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  #341  
Old Posted Mar 9, 2014, 9:48 PM
pesquisadorbrazil's Avatar
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Após 'boom imobiliário' corretores tem que se readaptar à estabilidade do mercado

Depois do boom dos preços de imóveis no país, valores voltam ao normal e profissionais buscam ajuda financeira

Brasília e Belo Horizonte – O encanto e a euforia deram lugar às dívidas. Durante os tempos áureos do mercado imobiliário no país, entre 2008 e 2011, milhares de brasileiros — incluindo advogados, servidores públicos e jovens recém-formados — decidiram virar corretores, querendo ficar ricos do dia para noite. Muitos conseguiram. Em cidades onde as vendas e os preços dispararam, como Brasília, o faturamento anual desses profissionais encostou nos R$ 800 mil, uma média mensal superior ao dobro do teto constitucional. Agora, quem esqueceu de poupar está com a corda no pescoço, pois o boom do mercado deu lugar ao retorno da estabilidade.

Aflitos com as contas a pagar, corretores e ex-corretores têm recorrido a consultores financeiros para pedir socorro. Nos escritórios, é com saudosismo que eles lembram do período em que todas as unidades de um empreendimento eram vendidas horas depois do lançamento e, com a renda repentina, podiam comprar carros importados, trocar de casa e viajar para o exterior. “Muitos gastaram tudo e, claro, se endividaram”, conta o diretor-executivo da Libratta, Rogério Olegário.

Quando o mercado ainda estava aquecido, em 2011, o paulista Leandro de Assis, de 33 anos, decidiu apostar todas as fichas no setor imobiliário. Mudou-se para Brasília, fez um curso de três meses e virou corretor. Mesmo sendo novato na área, driblou a concorrência e logo vendeu um apartamento milionário. “Embolsei R$ 23 mil de uma só vez”, lembra. Ao perceber que os dígitos da conta bancária não paravam de subir, comprou um carro e fez viagens pelo Brasil e para o exterior.

A ambição pelo dinheiro súbito fez com que Leandro esquecesse de poupar. Com as vendas estabilizadas, ele sofreu as consequências da falta de planejamento. “Não conseguia vender tanto quanto antes e comecei a me endividar. Tive que recorrer ao crédito para pagar as dívidas, incluindo o aluguel”, conta. Hoje, frustrado com a profissão, o corretor distribui currículos e estuda para concurso. “Quero estabilidade”, sublinha.

O freio na economia brasileira, o endividamento das famílias, o excesso da oferta de imóveis e a forte especulação levaram à acomodação do mercado que mudou os planos de Leandro e de tantos outros corretores de imóveis. A valorização, que chegou a 30% ao ano, foi reduzida para 13,7% em 2013, segundo o índice da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Em algumas localidades onde o valor do metro quadrado alcançou a casa dos dois dígitos, como o Noroeste, as unidades até caíram de preço.

Para o vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi-MG), Fernando Júnior, que está há 30 anos no mercado, a mudança no cenário mexeu com o bolso apenas de alguns corretores mais aventureiros, que entraram no setor sem conhecer a sua dinâmica. “Os profissionais que conhecem a área sabem que existem períodos de euforia, mas também de estabilização e se prepararam financeiramente”, pondera. Ainda de acordo com ele, hoje a renda do corretor no estado é coerente com o preço dos imóveis, mas principalmente com a sua produtividade e força de vendas.

O alinhamento de preços, forçado pela estabilização do mercado, minou os lucros vultosos, mas, por outro lado, trouxe equilíbrio para os ganhos atuais dos corretores e para as próprias vendas. “Aqueles que se comportaram como se tivessem ganhado na loteria foram os que mais sofreram”, diz o vice-presidente da CMI/Secovi-MG.

CONTROLE No contraponto está o consultor imobiliário Alberto Luis de Carvalho, no mercado há quatros, e que garante ter vida financeira sadia, possibilitada por um controle rígido de gastos e ganhos. Ele, que sempre trabalhou com vendas, também foi atraído pela possibilidade de ganhos altos. “Entrei no mercado no fim do boom e peguei uma fase boa, mas como sei que o período não duraria para sempre, apostei num trabalho focado também no déficit habitacional, que garante que o volume de negócios continue ocorrendo”, comenta. Outra atitude que garante as vendas e, por consequência, a renda é a proatividade junto aos clientes e conhecimento do setor. “Depende muito da postura de o corretor ter ou não redução nos ganhos”, garante.

Em Minas Gerais, o consultor financeiro Carlos Eduardo Costa afirma que o efeito não é mesmo que o registrado em Brasília, já que o próprio boom teve dimensões diferentes. De acordo com ele e com outras fontes do mercado financeiro, ainda não há a procura de corretores para pedir socorro para salvar as finanças. Mas Carlos pondera que caso ocorresse deveria ser durante o boom, e não após o período. “Em Brasília as valorizações foram mais altas e certamente os ganhos também”, explica. “Naquela época, o trabalho do consultor poderia ser mais positivo, mas hoje é mais limitado e se há um excesso de dívidas a orientação é para que corte as despesas.”

O especialista pondera ainda que o grande erro dos corretores, de forma geral, foi não poupar ao longo do período onde os ganhos foram satisfatórios. “Muitos imaginaram que ganhariam o mesmo valor pelo resto da vida”, diz. Carlos Costa. E, por isso, foram no caminho contrário, elevando o padrão de vida, comprando carro importado, casa com prestação alta, viajando e colocando os filhos em escolas particulares. “Nesse momento eles deveriam ter tido cuidado para que despesas fixas não alcançassem um patamar elevado do salário, que é variável, e investido em uma poupança mais agressiva”, diz.

Como todo autônomo, corretor não tem estabilidade nem dinheiro certo no fim do mês. É ele quem faz o próprio salário, com a garantia de, no máximo, uma ajuda de custo para gastos com combustível, telefone e alimentação, no caso de algumas imobiliárias. O salário médio mensal desses profissionais atualmente, segundo o Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci), é de R$ 3 mil, quase metade do registrado durante o bom momento do mercado.

Embora haja pequenas variações em cada estado, a taxa de corretagem gira em torno de 5%, ou seja, em tese, esse é o percentual do valor do imóvel vendido que vai para o bolso do corretor. Apartamentos de R$ 1 milhão, por exemplo, rendiam R$ 50 mil de corretagem. No entanto, construtoras e imobiliárias, principalmente nos períodos de boas vendas, costumam abocanhar parte dessa fatia.


Administrando o variável

Cinco dicas para quem não tem salário fixo, como os corretores de imóveis:

>> Calcule sua receita mensal média levando em conta o último ano. A partir dessa base, procure aplicar a sobra dos meses bons em fundos de renda física para compensar os meses em que os ganhos não chegarem ao patamar.

>> Quando os negócios vingarem e a receita for acima da média, surpreendendo positivamente, não decrete de imediato que esse é o seu novo patamar salarial.

>> Da mesma forma, não se desestimule ou “entregue os pontos” quando o mês não render uma boa receita ou mesmo não gerar renda alguma.

>> Mantenha uma estrutura de gastos compatível com a sua receita mensal média. Cuidado para não se empolgar nos meses de boas vendas.

>> Reserve uma parcela da renda — abaixo ou acima da média — para a poupança ou outros investimentos, de olho na independência financeira no futuro.

Fonte: Libratta Finanças Pessoais


Arrecadação em dia

O endividamento de corretores ainda não interferiu na arrecadação dos conselhos regionais, que aguardam um aumento de pelo menos 6% do total da receita. Entre janeiro e março de cada ano, os profissionais precisam pagar uma taxa que atualmente é de quase R$ 500. Para ser corretor, é preciso fazer um curso de técnico ou de nível superior na área e se inscrever no conselho regional.

Fonte
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  #342  
Old Posted Mar 10, 2014, 9:41 PM
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Oh coitados.... quase fiquei com pena, #sqn....
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  #343  
Old Posted Mar 11, 2014, 1:58 AM
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Oh coitados.... quase fiquei com pena, #sqn....
Eu estava lendo uma matéria do Sinduscon metendo o pau no governo. Eu gostei que o Agnelo deu uma gorda banana para esses caras, os caras querem exclusividade em todos os contratos.

Essa lei 8.666 deveria acabar, só serve para empacar as obras e o governo não economiza nada. Igual o Parque Burle Marx. O governo licitou, mas ninguem lembrou que o MP e TCDF embargou n obras no Noroeste. Isso ninguem se lembra.
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  #344  
Old Posted Mar 11, 2014, 9:43 PM
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Mercado de imóveis tem bases sólidas e demanda consistente


Há alguns anos vem se discutindo a existência ou não de uma bolha imobiliária no Brasil. Nesta polêmica, que parece não ter fim, é importante que se esclareçam três pontos fundamentais: a definição precisa do que é bolha imobiliária; os indícios reais de sua existência; e os efeitos colaterais na economia interna se acontecer um eventual "estouro da bolha".

Bolha imobiliária pode ser definida como aumento generalizado dos preços dos imóveis, não vinculado a fundamentos econômicos, dissociado das normais flutuações de mercado, e que aconteça por mera expectativa de aumento futuro, ou seja, por especulação.

No momento em que uma bolha começa a existir, o combustível para seu desenvolvimento é a concessão de crédito imobiliário irresponsável, condição para que a oferta aumente independente da demanda, e haja, portanto, um descolamento perigoso.

Um dos fatos apontados por analistas acerca do cenário brasileiro como indício da existência de bolha é a diminuição na rentabilidade da locação em função do preço dos imóveis. Na verdade, tal relação está ligada, diretamente, aos custos de oportunidade estruturados na economia do país, e não à eventual existência de bolha.

Se compararmos a rentabilidade de locação do Brasil com a de outros países isso fica claro. O "Global Properties Guide" publicou uma lista com a rentabilidade da locação versus os preços dos imóveis nos vários países do mundo em 2013. No Brasil, a rentabilidade média anual foi de aproximadamente 6,3%, maior que a de outros países nos quais claramente não existe bolha imobiliária - como França (3,6%), Áustria (3,8%), Suíça (2,9%), Inglaterra (2%), e Taiwan ( 1,5%).

Partindo da definição de bolha imobiliária, será que no Brasil os imóveis, em sua grande maioria, são adquiridos por investidores desinformados, que direcionam seus negócios guiados somente pela expectativa futura de valorização dos preços? Seguramente não.

Na Caixa Econômica Federal, agente financeiro que concentra aproximadamente 70% de todos os financiamentos imobiliários concedidos no País, mais de 70% dos mutuários adquirem seu primeiro imóvel para moradia e, nesta condição, não estão especulando. Além disso, a concessão de financiamento no Brasil é extremamente responsável. Nos Estados Unidos, enquanto a relação entre o valor do financiamento e o valor do imóvel chegava a 120%, aqui não ultrapassa a média de 65%.

Portanto, o mercado brasileiro opera em bases sólidas e alicerçadas em uma demanda consistente e baseada no bônus demográfico pelo qual o País atravessa.

As flutuações de preço são efeitos normais de mercado e relacionados à oferta e demanda. Embora os preços tenham subido a taxas consideráveis nos últimos anos, esse movimento de alta representa um processo de recuperação. Se calcularmos o aumento dos preços dos imóveis nos últimos 10 anos e descontarmos a variação do INCC (Índice Nacional de Construção Civil), o aumento real foi de 55% em uma década. Essa variação não pode ser considerada preocupante.

E partindo para um raciocínio completamente absurdo: ainda que existisse uma bolha no Brasil, que um dia viesse a estourar, seus efeitos não se aproximariam aos dos Estados Unidos, onde a relação entre os financiamentos imobiliários e o PIB é quase dez vezes maior do que no Brasil.












http://noticias.uol.com.br/opiniao/c...onsistente.htm
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  #345  
Old Posted Mar 28, 2014, 12:12 AM
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A bolha dos imóveis começa a estourar no mercado comercial




É verdade, o preço de casas e apartamentos nunca foi tão alto. Mas não é lá que está a verdadeira bolha imobiliária brasileira. Prédios comerciais, shoppings e galpões vazios — é aí que está o problema






- Pouco antes de receber o Prêmio Nobel de Economia, no ano passado, o americano Robert Shiller fez uma viagem a São Paulo. Shiller ganhou fama internacional como uma espécie de caçador de bolhas — aquele fenômeno financeiro marcado por preços que descolam da realidade para depois cair subitamente.



No fim da década de 90, ele escreveu que a obsessão do mercado americano por ações de empresas de tecnologia acabaria mal. Acertou em cheio. Uma década depois, demonstrou que o preço dos imóveis nos Estados Unidos estava beirando a loucura e despencaria logo.

Shiller, que estuda o mercado imobiliário americano há décadas, acertou de novo. Pois, em sua visita a São Paulo, ele analisou o que estava acontecendo com os imóveis no Brasil. Como qualquer brasileiro sabe, faz quase oito anos que o preço de apartamentos e casas nas principais cidades do país sobe sem parar.

Os sinais de exuberância irracional são os mais variados. Um “apertamento” de 35 metros quadrados recém-lançado em São Paulo costuma ultrapassar o valor de 1,1 milhão de reais. No bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, o metro quadrado dos imóveis mais chiques vale 50 000 reais. Shiller olhou isso tudo, achou que já tinha visto esse filme antes e cravou — é bolha.

Mas é mesmo? O mais famoso caçador de bolhas do mundo achou mais uma? O preço dos imóveis está prestes a desabar? Para começar a conversa, é preciso deixar claro que essas são perguntas impossíveis de responder com precisão. O futuro do preço das coisas é, por definição, incerto.

Em muitos casos, ondas de valorização são seguidas por mais ondas de valorização — já que há boas razões econômicas por trás delas. Por outro lado, uma bolha só se forma porque, até o dia em que estoura, há uma espécie de consenso em torno dos bons “fundamentos” da alta nos preços.

A saúde do mercado imobiliário interessa, por razões óbvias, a milhões de brasileiros. Saber se estamos ou não em meio a uma bolha é, portanto, uma das discussões econômicas mais importantes do país. Mas os números mostram que Shiller atirou no que viu e acertou no que não viu. Há, de fato, uma bolha imobiliária no Brasil. E ela já começou a estourar. Mas não onde Shiller imagina.

Os maiores símbolos da bolha imobiliária brasileira não são quitinetes de 1 milhão de reais, mas prédios comerciais vazios, shopping centers novos às moscas e galpões industriais sem uso. A bolha brasileira, em suma, está localizada no mercado comercial, e não no residencial.

Durante a última década, houve nesse segmento uma espécie de fúria construtora. Em 2012 e 2013, os lançamentos somaram 25 bilhões de reais, maior volume da história. Cidades onde só havia edifícios acanhados, como Vitória e Recife, passaram a receber empreendimentos modernos. Um marco do oba-oba nesse segmento é o megaprojeto de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro.

Animadas pelas obras de reurbanização prometidas pelo governo, incorporadoras nacionais e estrangeiras disseram que lançariam 1 milhão de metros quadrados de escritórios na região, o que corresponde a dois terços da disponibilidade atual de imóveis comerciais em toda a cidade. Só o bilionário americano Donald Trump se comprometeu a erguer cinco torres de 38 andares ali.

A promessa, em todos os casos, foi a mesma. O crescimento da economia e a chegada de novas empresas multiplicariam a demanda por áreas de escritórios. Quem não aproveitasse para construir perderia a maior oportunidade da história no Brasil. Deu-se o mesmo nos dois outros principais segmentos do mercado imobiliário comercial — os shoppings e os galpões.




Também nesses casos a perspectiva de boom econômico levou a um recorde de construções. A área de galpões disponível no país cresceu nada menos do que 120% em apenas três anos.

São hoje 8,1 milhões de metros quadrados para estocar a produção industrial brasileira. Também nunca se construiu tanto shopping center. Até mesmo cidades com 200 000 habitantes, como Sobral, no interior do Ceará, e Arapiraca, em Alagoas, ganharam o seu.

Obras na alta, entrega na baixa

Construir imóveis comerciais é coisa de quem tem coração forte. Faz-se o projeto num país. Entrega-se a chave em outro. A torcida é sempre para que o segundo seja melhor do que o primeiro. Mas, no caso brasileiro, aconteceu o contrário. Os empreendimentos que estão ficando prontos hoje foram desenhados no país do pibão, mas chegam no país do pibinho.

Os efeitos desse descompasso são visíveis: há imóveis vazios, e os preços estão desabando. Segundo um levantamento da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield, a taxa de escritórios vagos subiu de 13% para 18% no último ano — é o percentual mais alto desde 2005.

Há prédios inteiros vazios ou com meia dúzia de inquilinos. Um caso emblemático é o edifício Pátio Malzoni, erguido num dos terrenos mais caros de São Paulo, na avenida Faria Lima. Quando foi inaugurado, em 2012, tinha o metro quadrado mais caro do país para aluguel.

O valor pedido era 240 reais. Mas, até hoje, só há locatários em uma das torres. A outra, de 19 andares, está vazia. Seus donos, um grupo de bilionários árabes, dizem que só vão alugar quando o preço voltar a subir — hoje, só há interessados em pagar 180 reais por metro quadrado.

Quem não pode se dar ao luxo de esperar por dias melhores está tendo de aceitar preços mais baixos. Em média, o aluguel comercial caiu 15% em São Paulo, 10% no Rio de Janeiro e 7% em Recife de 2012 a 2013. Na região de Alphaville, no entorno da capital paulista, um quarto dos imóveis está desocupado. Os donos de salas comerciais estão fazendo qualquer negócio para ocupá-las.

“O que está acontecendo no mercado imobiliário comercial é consequência da desaceleração da economia, que está se espalhando por mais setores. A indústria não foi bem na década passada, e agora começa a haver problemas no setor de serviços”, diz o economista Marcos Lisboa, vice-presidente da escola de negócios Insper.

Num cenário de expansão, mais empresas planejam investimentos e buscam imóveis comerciais maiores ou mais adequados à sua estratégia. Quando as perspectivas pioram, o que não saiu do papel geralmente vai para a gaveta, e a demanda por prédios costuma cair rapidamente.



Em nenhum mercado os sinais de uma bolha estourando são tão claros quanto no de shoppings. O setor vive os efeitos de uma expansão caótica na última década. A premissa que levou a essa expansão era realmente tentadora. Os brasileiros compram menos em shop­pings do que os consumidores de outros países emergentes e desenvolvidos.


De acordo com um relatório do banco UBS, 21% das vendas no Brasil acontecem em shoppings, ante 38% no México, 56% nos Estados Unidos e 65% no Canadá. Portanto, concluíram os empresários do setor, há espaço para mais empreendimentos do tipo.

“Muitas cidades médias receberam três shop­pings ruins em vez de um bom. Todos achavam que seu projeto era melhor, atrairia mais gente, mas um acabou roubando o público do outro”, diz Henrique Cordeiro Guerra, diretor executivo da Aliansce, uma das maiores administradoras de shoppings do país.

Como os varejistas não estão dispostos a pagar essa conta, o resultado é que shoppings têm sido inaugurados sem lojas que garantam um movimento mínimo. Em 2013, só 14 dos 38 empreendimentos inaugurados tinham mais de 85% de ocupação.

Há casos dramáticos, como o Pátio Arapiraca Garden Shopping, no interior de Alagoas, que abriu com 28 das 180 lojas, e o North Shopping Jóquei, de Fortaleza, inaugurado com 25 das 223 lojas previstas.

Sorocaba, a 100 quilômetros de São Paulo, se tornou um símbolo dos excessos desse mercado: apenas de setembro a novembro do ano passado a cidade, de pouco mais de 580 000 habitantes, recebeu mais três shoppings, que se somaram aos quatro já existentes.

Diferentemente do que começa a ocorrer no exterior, onde mais shoppings vêm oferecendo atrações variadas aos visitantes, aqui a oferta ainda é basicamente de lojas, restaurantes e cinemas. O maior shopping do mundo, em Dubai, nos Emirados Árabes, tem um aquário externo com mais de 30 000 animais marinhos.

A ideia é atrair os turistas que vão passear por causa do aquário para as lojas. Naturalmente, as ações das empresas brasileiras do setor estão caindo — em alguns casos, mais de 40%. Assustada com a burocracia e o aumento da concorrência, a americana Simon, maior empresa de shop­pings do mundo, suspendeu uma parceria com a brasileira BR Malls e adiou os planos de operar aqui.

O que torna o problema ainda mais complexo é a perspectiva de mais e mais inaugurações de prédios, shop­pings­ e galpões nos próximos anos. De novo, é gente que começou projetos numa realidade e não pode simplesmente desistir deles. O jeito é entregar e se adequar ao novo cenário.

O número de prédios comerciais a ser entregues em 2014 deve ser equivalente ao do ano passado. Com isso, a taxa de vacância continuará subindo. Segundo a gestora de recursos Rio Bravo, há dois cenários possíveis, dependendo do desempenho da economia. Na estimativa mais otimista, a taxa vai alcançar 20% neste ano e 21% em 2015.

Na pessimista, a previsão é que fique em 22% em 2014 e 26% no ano seguinte. Seria um recorde histórico. No setor de shoppings a situação também é crítica. Estão previstas 43 inaugurações para 2014, novo recorde. Quem pode pisa no freio. Até seis meses atrás, estava prevista a construção de mais 1,4 milhão de metros quadrados de galpões neste ano.


O número caiu para 1 milhão de metros quadrados, segundo a consultoria Colliers. “Havia de fato um excesso nesses mercados, e a correção de preços no último ano tornou as coisas mais razoáveis”, diz André Freitas, gestor de fundos imobiliários do banco Credit Suisse Hedging-Grif­fo. “A quantidade de imóveis vazios deverá crescer até 2015, então é possível que os preços caiam ainda mais.”



Um mercado cíclico

O mercado imobiliário comercial é cíclico — algo natural, uma vez que acompanha os altos e baixos típicos de uma economia de mercado. No início da última década, houve uma queda brusca no preço dos aluguéis, o que vitimou empresários como o gaúcho Rafael Birmann, um dos grandes construtores do país (sua empresa tinha 400 funcionários e hoje tem 20).

O bilionário Donald Trump pediu falência nada menos do que quatro vezes — e sempre voltou a construir assim que o mercado renasceu. Claro, há bolhas e bolhas. Como se sabe, a última euforia generalizada no setor imobiliá­rio americano derrubou a economia mundial.

Naquele caso, o que potencializou o problema foi o excesso de dívida envolvida. Tanto donos de casas quanto construtores de prédios tomaram dinheiro demais emprestado de bancos.

Quando o mercado virou, em 2008, não tinham mais dinheiro para pagar suas dívidas — criando uma bola de neve que arrasou os bancos e levou a economia como um todo para a recessão. A cidade de Detroit, que já não vinha bem antes da crise imobiliária, pediu falência depois dela: hoje, há quase 80 000 imóveis vazios na cidade.

Nossa bolha imobiliária terá efeitos semelhantes? Felizmente, não corremos esse risco. O volume de dívida contraída pelas empresas que constroem imóveis comerciais é relativamente baixo.

Do total de crédito concedido pelos bancos às empresas do setor imobiliário, apenas 18% vão para as companhias que constroem escritórios, galpões e shoppings (o restante é direcionado ao segmento residencial).

O crédito imobiliário equivale a 75% do PIB americano. No Brasil, a apenas 8%. Isso não quer dizer que a crise atual­ passará sem consequências. As varejistas que operam em shoppings estão perdendo dinheiro com o movimento baixo.

Em fevereiro, as empresas de shoppings e as varejistas se reuniram num evento com 400 pes­soas num hotel em São Paulo, para tentar chegar a um “acordo de paz” e repensar a estratégia daqui para a frente. Milhares de investidores estão pagando a conta pelos excessos do setor.

Em cinco anos, o número de fundos imobiliários disponíveis no Brasil triplicou. Esses fundos são lastreados em imóveis que recebem aluguéis e, há três anos, eram propagandeados pelos bancos como uma opção segura de investimento. O total de cotistas saiu de 20 000 em 2011 para 104 000 em junho de 2013. Atualmente, quase 90% desses fundos estão no vermelho.

É o caso do Cidade Jardim Continental Tower, que investe numa torre comercial ao lado do shopping Cidade Jardim, em São Paulo, e desvalorizou quase 50% em 12 meses. Mais de um terço do prédio está sem inquilinos.


O mercado imobiliário é um espelho da atual situação econômica brasileira. Um segmento (o comercial) depende de empresas investindo, confiança no futuro da economia, sensação de que as coisas vão melhorar. Como se viu, esses são artigos um tanto raros no Brasil de hoje. Mas o outro segmento (o residencial) parece estar situado em outro país.

Nele, o que importa é a combinação de desemprego baixo com crédito em alta. Nesse país, tudo vai bem. O crédito para a compra de imóveis residenciais dobrou nos últimos três anos, e pouca gente espera que vá parar de crescer tão cedo.

O principal motivo para isso: esse tipo de empréstimo é um baita negócio para os bancos, que conseguem manter o relacionamento com os clientes por duas, três décadas — e, em caso de calote, podem, atualmente, retomar o imóvel com relativa facilidade. Isso ajuda a explicar por que o preço de casas e apartamentos continua crescendo enquanto o resto do mercado cai.

Quanto tempo o mercado residencial resistirá? O economista Eugene Fama, que dividiu o Nobel com Robert Schiller, gosta de provocar seu colega ao lembrar que ele falava da bolha imobiliária americana anos antes do estouro.

Segundo a maioria dos especialistas, o mais provável daqui para a frente é que o preço dos imóveis residenciais pare de subir de forma tão acelerada e passe a acompanhar mais de perto a taxa de inflação. Mas, de novo, é o consenso de que tudo está bem que leva os preços a subir mais do que devem.

Em algum momento os preços cairão. Nessa hora — não importa se daqui a um, cinco ou dez anos —, lá estará Robert Shiller, o caçador de bolhas, dizendo: brasileiros, eu avisei.









http://exame.abril.com.br/revista-ex...stourou?page=5
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  #346  
Old Posted Apr 3, 2014, 4:22 PM
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Preço médio do m² caiu em março em Porto Alegre e Brasília, diz FipeZap



Alta nas 16 cidades pesquisadas ficou abaixo do IPCA-15 para o mês.
Rio de Janeiro continua liderando alta dos preços



O preço médio por metro quadrado dos imóveis anunciados ficou menor em março em Porto Alegre e em Brasília, segundo o FipeZap. Na capital gaúcha, foi a segunda queda mensal consecutiva, de 1,07%. Já em Brasília o recuo foi de 0,07%

Nas 16 cidades pesquisadas pela Fipe, o preço médio do metro quadrado teve alta de 0,64% – abaixo dos 0,73% da inflação do mês medidos pela prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos últimos 12 meses, os preços acumulam alta de 12,9%, considerando as 16 cidades. No ano, a alta acumulada é de 1,99%. Segundo a pesquisa, foi a quarta vez consecutiva em que os preços anunciados dos imóveis no Brasil tiveram desaceleração na variação anual.

Os valores médios do metro quadrado ficaram entre R$ 10.468 (Rio de Janeiro) e R$ 3.919 (Vila Velha). Em São Paulo foi de R$ 7.943 e, na média das 16 cidades, em R$ 7.414.

O Rio de Janeiro continua liderando a alta dos preços, com aumento de 3,35% no primeiro trimestre de 2014. Em São Paulo a alta no ano até o momento é de 2,08%, valor próximo ao da média das 16 cidades, de +1,99%.






http://g1.globo.com/economia/seu-din...z-fipezap.html
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  #347  
Old Posted Sep 2, 2014, 8:39 PM
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Bolha imobiliária no Brasil está desinflando sem estourar


Bolha está murchando enquanto especuladores abandonam o mercado e construtoras liquidam os imóveis menos rentáveis

Foto: Dado Galdieri/Bloomberg

Imóveis residenciais no Rio de Janeiro: segundo Fipe, preços estão se estabilizando neste ano

São Paulo - A bolha no mercado imobiliário residencial do Brasil pode desinchar lentamente, e não estourar, enquanto os especuladores abandonam o mercado e construtoras como a Rossi Residencial liquidam casas e apartamentos menos rentáveis de olho em vendas mais lucrativas.

Os preços estão se estabilizando neste ano, subindo a um ritmo que é cerca de um terço do de 2011, quando as construtoras ofereciam residências com data de entrega para agora, segundo dados compilados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe, e pelo site imobiliário Zap Imóveis.

Os investidores de curto prazo e alguns clientes individuais estão perdendo interesse nesses negócios.

“Hoje nós estamos vivendo um momento de excesso de entrega, então há uma acomodação do mercado”, disse o CEO da Rossi, Leonardo Diniz, em entrevista em 27 de agosto, no escritório da Bloomberg em São Paulo.

“É um negócio de risco. As pessoas, para entrarem nesse risco, precisam vislumbrar um ganho elevado, então tendem a sair”.

O ajuste no mercado pode ser uma boa notícia para os compradores de casas e apartamentos para morar e para as construtoras, mesmo depois que um relatório do governo mostrou, em 29 de agosto, que a economia do Brasil entrou em recessão no primeiro semestre do ano.

Os apartamentos estão se tornando mais acessíveis em um momento em que as construtoras oferecem descontos.

Limpar o estoque das unidades de baixa margem de lucro deve aumentar o fluxo de caixa, abrindo caminho para vendas de imóveis mais lucrativos, disse Diniz.

Robert Shiller, cocriador do índice de preços imobiliários S&P/Case-Shiller, expôs a ideia de uma bolha imobiliária no Brasil há um ano, falando para uma audiência no país. “Eu não estou investindo em imóveis”.

A demanda habitacional não satisfeita e um acesso mais amplo aos empréstimos irão assegurar que os compradores permaneçam no mercado, disse o diretor financeiro da Cyrela, Eric Alencar, em entrevista por telefone, em 28 de agosto.

A diminuição de investidores especulativos de curto prazo manterá os preços mais acessíveis para compradores de longo prazo e individuais, disse ele.

Nós esperamos que os preços “subam com a inflação”, disse Alencar. “O crédito continua firme e forte com os bancos querendo cada vez mais financiar os clientes”.

Renda fixa

Os especuladores começaram a se afastar do setor imobiliário para colocar seu dinheiro em renda fixa, uma vez que o Banco Central começou a elevar a taxa Selic, a taxa básica do Brasil, segundo Marcel Kussaba, chefe de pesquisa de ações da Quantitas Asset Management.

“A participação de especuladores na compra de imóveis nos últimos anos foi subestimada”, disse ele, em entrevista por telefone, de Porto Alegre.

“Mas, agora que a Selic está mais alta, esses investidores preferem opções com retornos melhores do que o mercado imobiliário”.

O comitê de política monetária do Banco Central deve manter a taxa inalterada em 11 por cento, amanhã, pela terceira reunião seguida após nove aumentos consecutivos, segundo economistas consultados pela Bloomberg.

A Selic havia sido reduzida para 7,25 por cento, um nível recorde, em outubro de 2012.

Mesmo com a contração econômica do Brasil, o desemprego continua próximo da taxa mínima histórica enquanto a renda média ainda é alta, e é isso o que mais importa no mercado imobiliário, segundo Raphael Juan, diretor de investimentos da BBT Asset Management em São Paulo.

‘Mais sólido’

“Podemos até ver uma piora nesses indicadores, porém, como o país tem uma base melhor agora, isso não deve ser uma grande preocupação”, disse Juan, em entrevista por telefone.

Os investidores não estão convencidos ainda de que o pior já passou para a Rossi. A queda de 33 por cento da empresa neste ano é a maior entre as 13 maiores construtoras do Brasil.

A companhia também tinha a menor quantidade de caixa entre seus pares no segundo trimestre, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Geração de caixa

Embora a estratégia do CEO Diniz de focar na geração de caixa e na redução dos especuladores seja positiva para o mercado, ainda é muito cedo para que a ação atraia investidores novamente, disse Kussaba, da Quantitas.

“Uma demanda mais estável é, em teoria, algo positivo para as construtoras porque assim elas podem planejar seus lançamentos considerando um cenário mais realista e adaptar seus custos e estrutura a essa realidade”, disse Kussaba.

“Mas a Rossi ainda está muito endividada e precisa melhorar sua situação antes de pensar em qualquer outra coisa. Esse é o único jeito de a empresa continuar avançando no futuro”.

O diretor financeiro da Rossi, Rodrigo Medeiros, disse que provavelmente mais compradores cancelarão suas compras neste trimestre. A companhia está oferecendo descontos de até 35 por cento em residências revendidas, disse Medeiros, em entrevista em 28 de agosto com Diniz, o que ajuda a Rossi a se desfazer de um estoque que está pesando nas margens.

Tirar os projetos mais velhos dos livros contábeis ajudará, disse Medeiros. As margens dos projetos iniciados em 2010 são de 34 por cento, contra 39 por cento daqueles que começaram em 2013, segundo o relatório de lucros do segundo trimestre da Rossi.

“Nos novos lançamentos a gente já esta focado em obter rentabilidades mais altas”, disse Medeiros. “É uma prioridade acabar com esse estoque, pois com os novos projetos nossas margens podem melhorar”.











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  #348  
Old Posted Sep 2, 2014, 11:43 PM
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Uai piada desinflar não é igual esvaziar ou explodir? Igual em Brasília m2 a 30 mil no Noroeste? Igual aquele terreno no SAUN, aonde um cara conseguiu iludir o poderoso TCU, falando que o terreno valia 30 mil o m2, se o mesmo não vale nem a metade.
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  #349  
Old Posted Sep 3, 2014, 5:12 PM
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Preços de imóveis em Brasília caem 1% no ano, diz FipeZap



Capital federal é a única de 16 cidades que tem queda no preço do m² Na média das cidades, preço subiu 4,8% de janeiro a agosto.

Foto: Reprodução/TV Globo

Imóveis em Brasília


Brasília é a única entre 16 cidades que teve queda no preço do m² dos imóveis anunciados no ano até agosto, de acordo com o índice FipeZap. O índice apura o preço dos imóveis em 20 cidades do país com base em anúncios na internet.

Na capital federal, hove queda de 1,1% no acumulado do ano, mas o m² é o terceiro mais caro do país, custando R$ 8.084.

Na média de 16 cidades (já que o índice passou a ter 20 somente a partir de agosto), os imóveis subiram 4,8% no acumulado do ano, para R$ 7.415. A maior valorização foi em Vitória, de 8,3% (para R$ 4.870); seguida de Fortaleza (6,7%, para R$ 5.455).

O Rio de Janeiro, que teve a terceira maior alta no ano (6,1%) também continua sendo a cidade com o metro quadrado mais caro entre as 20 apuradas, de R$ 10.749. O espaço mais barato para morar é em Contagem, Minas Gerais, onde o m² custa R$ 3.304.

Em Curitiba o preço médio dos imóveis ficaram estáveis neste ano até agosto, em R$ 5.067 o m². Porto Alegre foi a cidade que teve a menor alta no ano, de 2,2%, para R$ 4.937.

12 meses

Em 12 meses, os preços dos imóveis subiram 9,9%, ficando pela primeira vez abaixo de 10% desde 2012, quando o índice foi lançado.

Em relação à variação mensal dos preços, agosto – quando o índice passou a incluir 20 cidades – é o nono mês seguido de queda, reforçando a tendência de desaceleração do aumento dos preços dos imóveis no país, segundo o FipeZap.

Houve alta de 0,68% nos preços na média das 20 cidades. Brasília foi a única em que houve queda, de 0,02%, e Fortaleza ficou muito perto da estabilidade, com alta de 0,07%.

Já as maiores altas mensais foram em Goiânia de 1,7% (para R$ 3.926 – o 2º mais barato, de acordo com o índice) e São Bernardo do Campo, de 1,43% (R$ 4.511).







http://g1.globo.com/economia/noticia...z-fipezap.html
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  #350  
Old Posted Sep 3, 2014, 8:21 PM
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E vai cair ainda mais.
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  #351  
Old Posted Nov 7, 2014, 11:21 PM
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O maior simbolo da bolha imobiliária de Brasília caiu: Terracap desiste do bairro Noroeste

No leilão 09/2014 da Terracap, foram ofertados 87 lotes, por um valor mínimo de R$ 323.545.700. Receberam ofertas 37 lotes, totalizando R$ 26.536.368. Este valor apenas cobre os custos operacionais da Terracap. Desde abril/2014 nenhum lote recebe oferta no bairro Noroeste.

Foi publicado o edital 10/2014 e pela primeira vez desde que o Noroeste foi lançado, não está sendo ofertado nenhum lote neste bairro.

Empresa Emplavi que arrematou 19 lotes por 350 milhões, deseja fazer DISTRATO.

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  #352  
Old Posted Nov 7, 2014, 11:22 PM
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Não foi por aviso que isso iria ocorrer. E não tem nada haver com falta de alvará ou habite-se. Foi a especulação imobiliária que levou o estouro da bolha. A gula foi tanta, que o povo queria rechear o Noroeste de Kitinetes. Pior, querem insistir num Noroeste Econômico, para virar um gigantesco puleiro de kitinetes? Se o MPDF foi claro, que não vai rolar isso mais de kitinetes, podem esquecer.
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  #353  
Old Posted Nov 11, 2014, 1:25 PM
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Estive recentemente no PKS e tinha ums corretores da Emplavi lá, e fui tirar dúvidas desse gigantesco distrado. Eles desmentiram. Agora eles falaram quem está fazendo distrato ou permuta dos terrenos no Noroeste é a João Fortes.

Agora a piada na conversa foi, que existe proibição de construção de kitinetes e residenciais com serviços no Plano Piloto. Me engana que eu gosto.
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  #354  
Old Posted Dec 3, 2014, 10:08 PM
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Eu morro de rir de ver esse negócio do mercado imobiliário. Pseudo especialistas afirmam que Brasília não tem bolha. Mas não sabem explicar porque 50% da redução dos lançamentos em Brasília.

Muitos alegam que foi problemas são creditados ao GDF. Duvido, conheço muitos empreendimentos já com tudo aprovado, e as construtoras que estão segurando seus empreendimentos para ver pseudo valorização que não vai acontecer.
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  #355  
Old Posted Feb 4, 2015, 11:57 AM
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Imóveis têm queda real e menor valorização anual desde 2011

Foto: Alexandre Ruoso/Flickr/Creative Commons

Fortaleza (CE): Segundo Índice FipeZap de janeiro, preço dos imóveis subiu 6,29% em 12 meses e Fortaleza registrou a maior alta mensal, de 1,43%


Os preços dos imóveis no Brasil ainda não estão diminuindo, como torcem muitos compradores, mas a alta tem sido tímida e já não supera a inflação.

Nos últimos 12 meses, o preço médio do metro quadrado do país subiu 6,29%, segundo o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do mercado imobiliário de 20 cidades brasileiras.

A variação é inferior à alta da inflação medida pelo IPCA no mesmo período, de 7,10%, se considerada a projeção de inflação do Boletim Focus do Banco Central para o mês de janeiro, de 1,20%.

Como os preços dos imóveis subiram em uma velocidade menor do que o índice inflacionário, que mede a alta generalizada dos preços, é possível dizer que o mercado imobiliário teve uma queda real nos últimos 12 meses.

Essa variação de 6,29% é a menor registrada desde 2011, início da série histórica do Índice FipeZap Ampliado, que inclui 20 cidades.

No mês de janeiro, o preço médio do metro quadrado apresentou alta de 0,39%. O dado mensal também representa uma queda real diante da inflação esperada para janeiro, de 1,20%.

Dentre as 20 cidades acompanhadas, a maior valorização mensal foi verificada em Fortaleza, onde o metro quadrado subiu 1,43%. A cidade foi a única que registrou alta acima da inflação. Já a maior baixa ocorreu em Porto Alegre, onde os preços variação negativa de 0,68%.

No mês passado, o metro quadrado médio das cidades do FipeZap ficou em 7.492 reais. Rio de Janeiro segue com o preço médio mais caro: 10.617 reais. Em segundo lugar, aparece São Paulo, com média de 8.446 reais.

As cidades com metro quadrado mais barato do índice foram Contagem, com preço médio de 3.380 reais, e Goiânia, com valor médio de 4.022 reais.

Veja na tabela a seguir a variação dos preços dos imóveis à venda nas 20 cidades acompanhadas pelo índice em janeiro. A lista foi ordenada de acordo com a variação anual.





E agora veja o preço médio do metro quadrado anunciado em cada cidade em janeiro de 2015:




O Índice FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para o Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010.

Entre as cidades incluídas mais recentemente, que compõem o Índice FipeZap Ampliado, os municípios do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm séries históricas iniciadas em julho de 2012. O índice FipeZap Ampliado foi lançado em janeiro de 2013.

O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site de classificados Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290 mil unidades por mês.

Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).






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  #356  
Old Posted Feb 16, 2015, 1:30 PM
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Gente, e o Noroeste hein? Não vou dizer que dá pena pois a pessoa que comprou ali achando que a infra estrutura estaria pronta na entrega dos imóveis é muito idiota...

Quem é das antigas lembra das nossas discussões no outro fórum com o tal de Fugêncio...

Setor Noroeste Frustração e decepção para compradores

Enquanto quem vive ali luta por estrutura básica, futuros moradores não têm sequer a chave do imóvel

O drama dos moradores do Setor Noroeste tem três atos: se mudar, se estabelecer e se frustrar. Os prédios dispersos em meio a entulho e estruturas inacabadas estão longe de compor o bairro ecológico com “estrutura de primeiro mundo”, conforme prometido. Os problemas surgem desde o que deveria ser básico, a mudança, e se estendem a aspectos essenciais como limpeza e iluminação. A comunicadora Denise de Quadros, de 41 anos, está a uma semana de entregar o apartamento onde mora atualmente, na Asa Norte, e afirma não ter para onde ir depois disso. Ela deveria ter recebido as chaves de uma unidade no edifício Atrium D'argent há pelo menos dois meses, mas, até o momento, nada aconteceu.
“Vou acampar em frente ao prédio e farei greve de fome. Eles vão ter que tomar uma providência porque são responsáveis pela minha saúde”, garante a comunicadora, que afirmou não ter familiares no Distrito Federal.
Justiça
Existe uma disputa entre Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), a construtora João Fortes e o próprio GDF quanto à necessidade de Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) para cinco empreendimentos, entre eles, o prédio de Denise. Além disso, a construção do edifício sofreu com atrasos no cronograma de obras devido a “falta de mão de obra especializada durante o período da Copa do Mundo e o atraso na entrega de materiais”, disse a empresa.
A Terracap não respondeu aos questionamentos sobre investimentos na infraestrutura ou cronograma de melhorias, até o fechamento desta edição.
Esperança de solução a curto prazo

Em reunião com a construtora João Fortes, responsável pelos prédios nas quadras 307 e 311, houve aceno por parte do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para buscar uma solução viável e a curto prazo. Mas ainda não foram estabelecidos prazos específicos. O encontro aconteceu na semana passada.

“Nossa intenção é resolver tudo este ano, mas não firmei nenhum compromisso, até porque dependo de outros órgãos”, informou o promotor Marcelo Teixeira, da 4ª Promotoria de Defesa da Ordem Urbanística (ProUrb).

Segundo o promotor, a principal reclamação da empresa é de que ela e os clientes foram prejudicados por um problema que pertence à esfera governamental – o alvará de construção foi liberado pela Administração Regional de Brasília mesmo sem a apresentação do Relatório de Impacto de Trânsito (RIT).

“A confecção é possível e seria rápida; o problema é a análise do relatório pelo Detran-DF”, explica o promotor. “Sabemos que existe a demora na aprovação do documento. Então, nós tentaremos solução que permita aos consumidores terem seus imóveis”, diz.

Surpresa

A construtora João Fortes, por sua vez, alegou ter sido “pega de surpresa” pela informação sobre a obrigatoriedade do documento. Segundo a empresa, “a administração regional deve emitir o Habite-se, uma vez que ele nunca foi exigido no processo de licenciamento dos empreendimentos”.

A empresa apontou que o RIT “não precisaria ser desenvolvido […], uma vez que o impacto do trânsito está compreendido no Estudo sobre a Capacidade Viária (ECV) [...], necessário ao parcelamento do solo feito pela Terracap.”

Arrependimento define


A bancária Lilia Lima também enfrenta transtornos com o atraso na entrega do apartamento, localizado no mesmo prédio da comunicadora Denise Quadros. A solução, já que vendeu seu antigo apartamento na Octogonal para financiar a nova residência, foi buscar abrigo com o irmão, com quem divide espaço desde agosto deste ano. “É chato ficar sem casa própria”, desabafa.

A situação a deixou desgostosa com o que deveria ser a realização de um sonho. Ela conta que bateu a sensação de arrependimento pelo negócio feito e a vontade de ter permanecido onde estava. “Era melhor ter ficado na Octogonal. É muito problema para a gente enfrentar”, destaca.

Além do sentimento negativo, a atual infraestrutura do bairro também é motivo de desânimo para Lilia. “O ideal seria conseguir vender o apartamento. Aqui é ruim até para ter uma empregada doméstica, porque não passa transporte público por perto”, critica.

Venda é difícil

A bancária afirma que tentou vender sua unidade ainda não entregue, mas o impasse responsável pelo atraso na liberação do Habite-se teria tornado a ação bastante complicada.

“Sabendo que falta o documento, e que não podemos morar ainda, é mais difícil repassar o ágio. Se tivesse conseguido, já estaria pesquisando para viver em outro lugar”, revela.

Bairro pronto e acabado, era só ilusão


A insatisfação dos demais proprietários encontra eco na revolta de José Valério Philippi, morador há um ano e meio de um edifício na região, presidente da Associação de Moradores do Noroeste (Amonor) e síndico de seu prédio. “A ideia foi vendida como um bairro pronto e acabado, não do jeito como recebemos”, esbraveja.

Ele elenca os problemas e diz se sentir frustrado com a pouca ação do poder público na região. Segundo ele, apenas nos últimos quatro ou cinco meses que serviços mais simples foram executados. “As vias foram limpas e houve roçagem em alguns locais, mas ainda é muito pouco. O progresso foi pequeno demais”, conta.

Segundo ele, falta iluminação pública nas quadras 8 e 9, quase não há paisagismo e os espaços de convivência prometidos não estão prontos. “A única coisa que nos atende bem por aqui são os Correios, que fazem um baita trabalho para entregar as correspondências. De resto, falta quase tudo”, disse.

Sua principal crítica é para a mobilidade urbana. Atualmente, a chamada W7 é a única via de acesso ao bairro, mas a pista seria, originalmente, destinada apenas a circulação interna. “Depois de aberta a via W9, o trânsito deve melhorar. Estão previstas as construções de dois viadutos entre a Epia e a Asa Norte, mas até agora não há uma pedra sequer nesses locais”, pontua.


Versão oficial


A Administração de Brasília informou que não emite o Habite-se para os empreendimentos da João Fortes por força de uma ordem judicial, e que estaria sujeita a multa em caso de descumprimento. Ela também esclareceu que a emissão de alvará de construção independe do RIT e alegou que a construtora estaria “tentando jogar os compradores ontra a administração”.


saibamais


De acordo com o Decreto 19.915, o Relatório de Impacto de Trânsito “é o documento contendo a descrição do projeto arquitetônico da obra a ser aprovado e os estudos técnicos que permitam a identificação de impactos no trânsito ou na geometria viária, decorrentes da implantação e funcionamento do empreendimento, apresentando as medidas mitigadoras ou compensatórias correspondentes”.

A previsão inicial, segundo a Terracap, é de que o Noroeste chegue ao total de 40 mil habitantes, distribuídos entre 220 prédios e 15 mil apartamentos. A extensão total do setor é de 243 hectares.


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  #357  
Old Posted Feb 16, 2015, 1:41 PM
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O problema se resume a choque de estudos.

Estudo sobre a Capacidade Viária (ECV) e Relatório de Impacto de Transito tem a mesma finalidade. Portanto é simples, cancelar a exigência de um. Se o RIT é mais importante do que o ECV, fim de papo. Agora obrigar a empresa fazer o mesmo estudo com nomeclatura diferente é custos desnecessários para empresa.
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  #358  
Old Posted Feb 16, 2015, 1:57 PM
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Originally Posted by overmatik View Post
Gente, e o Noroeste hein? Não vou dizer que dá pena pois a pessoa que comprou ali achando que a infra estrutura estaria pronta na entrega dos imóveis é muito idiota...

Quem é das antigas lembra das nossas discussões no outro fórum com o tal de Fugêncio...
Na verdade não são Idiotas, e sim, ingênuos, quem acredita na conversa de vendedor, não tem futuro nos negócios mas o Fugêncio não era um corretor querendo vender seu peixe
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  #359  
Old Posted Feb 16, 2015, 2:59 PM
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Na verdade não são Idiotas, e sim, ingênuos, quem acredita na conversa de vendedor, não tem futuro nos negócios mas o Fugêncio não era um corretor querendo vender seu peixe
Já repararam uma coisa, não me lembro do forumer falando que o Alphaville micou... O Alphaville tem TOTAL infraestrutura, enquanto o Noroeste não tem. Então qual micou...
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  #360  
Old Posted Mar 14, 2015, 12:48 AM
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Venda de casas no Park Way, no DF, é 50% menor do que há 4 anos



Imobiliária chegou a vender 15 residências por mês entre 2007 e 2011 Residências mais procuradas custam de R$ 1 milhão a R$ 1,7 milhão.

Foto: Luciana Amaral/G1

Casa de alto padrão à venda no Park Way

As vendas de casas no Park Way, bairro residencial de classe média alta no Distrito Federal, caíram até 50% se comparado com o mercado há quatro anos, afirma um gerente de imobiliária especializada na região, Rodrigo Leôncio.

"Tem bastante oferta e os preços estão estáveis, mas as vendas estão em uma velocidade mais devagar do que antes. Entre 2007 e 2011, o mercado era bem aquecido. Temos feito negócios, porém está pior e caiu pela metade. Chegamos a vender 15 casas por mês. Hoje está pela metade, vendemos sete ou menos."

Segundo Leôncio, o mercado acabou "inchado" devido à especulação imobiliária. "Pela própria economia, aquela corrida para vender não existe mais. Quem compra atualmente é para morar. O investidor não tem interesse porque não consegue mais liquidá-la com facilidade."

O gerente, que conta com 60 casas e 35 frações de terrenos disponíveis, afirma que o atual perfil dos compradores é de famílias de casais jovens com crianças que querem se mudar de um apartamento para um local com mais espaço. As residências com maior procura e saída estão na faixa de R$ 1 milhão a R$ 1,7 milhão. As que valem entre R$ 2 milhões ou R$ 3 milhões podem demorar até dois anos para serem vendidas. "Elas ficam mais empacadas, tem que ter paciência."

A maioria tem quatro ou mais quartos e cerca de dois mil metros quadrados. As áreas mais valorizadas são as da quadra 14, perto do aeroporto, e as próximas a Águas Claras.

Para o presidente do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi), Carlos Hiram, o Park Way continua sendo importante opção de moradia para a classe média em Brasília, devido aos preços menores do que as casas dos lagos Sul e Norte com padrão equivalente. Hiram também diz que o Park Way é uma região privilegiada no Distrito Federal por contar com terrenos regularizados, mas diz que ainda falta melhoria na infraestrutura da região.

"A regularização trouxe uma população com renda bastante elevada, só que lamentamos que não tenha alguns serviços básicos do governo. Nesse sentido é uma região carente, ela precisa ser contemplada com mais infraestrutura como asfalto, luz e transporte. Há muita interrupção de energia elétrica, por exemplo."

A diarista Thaíres da Silva, que mora em Ágfuas Lindas de Goiás e trabalha duas vezes por semana em uma casa na quadra 17, precisa ir até a Rodoviária do Plano Piloto para pegar o ônibus para a cidade goiana. Em um dia sem trânsito, ela leva cerca de duas horas para chegar em casa.

"Até para o ônibus chegar no ponto demora. O trajeto, então, nem se fala. Já pensei em largar aqui várias vezes, mas vou aguentando por enquanto. Pago R$ 16,90 por dia e a patroa não dá o dinheiro."

A região

O Park Way também abrange as áreas rurais da Vargem Bonita, Colônia Agrícola Bernardo Sayão e chácaras remanescentes e conta com uma população de 19.759 pessoas, de acordo com dados da Codeplan de 2014..
Ele é limítrofe com Núcleo Bandeirante, Gama, Guará, Riacho Fundo I e II, Lago Sul, Águas Claras, Santa Maria, Candangolândia e o Aeroporto Internacional de Brasília.

A região se originou como um projeto da Novacap para atividades urbanas e rurais protegendo cursos de água que compõe áreas de preservação ambiental. Segundo a administração regional, ela preserva o formato desde a criação e não é passível de expansão visto que é cercada por outras regiões do DF.

Mesmo assim, Carlos Hiram afirma que, em relação às demais áreas da capital federal, o Park Way ainda tem uma maior disponibilidade de terrenos a serem ocupados. Ao todo, ele conta com 1.189 casas, informou a Secretaria de Habitação.

Corretores

O superintendente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), André Bravim, procurou uma residência no Park Way para comprar. "Vi umas três, me interessei por uma e agora estou esperando a venda de um outro imóvel para fechar negócio. Considerei que o preço estava bom levando em conta que é tudo regularizado."

Apesar do interesse, ele diz que até para os corretores de imóveis está mais difícil ganhar dinheiro. "Nós sentimos muito, está todo mundo reclamando. A procura caiu bastante."

Bravim trabalha com clientes que buscam imóveis de alto padrão e fala que o mercado está limitado. "No final do ano passado vimos imóveis para uma embaixada no Lago Sul em torno dos R$ 12 milhões. Queriam uma casa com seis suítes. Em janeiro eles pararam a negociação."














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