não é publica para transformar em parque. Tudo teria que ser desapropriado.

Last edited by Jota; Nov 1, 2013 at 3:23 PM.
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  #444  
Old Posted Nov 1, 2013, 2:38 AM
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Chega de parque, o governo não tem grana nem para manter os atuais, inventar mais parque para drogados tomarem de conta. E a região do Cruzeiro e Sudoeste tem parques até demais.
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  #445  
Old Posted Nov 1, 2013, 8:30 PM
yuri radd yuri radd is offline
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Originally Posted by Jota View Post
A que mané parque o que! O povo em Brasília tem uma obsessão com esse negocio de parque, não pode ver meio metro de capim que já quer transformar em parque.


Realmente me sinto em casa aqui no ssp. Só aqui que encontro gente contrária a esses malditos parques.
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  #446  
Old Posted Nov 1, 2013, 9:22 PM
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Não sou "contra" os parques, é interessante que cada RA tenha uma área verde com equipamentos públicos para a população, são áreas de lazer e que tem uma função urbana. Mas quando começa a querer fazer parque em todo lugar, ai já começa a encher o saco.

O plano piloto já tem 4 grandes parques e outros menores, alem de outros espaços públicos próximos como a Água Mineral . Adoro isso. Mas criar outro parque imenso no meio de Brasília? Pra que? Pra ficar largado? Vc começa a criar uns vazios urbanos, que acabam se tornando terra de ninguem.

Aquela área depois do memorial JK é absolutamente subutilizada, é urbanisticamente pobre e tem como unica função ser um gigantesco canteiro central do Eixo monumental.

E outra coisa, quando falamos em ocupar essa áreas, obviamente ninguem esta pensando em criar algo com uma Águas Claras ali no meio. Por que não criar um setor cultural, com cinemas, teatros, bares, restaurantes, museus, praças publicas etc... Qual o problema?

Ok, que não se permita o uso residencial, isso seria estranho. Mas por que essa obsessão com o vazio? Parques tem um custo para sua instalação, precisam de equipamentos, segurança, manutenção etc...
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  #447  
Old Posted Nov 1, 2013, 9:30 PM
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Originally Posted by Jota View Post
Não sou "contra" os parques, é interessante que cada RA tenha uma área verde com equipamentos públicos para a população, são áreas de lazer e que tem uma função urbana. Mas quando começa a querer fazer parque em todo lugar, ai já começa a encher o saco.

O plano piloto já tem 4 grandes parques e outros menores, alem de outros espaços públicos próximos como a Água Mineral . Adoro isso. Mas criar outro parque imenso no meio de Brasília? Pra que? Pra ficar largado? Vc começa a criar uns vazios urbanos, que acabam se tornando terra de ninguem.

Aquela área depois do memorial JK é absolutamente subutilizada, é urbanisticamente pobre e tem como unica função ser um gigantesco canteiro central do Eixo monumental.

E outra coisa, quando falamos em ocupar essa áreas, obviamente ninguem esta pensando em criar algo com uma Águas Claras ali no meio. Por que não criar um setor cultural, com cinemas, teatros, bares, restaurantes, museus, praças publicas etc... Qual o problema?

Ok, que não se permita o uso residencial, isso seria estranho. Mas por que essa obsessão com o vazio? Parques tem um custo para sua instalação, precisam de equipamentos, segurança, manutenção etc...
Eu entendi. Sabia que vc não é contra todos os parques, muito menos eu. Acontece que Brasília pega pesado no assunto. São muitos e grandes demais.
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  #448  
Old Posted Nov 2, 2013, 4:41 PM
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Originally Posted by pesquisadorbrazil View Post
Confira algumas alterações do PPCUB que vão apimentar o debate.

- W3 Sul e Norte
Em áreas hoje reservadas a estacionamentos serão criados dezenove lotes comerciais, com prédios de até três andares

- Setor de Clubes Sul
Alguns trechos serão usados para fins comerciais e de hotelaria, com aumento do potencial construtivo de 80% para 150%

- Setor Hoteleiro
Mudança de gabarito permitirá que hotéis hoje com apenas três pavimentos cheguem a doze andares.

- Eixo Monumental
Torna possível a criação de lotes comerciais de até 20 000 mil metros quadrados entre a igreja Nossa Senhora da Paz e a rodoferroviária

- Quadra 500
Previsão da construção de 22 lotes residenciais com até 1 200 moradias

- Setor Hospitalar Sul
Aumento do atual potencial construtivo de 100% para 250%

- Quadra 901
Retomada da discussão sobre esse novo setor hoteleiro

- Setor de Garagens Oficiais
Transferência de lotes de garagens para lotes comerciais.
Acho engraçado um projeto de "preservação" com ênfase em construir, construir e construir. Que eu saiba, "preservar" é manter o que já existe. Aliás antes de construir mais prédios, Brasilia anda precisando de um banho de urbanismo nas áreas já consolidadas, como os setores centrais e hospitalares, que hoje são um caos, onde o pedestre/ciclista não tem vez.

Apesar disso, concordo com quase tudo, menos com a quadra 901 e com os lotes no eixo monumental. Esses do eixo monumental, então, são um absurdo total pois ali jamais poderia ter comércio.
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  #449  
Old Posted Nov 2, 2013, 6:57 PM
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Originally Posted by Viajante View Post
Acho engraçado um projeto de "preservação" com ênfase em construir, construir e construir. Que eu saiba, "preservar" é manter o que já existe. Aliás antes de construir mais prédios, Brasilia anda precisando de um banho de urbanismo nas áreas já consolidadas, como os setores centrais e hospitalares, que hoje são um caos, onde o pedestre/ciclista não tem vez.

Apesar disso, concordo com quase tudo, menos com a quadra 901 e com os lotes no eixo monumental. Esses do eixo monumental, então, são um absurdo total pois ali jamais poderia ter comércio.
Eu discordo, as áreas tem que ter convivio entre elas. Do jeito que está, mato é para BANDIDO, e pior no meio do decido urbano. Então pra você ali só deve ter mato e arvores e mais nada, só para os cavalos do exercito pastar.

Se nem ciclovias e árvores maiores querem deixar instalar na região. A o projeto de Brasília nasceu fracassado, e o PPCUB veio para dar um basta em algumas coisas.

Eu concordo que alguns trechos leia-se alguns, mudem sua destinação, isso não quer dizer todo o setor de clubes. Sem contar que os pseudos clubes perderam sua razão de existência.

Pois quando foram feitos, era para o povo caranguejo de Brasília não esquecer suas raízes litoraneas. Acabou, os clubes tem que ter outras atividades, quer seja hotéis, bares, restaurantes, lojas e cinemas/teatros.

Outros ponto é o desperdiço de dinheiro publico, do jeito que está o policiamento da região é INEFICAZ, querem que uma dupla de cosme e damião dê conta de um perímetro urbano de 70 mil m2 com n rotas de fuga e esconderijos para marginais.

Eu nem vou falar em áreas de parques sem grades, um convite para assassinatos, homicidios, estrupos e tal. Isso acontece em todo setor de clubes de Brasília é fato.

Agora a tolice é colocar residências nas 500 sul. Se não tem estacionamento para clientes, pior para empresários, aí inventaram colocar residências para o povo que pensa ter direito de estacionamento publico para enterrar um carro por 24 horas por dia no lugar.

O local não deveria ter residências e tão pouco estacionamento público, deveria ser zona azul em todo Plano Piloto e fora pedágio urbano cobrado nas entradas de Brasília, principalmente nos lagos Norte/Sul e Park Way.
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  #450  
Old Posted Nov 3, 2013, 12:04 AM
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Ainda bem que é pequeno assim poucos vão ve-lo.
Poderiam ter feito um relogio solar como outros que já existem por ae.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%B3gio_de_sol
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%...rque_da_Cidade
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Originally Posted by don_quito;632
1011
Que falta de originalidade esse relógio, poderia ser melhor! Só não é mais brega que o relógio dos 500 anos do brasil que era muito tosco.
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  #451  
Old Posted Nov 3, 2013, 2:42 AM
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Originally Posted by Viajante View Post
Acho engraçado um projeto de "preservação" com ênfase em construir, construir e construir. Que eu saiba, "preservar" é manter o que já existe. Aliás antes de construir mais prédios, Brasilia anda precisando de um banho de urbanismo nas áreas já consolidadas, como os setores centrais e hospitalares, que hoje são um caos, onde o pedestre/ciclista não tem vez.

Apesar disso, concordo com quase tudo, menos com a quadra 901 e com os lotes no eixo monumental. Esses do eixo monumental, então, são um absurdo total pois ali jamais poderia ter comércio.
Preservar no caso, não é exatamente manter como esta. O que é tombado em Brasília é o projeto urbano, as ideias de Lúcio Costa. Brasília precisa manter o conceito geral, o plano geral de Lúcio Costa, não cada espaço projetado.

Outra coisa, uma cidade não é uma obra de arte sem função de uso, não é uma estatua ou um quadro, que deve ser mantido intacto. Uma cidade é o reflexo das vontades de sua população, não pode ficar parada em um conceito puro feito na década de 60.
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  #452  
Old Posted Nov 3, 2013, 10:52 AM
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Preservar no caso, não é exatamente manter como esta. O que é tombado em Brasília é o projeto urbano, as ideias de Lúcio Costa. Brasília precisa manter o conceito geral, o plano geral de Lúcio Costa, não cada espaço projetado.

Outra coisa, uma cidade não é uma obra de arte sem função de uso, não é uma estatua ou um quadro, que deve ser mantido intacto. Uma cidade é o reflexo das vontades de sua população, não pode ficar parada em um conceito puro feito na década de 60.
O povo da pseudo ONG Urbanistas por Brasília deveriam viajar mais para ver o que ocorre em Londres e Washington. Falam tanto que a Esplanada é um clone de avenida existente em DC, que esqueceram que lá, os canteiro central ter arvores e um gigantesco lago em vez apenas de um gramado.

Se não é para existir ocupação na esplanada, porque não implantar um lago semelhante...
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  #453  
Old Posted Nov 4, 2013, 3:34 AM
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Especialista aponta falhas

Correio Braziliense - 03/11/2013

Na última semana, a reportagem percorreu os ministérios acompanhada do especialista em patologia estrutural e professor de engenharia da Universidade de Brasília (UnB) Dickran Berberian, mas em nenhum edifício foi permitido o acesso. “Esse é o primeiro indício de que algo na estrutura não está bem. Esses locais são públicos e todos têm direito de frequentá-los. Na portaria de alguns prédios, pude perceber a falta de placas de sinalização e luzes de emergência”, destaca Dickran.

Segundo ele, a falta de escada de emergência é considerada um erro grave por parte da administração dos ministérios. “É um absurdo que prédios públicos não sigam as normas estabelecidas de segurança dos usuários. É preciso ter mais atenção com a manutenção desses locais”, opina.

O engenheiro eletricista e especialista em Segurança do Trabalho do Conselho Regional de Engenharia do DF (Crea) Antônio Ávila explicou que, pelas normas brasileiras e internacionais, a cada cinco anos, deve ser feita uma vistoria normal, e a cada 10 anos, uma inspeção rigorosa. “Mas a realidade é que ninguém faz esse tipo de prevenção. Trata-se de uma questão cultural. Em Brasília, como as construções são boas, os gestores acabam relaxando e promovendo apenas reparos que escondem os problemas a olho nu”, disse Ávila. De acordo com ele, os prédios não são eternos e, por isso, precisam de manutenção que servem como atualização”, aponta Ávila.

O professor da UnB Dickran Berberian esclarece ainda que a falta de cuidados pode resultar em um gasto alto, a médio e longo prazos. “Construção é igual a dor de dente: se você tratar a cárie no início, não dói, sai barato e não será preciso uma cirurgia complexa. Agora, se você demorar para ir ao dentista, o tratamento se torna caro e mais demorado”, compara o especialista.

Fonte
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  #454  
Old Posted Nov 4, 2013, 3:41 AM
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Esses especialistas da UNB são uma piada, só porque é um prédio público, todos tem "direito" de frequentá-lo? Rídicula afirmação. Então porque será que o CREA DF não condena o ICC famoso minhocão da UNB projetado por Oscar Niemeyer. Se eu fosse listar as irregularidades do prédio, nossa seria um relatório gigantesco.

Igual a piada do alagamento a alguns meses que destruiu importantes pesquisas de décadas. Os pseudos especialistas foram procurar culpados e esconderam os podres da UNB. Inventaram quem causou o alagamento na UNB fora o Noroeste.

E meses depois, a própria UNB soltou uma nota em algum jornal de baixa circulação, desmentindo a afirmação, e falando que fora uma construção nas 900 norte. Detalhe, em poucos anos de fundada, a UNB teve uma inundação pior do que recentemente, então naquela época, 1962 já existia Noroeste?

A UNB toda poderosa e bilionária, não tem grana nem para reformar o centro olimpico e tão pouco dotar seus laboratórios com o minimo. Como extintores, splits, ar condicionado e pasmem, nem gerador a UNB tem. Por isso qualquer pico de energia ou falta, dezenas de pesquisas vão para privada.

Agora reclamar disso ninguem fala, nem de greve. Agora greve para aumentar religiosamente os salários, isso eles tem. O governo deveria sacanear com esses funcionários públicos. Estipular um gatilho salarial no valor da inflação.

Pronto, aí eu queria ver depois os motivos das greves. Equiparação salarial com engenheiros? Isso que hoje em dia os professores, médicos e metroviários querem.
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  #455  
Old Posted Nov 4, 2013, 11:12 AM
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Brasília merece prudência

Autor(es): Heliete R. Bastos
Correio Braziliense - 04/11/2013

Nada mais polêmico do que o tal Plano de Preservação de Brasília (PPCUB), que virou assunto recorrente na mídia, nas instituições brasilienses que formam a sociedade civil organizada e nos debates calorosos na Câmara Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O tema é tão palpitante que chegou às mesas dos botequins. Dá voto e tira voto.

Participei de várias audiências públicas e pude constatar que elas foram sempre tomadas pela insatisfação de quem vê Brasília sendo entregue, acintosamente, à especulação imobiliária. Falar nas descaracterizações aceitas pelos últimos governos do Distrito Federal que deixam cicatrizes no plano urbanístico da cidade seria, talvez, redundante e cansativo ao leitor. Mas, tenho certeza, todas essas insatisfações são hoje perceptíveis aos brasilienses.

Não seria excessivo ressaltar que a situação atual extrapola o racional e escancara um golpe sem precedentes a ser desferido contra a cidade tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade, desde 1987. Se há a real intenção de preservar as características do sítio tombado, o texto do PPCUB apresentado pelo Executivo foge a esse intento. Carece de debate mais aprofundado e transparente com a sociedade. O motivo é claro: há muita contradição. O debate está mascarado pelos discursos de autoridades que “defendem” o bem tombado, mas entregam à iniciativa privada milhares de metros quadrados de áreas públicas para livre especulação.

Vale a pena destacar sete pontos:

1. O PPCUB cria uma caixa-preta, pois entrega áreas nobres em mais 15 setores da cidade para projetos futuros. Os moradores não podem aceitar esse cheque em branco dado ao Governo do DF, já que as aprovações serão por decreto.

2. O plano privatiza praticamente duas centenas de lotes destinados a escolas públicas nas superquadras e entrequadras, cuja destinação será fatalmente alterada no futuro, levando incertezas aos moradores quanto à sua tranquilidade.

3. Em uma cidade de apenas 53 anos, o GDF abre mão de seu dever constitucional de oferecer uma educação pública à sociedade, mas garante lotes e facilidades à especulação imobiliária.

4. Ninguém mais vai segurar a ocupação e privatização da orla do lago, fato já mais do que constatado. Agora, a tal “preservação” do PPCUB vai permitir e liberar de imediato oito lotes de clubes para hotéis que, em um piscar de olhos, se transformarão em condomínios fechados.

5. Quem vai impedir que outros clubes busquem isonomia na Justiça? Sei de empreiteiras que estão em alerta máximo, só esperando a hora do ataque.

6. O simbólico Eixo Monumental, em sua parte leste, ganha nova classificação como parque público ou parque urbano, abrindo, assim, um leque de possibilidades de uso dos mais diversos.

7. A parte Oeste do Eixo Monumental será objeto de novos parcelamentos para atividades ditas “culturais e educacionais” (centros de treinamento), atividades comerciais e de prestação de serviços, sem explicitar se serão usos complementares e não permitidos em edificações isoladas. Um adensamento que desfigurará o plano original de Lucio Costa e deixará os artistas construtores, como o próprio JK, arrepiados com tanta ousadia.

A verdade é que o tão questionado Plano de Preservação deixa Brasília em risco. Nunca na história dos governos do Distrito Federal nos vimos, como agora, tão encurralados pela desmedida pressão de grupos econômicos na apropriação de áreas públicas.

A gestão governamental do patrimônio cultural é frágil. Local e nacional. Aliás, nunca esteve tão frágil, tanto politicamente como tecnicamente. Essa fragilidade significa uma gestão temerária do patrimônio. Mais grave ainda, uma conivência nos crimes a favor da ocupação indiscriminada do solo, inclusive o subterrâneo e o aéreo. Brasília corre risco em todos os níveis.

A capital pede um momento de prudência. Se os parlamentares julgarem oportuno aprovar esse PPCUB, como exigido pelo GDF, que o façam. Mas saibam: são coniventes com um crime que só vai beneficiar as grandes e poderosas empresas que nos enxergam como cifrões, em desfavor de um bem de excepcional valor universal que é Brasília.

Da mesma forma que os nomes dos que fizeram deste sítio Patrimônio da Humanidade estão escritos para sempre em letra de ouro no céu de Brasília, também os nomes de quem ousa comprometer o plano original do dr. Lucio — com o PPCUB — estarão marcados para sempre na história de uma cidade que se vê hoje como joguete nas mãos de inescrupulosos e aventureiros. Volto a dizer: Brasília merece atenção e carinho.

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  #456  
Old Posted Nov 4, 2013, 11:13 AM
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Eita mulher conservadora, pior com a piada, querem privatizar o lago. O lago já é privatizado desde que foi criado, vide os clubes que vetam o acesso público. Se quiser entrar, tem que pagar.

O Plano Piloto foi um fracasso em todos os sentidos. Tanto que é, que agora, pra que escolas classes, jardins de infância? Se a população está envelhecendo rapidamente. Daqui a pouco, os jardins de infância irão virar casas de repouso de velhos.
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  #457  
Old Posted Nov 5, 2013, 2:01 AM
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PPCUB propõe soluções para a W3


Em debate. Plano de preservação amplia o uso do solo na região, permitindo que os prédios sejam usados para residência. Projeto também cria estacionamentos pagos


O PPCUB (plano de preservação do conjunto urbanístico de Brasília) propõe soluções para um dos problemas crônicos da cidade: a degradação da avenida W3.

O texto que está em discussão na Câmara Legislativa defende intervenções na W2 para que ela tenha traçado linear, o que melhoraria o tráfego na região. Pelo plano, a via W2 deixaria de ser apenas as costas da W3 espaço que alguns comerciantes usam de maneira precária apenas para o despejo de objetos variados. ...

Foto: RICARDO MARQUES/METRO BRASÍLIA

Precarização da W2 é um dos pontos a serem combatidos

A proposta que está no PPCUB também cria lotes comerciais nas entrequadras nos espaços onde hoje há bolsões de vagas públicas. No subsolo destes lotes funcionariam estacionamentos rotativos pagos. No primeiro andar, o uso seria para comércios.

O plano de recuperação da avenida inclui ainda uma normatização da publicidade para evitar a poluição visual que toma conta do espaço urbano. Seguindo o plano diretor de publicidade, norma que já existe, os letreiros teriam que se restringir a 20% das fachadas dos edifícios.

Outra inovação do projeto é ampliar o uso do solo, permitindo, inclusive o uso residencial para os prédios da avenida comercial.

Avaliação
Para a urbanista Vera Ramos, do Instituto Geográfico do Brasil, os estacionamentos rotativos são uma má ideia. “Eles podem deslocar a busca por vagas para dentro das entrequadras”, comenta.

A especialista concorda, no entanto, que a comercial precisa de soluções urgentes. “A recuperação da W3 é quase uma lenda do tanto que se fala e não se faz nada”, critica.















http://www.readmetro.com/en/brazil/brasilia/20131029/
__________________
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  #458  
Old Posted Nov 5, 2013, 2:12 AM
yuri radd yuri radd is offline
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Por mim mudava era tudo de uma vez.
Oras, já reclamam que as atividades são super concentradas, e querem mais comércio e serviços por aqui? Ok, blz, tb acho que deve, mas então que tragam a população pra cá, e não os faça andar 30 km ou mais pra frequentar os espaços.
Ahh Yuri, mas o trânsito agora já é ruim imagina assim. Olha minha cara de preocupado. Que metrópole não tem o seu centro com uma alta densidade populacional. Todas as cidades continuam funcionando. Brasília também funcionaria.
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  #459  
Old Posted Nov 5, 2013, 3:24 PM
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Eu vou mais uma vez bater na tecla que o problema da W3 é o projeto urbano dela.

- O gabarito obrigatorio é uma porcaria. Com aqueles predios todos iguais.

- E o fato de ser comercio de um lado e residencia do outro é um desastre,

Mas justamente estas duas desgraças são tombadas, e o IPHAN comete haraquiri antes de mudar estes dois pontos, então a w3 não tem solução.
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  #460  
Old Posted Nov 6, 2013, 3:46 AM
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Eu já falei misturar comércio e residência foi um fracasso em Brasília, até mesmo porque se for para ter ambas as ocupações tem que ter estacionamento particulares em quantidade, e isso não tem.

Não adianta falar, quem mora em kitinete não tem carro. Eu conheço um casal sem filhos, que ambos tem carro.
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